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O mistério do excesso de oferta de leite do segundo semestre de 2008

POR MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

ESPAÇO ABERTO

EM 17/08/2009

3 MIN DE LEITURA

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Em artigo publicado em 12/05/2009, no Espaço Aberto do MilkPoint - Podemos evitar os "trancos e barrancos" no setor leiteiro nacional? - comentávamos uma situação estranha: até o final de 2008 se falava numa grande oferta de leite por parte dos produtores e grandes estoques de leite em pó, para justificar substancial redução no preço pago ao produtor (caiu de R$ 0,76/litro em junho para R$ 0,58 em dezembro). Ora, se essa situação era verdadeira, é de se estranhar esse grande volume de importações de leite em pó da Argentina e os preços ao produtor continuarem baixos até março de 2009 (da ordem de R$ 0,60/litro). Se não era verdadeira essa situação, teria sido um blefe para justificar a redução de preços ao produtor.

Isso nos levou a fazer neste artigo a pergunta: está havendo abuso de poder econômico nos elos mais fortes da cadeia produtiva, prejudicando não só a pecuária de leite, mas a geração de empregos e renda no país?

A menos que a lei da oferta e procura tenha sido revogada, o excesso de oferta tenha sido revogado, no segundo semestre de 2008, junto com a redução do preço ao produtor, deveria ter havido aumento da captação.

Na matéria "IBGE: volume captado no 1º trimestre fica estável comparado a 2008", publicado no Giro Lácteo do MilkPoint, são apresentados dados de captação de leite cru que levam aos seguintes totais para o Brasil:

1º trimestre de 2008 - 4.984.108 mil litros
4º trimestre de 2008 - 4.928.953 mil litros
1º trimestre de 2009 - 4.954.181 mil litros

A captação do último trimestre de 2008 foi 1,11% menor do que o primeiro trimestre de 2008, mostrando e justificando o título da matéria: em 2008 o volume captado foi estável!

Esses dados parecem indicar que o ocorrido no segundo semestre de 2008 foi o excesso de oferta "Conceição": se existiu, ninguém sabe, ninguém viu!

Alguém pode argumentar que a captação ao longo de todo 2008 esteve num volume muito acima do consumo que teria caído, talvez em decorrência da crise, caracterizando excesso de oferta com relação ao nível de consumo.

Mas como explicar que no primeiro trimestre de 2009 a captação ficou da média de 2008 e ainda ocorreu um incremento assustador nas importações de leite em pó, que se mantidas ao longo do ano poderiam levar as importações de leite do País superar o equivalente a 500 milhões de litros?

Isso nos leva de volta a pergunta que não quer calar: está havendo abuso de poder econômico nos elos mais fortes da cadeia produtiva, prejudicando não só a pecuária de leite, mas a geração de empregos e renda no país?

Para esclarecer esse mistério e responder essa pergunta, o MAPA poderia contratar um Sherlock Holmes.

Mas isso, que poderia esclarecer o passado, não evitaria novos mistérios e novas perguntas sem resposta no futuro.

Mas acreditamos que o melhor seria o MAPA criar um grupo permanente, dedicado e ágil, com representantes dos produtores, da indústria e do comércio, com coordenação e mediação do Governo, para cuidar da política e do planejamento do setor leiteiro, onde, entre outras, questões relacionadas à oferta e procura, e a correlação entre os preços ao consumidor e ao produtor, sejam debatidas e estabelecidas diretrizes para equilíbrio entre oferta e procura, justa correlação de preços ao consumidor e ao produtor e para assegurar a sustentabilidade econômica de todos os elos da cadeia produtiva.

Entendemos que essa proposta, que a Associação dos Produtores de Leite do Estado de São Paulo - Leite São Paulo - defende desde a criação da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados, é o melhor caminho para a transparência na cadeia produtiva e evitar no futuro mistérios e perguntas sem resposta como essa de ter havido abuso de poder econômico em algum elo da cadeia produtiva.

MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

Membro da Aplec (Associação dos Produtores de Leite do Centro Sul Paulista )
Presidente da Associação dos Técnicos e Produtores de Leite do Estado de São Paulo - Leite São Paulo

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JULIANO BAIOCCHI VILLA-VERDE DE CARVALHO

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 25/08/2009

Não sei se é correto comparar a captação do último trimestre de 2008 com a do primeiro trimestre do mesmo ano e concluir que a captação de 2008 ficou estável. Pergunto: quais foram as captações do segundo e do terceiro trimestre do ano passado? Será que não houve mesmo aumento da captação no final de 2008 em relação ao meio do ano? Isso, para mim, já justificaria a oscilação de preço para baixo no último trimestre, pois o Brasil não tem uma política de armazenamento e comoditização de leite (leite UHT não vale - é lixo não exportável!).
Acho que pode haver uma distorção na afirmação do articulista, quando diz: "A captação do último trimestre de 2008 foi 1,11% menor do que o primeiro trimestre de 2008, mostrando e justificando o título da matéria: em 2008 o volume captado foi estável!". Na matéria sobre os números do IBGE a comparação é entre os dois primeiros trimestres de 2008 e 2009, o que apenas mostra que depois de oscilar para baixo (nos dois trimestres do meio do ano), tudo voltou à situação anterior, de estabilidade.

