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Olimpíadas de Tóquio 2020 e leite: podemos nos inspirar?

POR LETÍCIA MOSTARO

ESPAÇO ABERTO

EM 03/08/2021

3 MIN DE LEITURA

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Nos últimos dias, o mundo inteiro está acompanhando as Olimpíadas de Tóquio 2020, uma das maiores edições do evento, com mais de 11 mil atletas participantes e com cinco novas modalidades: surfe, skate, karatê, escalada esportiva e beisebol/softbol — sendo esta última  disputada pela última vez em 2008, nas Olimpíadas de Pequim, na China.

Mesmo com — e talvez, devido a —  todas as adversidades impostas pela pandemia da Covid-19 para a realização do evento e preparação dos atletas, os jogos olímpicos de Tóquio 2020 entram para a história, com recorde de modalidades disputadas e número de competidores.

O setor leiteiro também vem enfrentando um cenário pouco favorável, com custos recordes de produção de leite; longos períodos de estiagem e ocorrência de geadas em algumas partes do país; restrição de mão de obra industrial e a demanda instável por derivados. Diante dessa realidade desafiadora, como a cadeia láctea pode se inspirar no maior evento de esporte mundial?

Para responder essa pergunta, sugiro fazermos analogias com alguns esportes. Primeiramente, vamos pensar na ginástica artística, uma modalidade muito mais que saltos e piruetas perfeitas, mas que, sem dúvidas, exige algo muito importante dos competidores: equilíbrio.

Ao trazermos para o leite, este também é um ponto fundamental. É preciso se equilibrar na “corda bamba” de um mercado que envolve diversas variáveis, que se influenciam o tempo todo. É interessante pensar que na cadeia láctea — assim como em todos outros setores — o mais competitivo não é aquele que dá os maiores saltos, e sim, aquele que consegue passar com equilíbrio por todos os obstáculos e somar mais pontos.

Deste modo, chegamos a uma reflexão importante: planejamento, antecipação das variáveis, readequação de processos, controle de custos e gestão das propriedades leiteiras são medidas fundamentais para minimizar os impactos das variáveis de mercado, enfrentar os obstáculos e sobreviver às “classificatórias” da produção de leite.

E quando os obstáculos surgem pelo caminho, nosso tempo de reação é peça fundamental. Aqui, podemos comparar com a natação. A agilidade e o pioneirismo na largada dos competidores fazem a diferença no final da prova.

No leite, o mesmo raciocínio é válido. Perante as dinâmicas do mercado, ser ágil nas tomadas de decisão pode ser o divisor de águas entre a vitória ou não. Mas, além disso, assim como na natação é preciso manter o fôlego nas provas, no setor lácteo não podemos perder o ritmo em momentos difíceis e atípicos. Pensando nisso, a cadeia láctea, para se manter eficiente e competitiva, precisa ser uma excelente nadadora.

Ainda nas águas, vamos falar do mar: o surfe. Estreante em jogos olímpicos trouxe a primeira medalha de ouro do Brasil na competição. Antes de competir, o surfista não sabe a maré e as ondas que encontrará durante a disputa. Contudo, ele precisa surfar conforme a onda. É exatamente este pensamento que precisamos levar para o setor leiteiro: tentar aproveitar todas as oportunidades do momento e se manter de pé o melhor possível sobre a prancha.

Os esportes coletivos não ficam de fora quando relacionamos as olimpíadas com o universo lácteo. Durante os jogos de vôlei e futebol, por exemplo, de acordo com a situação é preciso mexer na equipe e repensar a estratégia de jogo.

Dessa forma, podemos dizer, que em um período com restrição de mão de obra, os gestores na indústria, bem como os técnicos e responsáveis pelas fazendas precisam ser excelentes técnicos de suas equipes. É preciso, assim como nos jogos, repensar, redesenhar e escolher a melhor configuração do time em cada partida e dentro de cada jogada, para entregar os melhores resultados, além de seguir motivando os “jogadores” para enfrentarem o desafio de cabeça erguida.  

O skate, outro estreante nestes jogos olímpicos, também tem muito a nos inspirar. Rayssa Leal, a Fadinha, skatista brasileira de apenas 13 anos de idade, conquistou a medalha de prata na competição. Em uma de suas entrevistas Fadinha disse que durante a prova “estava apenas se divertindo.” Diante dessa fala, é evidente que o skate, para Fadinha, não é um esporte, atividade ou competição, é a sua paixão pelo o que faz.

É exatamente este ponto que aproxima o skatismo do leite. O produtor de leite, ao abdicar de noites de sono, feriados e dias de descanso, certamente, ama o que faz. O mesmo pensamento é estendido a todos os demais profissionais da cadeia, afinal, todos nós sabemos que “a vaca dá leite todo dia.”

De fato, temos muitos que nos inspirar nas Olimpíadas e buscar, incansavelmente, nosso melhor. Claro, assim como existem atletas com diferentes características e realidades, o mesmo também é válido para as fazendas, os laticínios, profissionais etc. Ou seja, precisamos ir em busca do nosso lugar no nosso pódio!

 E aí, pessoal? Estão acompanhando os jogos olímpicos? Conta aqui!

LETÍCIA MOSTARO

Bacharel em Laticínios pela UFV, Pós-Graduada em Eng.de Produção, Pós-Graduanda em Marketing Digital e Analytics.

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ALCEU GOMES DO AMARAL

COROMANDEL - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/08/2021

Texto inspirador, pena que poucos produtores terão acesso a ele. Cabe aos profissionais técnicos da area, com a devida sensibilidade fazer chegar a eles com a devida candura e entusiasmo.

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