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Retratos do consumo no país, lendo as novas pesquisas

ESPAÇO ABERTO

EM 25/07/2006

2 MIN DE LEITURA

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Por Luiz Alberto Marinho1

Duas pesquisas diferentes, divulgadas recentemente pelos jornais O Globo e Folha, apontaram para a mesma direção - a migração de parte da população brasileira das classes D e E para a classe C.

Pelas contas do Instituto Target, a classe C foi reforçada em 1,212,814 milhão de domicílios, apenas no último ano. O instituto Datafolha, que comparou dados de outubro de 2002 e junho de 2006, registrou uma transferência para a classe C de 6 milhões de indivíduos maiores de 16 anos.

As análises do Target não se restringiram apenas a classe C, incorporando também dados das classes B1 e B2, que comporiam a classe média ou "intermediária", segundo o Instituto. Este segmento cresceu praticamente 8% de 2005 para 2006, concentrando hoje 66,4% do potencial de consumo do país.

Para entender esse movimento, é preciso levar em consideração os aumentos reais concedidos nos últimos anos ao salário mínimo, a melhoria do emprego no país, a recuperação dos indicadores econômicos e as facilidades na concessão de crédito ao consumidor. Além dos programas sociais do Governo, destinados às classes mais baixas, é claro.

A pesquisa do Datafolha verificou um aumento no consumo de alimentos na classe C de 41%. Mas considerando apenas integrantes da classe C que participam ou têm parentes beneficiados por programas como o Bolsa Família, o crescimento no consumo de alimentos sobe 52%. O mesmo acontece com as compras de refrigerantes, perfumes, iogurtes e até de cds piratas, o que demonstra a importância do dinheiro dos programas sociais também para as vendas de produtos considerados supérfluos.

Outra notícia importante revelada pela pesquisa do Datafolha é o nível de otimismo do brasileiro. Hoje, apenas 28% dos entrevistados reclamam do seu poder aquisitivo. Menos de 4 anos atrás esse percentual era de 45%. O brasileiro acredita ainda que dias melhores virão - 49% acham que a situação econômica vai melhorar, contra apenas 6% de pessimistas, que apostam na piora da economia. Como todo mundo sabe, consumidor otimista compra mais e se sente a vontade para entrar de sola no crediário.

Mas não se deixem iludir por todos esses números. Apesar dos avanços, a renda média domiciliar da classe C continua rondando a casa dos R$ 1,140 mil, a da B2 está em R$ 2,220 e a da B1 em R$ 3,750. Considerando que boa parte da classe média foi obrigada a "privatizar" saúde, educação e previdência, pagando planos particulares e matriculando os filhos em escolas privadas, além de incorporar novas despesas aos seus orçamentos domésticos, tais como conta de celular, acesso à internet, TV a cabo e prestações de eletroeletrônicos, sobra mesmo pouco para satisfazer o apetite por novos objetos de desejo. Para que isso aconteça, ainda vamos precisar de vários outros anos de crescimento expressivo.

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1Luiz Alberto Marinho, é especialista em branding e colunista do site Blue Bus, lmarinho.pbw@publicpm.com.br

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