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Utilizando o confinamento como estratégia eficiente de terminação |
DANIEL DE ARAÚJO SOUZA
Médico Veterinário, MBA, D.Sc., especializado no sistema agroindustrial da carne ovina. Consultor da Prime ASC - Advanced Sheep Consulting.
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EDVALDO S. NASCCIMENTODIADEMA - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO EM 04/11/2013
Olá, Daniel, Boa noite!
É viavel financeiramente trabalhar com confinamento somente para a produção de carne de cordeiro, ou seja, adquirir o borrego pós desmama e confinr posteriormente enviar para o frigorifico. Não quero trabalhar nem cria, nem recria. só parceria para obter o borrego, (COMPRAR). Grande Abraço. Edvaldo - São Paulo. |
GABRIEL SILVA ALVESSÃO SEBASTIÃO DO PASSÉ - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE EM 22/10/2012
Muito grato pelas informações sr. andré.
Ao meu ver estão tendo prejuizo no meu negocio. Pois hoje tenho 17 cabeças e 2 reprodutores o que na verdade era para ter somente 1 e posteriormente colocar o outro para começar a produção de carne que é o dorpler. Atualmente faço da seguinte forma. Deixo os 2 reprodutores confinados , fornece volumoso feno da propria fazenda e concentrada. Matrizes a pasto durante todo o dia e concentrado de cevada a 0,17kg fornecendo 28kg durante todo cocho para as 15 ovelhas. Avaliando desse relato no meu caso o sistema está sendo feito de forma errada não é isso? grande abraço pelo ajuda |
DANIEL DE ARAÚJO SOUZAFORTALEZA - CEARÁ EM 21/10/2012
Olá Saulo,
Complementando sua resposta. A simulação apresentada contempla apenas a fase de terminação, isoladamente, e sob os mesmos parâmetros de peso corporal dos cordeiros, preço de compra e de venda dos cordeiros e valor da terra, a fim de permitir a comparação adequada entre os sistemas. Se contabilizarmos os efeitos do confinamento estratégico em um sistema de ciclo completo, os resultados tendem a ser mais favoráveis pelo aumento do rebanho de cria (no exemplo dado, com base em 500 cordeiros, o rebanho de ovelhas teria espaço para crescer em pelo menos 300 cabeças) e pela possibilidade de redução dos custos do cordeiro desmamado como resultado da melhoria nos índices reprodutivos, no manejo da pastagem e de estratégias pontuais de suplementação, por exemplo. Obrigado pela participação!! Abraços, Daniel |
DANIEL DE ARAÚJO SOUZAFORTALEZA - CEARÁ EM 21/10/2012
Olá Nelson,
O consumo de silagem em um sistema de terminação em confinamento, com base em cordeiros na faixa de peso colocada na simulação da Tabela 1 do artigo, vai depender do tipo de silagem e do perfil da ração total utilizada no confinamento. Geralmente, para terminação de cordeiros utilizamos rações totais com perfis variando de 40:60 a 20:80 (relação volumoso:concentrado com base na matéria seca). O consumo diário de matéria seca (MS) pelos cordeiros fica na faixa de 3,5% a 4% do seu peso corporal. Vamos nos basear em 4% para dar um exemplo utilizando a silagem de milho como volumoso. Vamos supor que o cordeiro entre no confinamento com 20 kgs e saía com 38 kgs. Seu peso médio ao longo do confinamento será de 29 kgs ((20+38)/2=29). Multiplicamos os 29 kgs por 4% (consumo de matéria seca por dia), o que nos dá um valor de 1,16 kgs de matéria seca por dia. Ou seja, ao longo de todo o período de confinamento, os cordeiros tendem a ter um consumo médio por dia de 1,16 kgs de MS. Se usarmos uma ração total com relação volumoso:concentrado de 40:60 (40% de volumoso e 60% de concentrado) teremos que fornecer 0,696 kgs de matéria seca via concentrado (1,16 X 60%) e 0,464 kgs (1,16 X 40%) de matéria seca via volumoso. A silagem de milho geralmente apresenta cerca de 30% de MS (os 70% restante é água), então, para fornecermos os 0,464 kgs MS teriamos que ofertar aproximadamente 1,546 kgs (0,464/30%=1,546) de silagem de milho. Então, para saber o consumo potencial de seus animais você precisa ter algumas informações básicas: 1) peso médio dos animais; 2) relação volumoso:concentrado da ração total; e 3) teor de MS da silagem e do concentrado. Obrigado por sua participação!! Quaisquer dúvidas basta entrar em contato!!! Abraços, Daniel |
