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Hidratação: uma arma essencial contra a diarréia |
RENATA DE OLIVEIRA SOUZA DIAS
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CRISTHIAN JULIANO OLIVEIRA DE SOUZASÃO FELIX DO XINGÚ - PARÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 17/05/2014
Muito interessante a abordagem deste assunto. Geralmente o que se fazem nas propriedades é só a antibioticoterapia, e se esquecem da hidratação desses animais que estão com diarréia. Qual a quantidade máxima diária de solução a ser admnistrada via oral para esses bezerros?
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DÉCIO JACINTO DE AGUIARCARMO DO PARANAÍBA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 27/10/2011
Doutora Renata,
Gostei muito do artigo. Gostaria de saber a osmolaridade da seguinte fórmula de soro oral para saber se é adequado para bezerros. Água: 1L NaCl: 5g KCL: 1g Bicarbonato de sódio: 4g Glicose: 20g Att.: Décio J. Aguiar |
MAURICIO CESAR ANDREOLIFRANCISCO MORATO - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 17/10/2006
Prezada Dra. Renata,
Aproveitando seu artigo, gostaria de informá-la que o uso de solução acidificada com ácidos fórmico e acético, intercalada com a hidratação oral, mostrou-se eficaz em controlar o crescimento bacteriano no trato gastrointestinal, possibilitando uma rápida recuperação dos animais. Utilizamos essa técnica de forma preventiva para aves e suínos e percebemos uma aplicabilidade também como coadjuvante terapêutico em bezerros. Acreditamos que o uso dessa solução para tratamento da água de bebida para bezerros até 10 meses será de grande valor para reduzir perdas relacionadas a infecções bacterianas do TGI. Att, Mauricio Andreoli |
TIAGO MANTOVANISANTO ANTÔNIO DA PLATINA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 23/04/2006
Doutora Renata,
Gostaria de saber uma fórmula ideal para realizar a hidroterapia oral. Desde já agradeço. <b>Resposta da autora:</b> Prezado Tiago, Não há uma fórmula ideal, sempre é necessário considerar a idade do animal, o estado clínico, e principalmente, se é um quadro de acidose ou não. Estou enviando abaixo algumas sugestões, mas não são fórmulas idéias, seu uso varia com a necessidade de cada caso! - Mistura de eletrólitos para administração oral para bezerros desidratados e com acidose (pode ser preparada na fazenda) <center><img src=https://www.milkpoint.com.br/mn/cartasleitor/fotos/cl_050506_1.gif></center> - Mistura de eletrólitos para administração oral para bezerros desidratados e sem acidose (pode ser preparada na fazenda) <center><img src=https://www.milkpoint.com.br/mn/cartasleitor/fotos/cl_050506_2.gif></center> Retirei uma parte de um artigo que escrevi há algum tempo para o site, acho que ele descreve os pontos básicos da hidratação: "Determinar o grau de desidratação do animal é muito importante para se definir o esquema para a recuperação dos fluidos corporais. Todavia, deve-se destacar que o ideal é que a fluidoterapia em bovinos seja iniciada antes do aparecimento dos sintomas de desidratação, desta forma, é possível recuperar o animal com maior eficiência, bem como, reduzir os custos com o tratamento. Quando a intenção é determinar o grau de desidratação deve-se voltar a atenção para alguns parâmetros clínicos que auxiliam a estimativa da gravidade do quadro. A endoftalmia, ou retração do globo ocular é um sinal muito fácil de ser avaliado e muito importante. A avaliação da elasticidade da pele é um outro sinal fácil e prático para ser avaliado. Considera-se como leve a desidratação na qual é observada a diminuição da elasticidade da pele. Pode-se definir como padrão para a desidratação leve quando a prega formada na pele volta ao normal após 5 a 8 segundos. Além disso, há leve endoftalmia e as mucosas estão ainda úmidas. A estimativa da quantidade de fluido necessário para reposição de líquidos em um bovino com estas características é de 5 à 7 % do peso vivo do animal. Considera-se como grave a desidratação na qual é observada a significativa redução da elasticidade da pele. Pode-se definir como padrão para a desidratação grave quando a prega formada na pele volta ao normal após 10 a 15 segundos. Além disso, há evidente endoftalmia e mucosas secas. A estimativa da quantidade de fluido necessário para reposição de líquidos em um bovino com estas características é de 8 à 10 % do peso vivo do animal. Considera-se como muito grave a desidratação na qual é observada a perda da elasticidade da pele. Pode-se definir como padrão para a desidratação muito grave quando a prega formada na pele volta ao normal após 20 a 30 segundos. Além disso, há evidente endoftalmia, mucosas muito secas, reflexos diminuídos, extremidades frias e prostação. A estimativa da quantidade de fluido necessário para reposição de líquidos em um bovino com estas características é de 11 à 12 % do peso vivo do animal. Uma vez determinado o grau de desidratação do animal devem-se iniciar os cálculos para a definição da quantidade de fluido a ser administrada. Com o grau de desidratação é definido o valor necessário para a reposição dos fluidos. Entretanto, devem-se ainda considerar os valores associados com a manutenção da hidratação e o volume associado às perdas contínuas do organismo. Tais fatores irão variar com a faixa etária e o estágio produtivo do animal em questão. Para os bezerros o volume para manutenção varia de 50 a 100 ml de água por Kg de peso corpóreo ao dia. Já as vacas secas requerem cerca de 50 ml de água por Kg de peso corpóreo ao dia (24 horas). As vacas em lactação requerem 80 ml de água por Kg de peso vivo ao dia, ou pode-se também considerar o volume de leite produzido e adicionar 87% deste total. Para escolher a via de administração deve-se avaliar principalmente o estado clínico do animal e a capacidade dos funcionários locais para a realização do procedimento. A via oral é mais fácil de ser realizada, tem baixo custo, possibilita a administração de grandes volumes e não exige a esterilização dos fluidos constituintes. A via endovenosa é a mais eficiente em casos onde a debilidade do animal já está avançada, são necessários fluidos estéreis e uma pessoa habilitada para a realização e acompanhamento do procedimento. Os tipos de fluidos podem ser classificados em soluções alcalinas e não alcalinas. Nos casos de diarréia os animais geralmente apresentam acidose e devem receber durante a hidratação soluções alcalinas. Em bovinos adultos os casos de alcalose são mais comuns que os casos de acidose, os casos de alcalose estão associados a erros na utilização da uréia na dieta, deslocamento e torção de abomaso, distúrbios gastrointestinais em geral, mastites e metrites. Casos de acidose metabólica e insuficiência cardíaca congestiva são exemplos de bovinos adultos com acidose e devem receber soluções alcalinas." Com atenção, Renata Souza Dias |
RUY CESAR PADULAARAÇATUBA - SÃO PAULO EM 21/04/2006
Parabéns Doutora Renata,
Este assunto é de grande importância. Os produtores tem que entender a necessidade do desenvolvimento das futuras produtoras de leite, pois sabemos que a diarréia pode atrapalhar o desempenho das bezerras. Eu, em nome dos produtores de leite da região de Araçatuba/SP, ficamos agradecidos de receber esta matéria que é importante para a pecuária brasileira. Ruy Padula |
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