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Longevidade do rebanho leiteiro

POR RENATA DE OLIVEIRA SOUZA DIAS

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/09/2001

3 MIN DE LEITURA

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Aumentar a longevidade do rebanho deve ser um dos principais objetivos do técnico. Longevidade pode ser definida como a habilidade de uma vaca ser mantida durante mais tempo no rebanho, retardando seu descarte involuntário. E vida produtiva pode ser definida como o número de lactações a serem completadas por uma vaca antes dela ser descartada do rebanho.

Manter uma vaca leiteira por mais tempo no rebanho tem um grande impacto positivo sobre a lucratividade do rebanho. Isso é muito fácil de ser entendido quando computamos os custos e os esforços envolvidos para emprenhar uma vaca, esperar o parto, torcer para que seja uma fêmea e a partir daí, criar este animal com todos os cuidados para que ela finalmente, chegue com sucesso à vida produtiva. Se este animal produz apenas durante 2 lactações, todos os custos devem ser diluídos durante este período produtivo mas, se este animal vive por mais tempo no rebanho, os custos podem ser diluídos em três, quatro ou mais lactações.

Quando consideramos o fenótipo da vaca leiteira, devemos considerar que o tipo funcional é um importante componente nas decisões de acasalamento, a qualidade das pernas e pés, do úbere e o vigor do animal irão contribuir para sua permanência no rebanho.

Os problemas associados às afecções podais tem destacada importância econômica na atividade. Tais custos podem ser diretos, advindos de tratamentos, ou indiretos advindos de redução na produção de leite, redução dos índices reprodutivos do rebanho e redução da longevidade dos animais acometidos. Dados de pesquisa mostram que, quando os problemas de casco foram correlacionados ao tipo funcional do animal, foi observado que animais que apresentam ângulo de casco alto e menores comprimentos de casco obtinham menor período de serviço, menores taxas de descarte e maiores produções de leite. Trabalhos da Universidade de Michigan nos Estados Unidos relataram que vacas acometidas com lesões no casco tinham 8 vezes mais chances de serem descartadas. Além disso, já se sabe que vacas que mancam apresentam maior intervalo do parto à concepção e aumento no número de doses/concepção.

Foi também observado que a profundidade do úbere e a disposição dos tetos estão associadas à longevidade. Ou seja, úberes anteriores e posteriores fortemente aderidos e colocação dos tetos são características associadas com a permanência do animal por mais tempo no rebanho.

Mas será que a longevidade é também hereditária? De acordo com os dados levantados pelo USDA-AIPL o PTA (habilidade de transmitir a característica) é de apenas 0,09 para longevidade (apenas para poder de comparação, deve-se salientar que o PTA para tamanho corporal é de 0,40). Esta informação ressalta que o manejo é mais importante para determinar a longevidade do animal que a genética.

Um fator que afeta sobremaneira a longevidade do rebanho é a qualidade da dieta. Partos distócicos, retenção de placenta, metrites, edema de úbere podem estar associados à dieta dos animais, e em muitos rebanhos causam custos significativos envolvidos com a recuperação dos animais e futuros descartes. Da mesma maneira, os problemas metabólicos tais como: a febre do leite, cetose, deslocamento de abomaso, acidoses e laminites estão associados à dieta e ao manejo nutricional e podem afetar o número de crias e a produtividade dos animais no rebanho.

Foi realizado um levantamento sobre as causas de descarte em 113 fazendas leiteiras no Estado de Dakota do Sul nos EUA. O estudo apontou que os descartes voluntários e involuntários decorrentes de morte, baixa produção de leite e vendas para terceiros correspondeu a 35% do total. Os demais 65% estavam associados a problemas de casco, problemas reprodutivos, mastite e outras doenças e injúrias. Observe no gráfico as principais causas de descarte e suas porcentagens.

A mensagem final deve enfatizar que a genética, o ambiente e o manejo determinam se a vaca leiteira irá pagar seus custos de criação e finalmente dar lucro à propriedade ou não. Saber manter os animais sadios e descartar os que representam custos e fonte de contaminação para o rebanho são atitudes complexas, mas o produtor e o técnico devem estar preparados para enfrentá-las no dia-a-dia da atividade.
 

 

 


Fonte: Hoards Dairyman, p.408, junho/ 2001.

 

 

RENATA DE OLIVEIRA SOUZA DIAS

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