DANIEL DE ARAÚJO SOUZAFORTALEZA - CEARÁ EM 21/10/2012
Caros Gabriel, Saulo, Manoel e Carlos,
Antes de qualquer coisa, obrigado pelo interesse e participação de vocês. Quando se fala em CRIAÇÃO de ovinos, você pode criá-los como você desejar!!! Quando se fala em PRODUÇÃO de carne ovina, a coisa muda radicalmente. É outro mundo!!! Considerando que temos um ciclo produtivo que pode ser dividido em cria, recria (para reposição) e terminação, o uso do confinamento ao longo de todo o ciclo é completamente inviável. Tendo como base apenas a alimentação das ovelhas nesse esquema e índices reprodutivos ótimos para a pecuária ovina nacional, cada cordeiro nascido com 4 kgs já valeria ao nascimento 75% mais do que o próprio cordeiro terminado de 40 kgs (a R$ 4,00/kg). Então, ciclo completo em confinamento para produção de carne ovina não existe!! Esse sistema só trás retorno significativo para a pecuária leiteira utilizando vacas de produção superior a 12.000 litros/cabeça/ano, ou para produção de suínos e frango. Além disso, se o confinamento for utilizado apenas para terminar um único lote de cordeiros por ano, mesmo com a fase de cria sendo executada 100% a pasto, sua rentabilidade cai drasticamente e, em geral, se torna inviável, pois os custos fixos (relacionados à infra-estrutura e área) iriam se elevar bastante, aumentando a quantidade de capital imobilizado. Por isso que o confinamento deve ser utilizado de forma estratégica ao longo do ano, em vários ciclos de terminação, para poder ser uma ferramenta que melhore os resultados econômicos da operação pecuária. Espero ter esclarecido as dúvidas de vocês!! Abraços, Daniel |
CARLOS FRANCISCO GEESDORFCAMPINA GRANDE DO SUL - PARANÁ - PRODUÇÃO DE CAPRINOS DE CORTE EM 18/10/2012
Gostaria tambem de receber as respostas das perguntas feitas pelos demais leitores pois são muito interessantes e pertinentes ao assunto, ate porque tenho uma criação de 350 cabeças de BOER, entre femeas, filhotes e reprodutores em sistema de ciclo completo confinado e gostaria imensamente de reduzir o meu custo de produção que e alto.
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MANOEL JOÃO RAMOSTOLEDO - PARANÁ - ESTUDANTE EM 17/10/2012
Muito interessante este estudo, mas assim como o Gabriel e o Saulo, também gostaria de saber sobre estudos de viabilidade para a produção em confinamento - ciclo completo. A viabilidade ocorre somente para terminação ou também é possivel com produzir no ciclo completo auferindo estes mesmos ganhos, ou ao menos algo próximo a isto?
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SAULO RIBEIRO CARDOSOMATOZINHOS - MINAS GERAIS - ESTUDANTE EM 17/10/2012
Sr. Daniel, uma reflexão a fazer também é que temos que considerar o custo do ciclo completo, uma vez que não há no mercado cordeiros de 20k para comprar, portanto precisamos pensar também na cria, desta forma como isso irá afetar os resultados economicos apresentados nas planilhas?
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GABRIEL SILVA ALVESSÃO SEBASTIÃO DO PASSÉ - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE EM 16/10/2012
Sr. Daniel, lendo muito artigos e conversado com alguns amigo no ramo, surgiu uma grande duvida.
O confinamento só é viavel para terminação ou é viavel como todo? Ví em uma reportagem do globo rural onde é possivel criar ovinos somente no confinamento, mais até onde sei a viabilidade do negocio está focada na terminação e não do processo como todo. Pergunto isso , pois o produtor não pode ter muita area verde para pastagem, mais ter espaço para contruir galpão de confinamento de animais desde matriz, reprodutores e cordeiros aproveitando essa pequena area para o plantio de forrageira tais com o capim elefante e outros e alta produção. |
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