<b>Resposta do autor:</b>

Prezado uliano Baiocchi Villa-Verde de Carvalho

Agradeço os comentários.

O artigo do IBGE apresentou no seu texto os valores de captação para o 1º e 4º trimestre de 2008 e o do 1º trimestre de 2009. Mas apresentou também um gráfico com os valores de captação mensal ao longo de vários anos passados, e que permite inferir os valores da captação no 2º e 3º trimestre de 2008. Considerando como referência o indice 100 para o 1º trimestre de 2008, as variações trimestrais foram:

1º trimestre de 2008 : 100
2º trimestre de 2008 : 94,3
3º trimestre se 2008 : 94,3
4º trimestre de 2008 : 98,3
1º trimestre se 2009 : 99,4

A média da captação trimestral no periodo foi de 97,3 com variação máxima para mais de 2,7 e variação máxima para menos de 3,0 parece indicar que efetivamente a captação ao longo de 2008 e no primeiro trimestre de 2009 se manteve praticamente constante.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
EDUARDO GOMES S SILVA

VALENÇA - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/08/2009

Estes dados deveriam ser cotejados com a evolução dos valores de consumo nos mesmos períodos. Todavia, a idéia de uma Câmara Setorial é muito boa e deve ser levada adiante. O problema é que todos sabem disto, inclusive o governo federal que dispõe de ferramentas que podem, se corretamente utilizadas, minimizar estes problemas através da limitação/oneração das importações etc... O que se faz necessário é que o governo cuide mais das cadeias produtivas nacionais e menos de estender favores a todo mundo como está sendo conduzida nossa política externa com vários de nossos vizinhos. Este assunto é antigo e não vemos qualquer disposição do governo para solucioná-lo.
Passem a lista para a Câmara Setorial e vamos tomar as rédeas do setor porque o governo federal não está interessado no assunto ou vamos continuar sofrendo sempre.
Eduardo

<b>Resposta do autor:</b>

Prezado Eduardo Gomes de Siqueira e Silva

Agradeço os comentários.

De fato os dados da oferta e captação devem ser comparados com os de consumo. Segundo as informações preliminares, é que o 1º trimestre de 2009 houve um aumento de consumo, principalmente pelo incremento nas clases de menor renda como as D e E, que passaram a consumir itens mais sofisticados como iogurtes e leite longa vida, de forma que o aumento em valor foi maior que o aumento em volume. Vou procurar informações mais detalhadas do consumo para efeito de comparação.

Já temos uma Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados junto ao MAPA, mas é um orgão de assessoramento do Ministro, que se reune de 4 a 6 vezes por ano, e onde o Governo não exerce o papel de coordenação e muito menos de mediação, que é o que mais precisamos para uma justa repartição dos preços pagos pelo consumidor entre os elos da cadeia produtiva. É boa a idéia do Helvécio de passar uma lista de assinaturas pleiteando ao Governo que exerça um papel de coordenação e mediação num grupo permanente constituido de representantes dos produtores, indústria e comércio para tratar de temas, ligados à política e planejamento do setor leiteiro, como a questão da justa repartição dos preços ao consumidor entre os elos da cadeia produtiva. Vou pensar na viabilidade de implementar essa lista.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
RONALDO PEREIRA GUIMARÃES

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/08/2009

Há um grande abuso por parte dos laticínios e pior das cooperativas de produtores que são coniventes ao invés de partirem na defesa dos cooperados. No Brasil há uma cultura arraigada de tapeação. E os bobos da vez somos nós, produtores.
Essa conversa de excesso de leite em 2008, foi demais.
Bom, estamos no país da lei seca: acreditamos que era a oitava maravilha e que bebados deixariam de causar acidentes, mas nos esquecemos que sem fiscalização não adianta. Da mesma forma, se não houver uma ação efetiva dos produtores e governo, os bebados do leite continuarão dirigindo o mercado e atropelando quem produz.

<b>Resposta do autor:</b>

Prezado Ronaldo Pereira Guimarães

Agradeço os comentários.

Diz o ditado, deixar o bode tomar conta do milho não dá certo. Você tem razão, se o Governo e os produtores deixarem que o comércio e a indùstria façam o que quiserem no mercado de leite, o resultado será sempre lamentável, não só para os produtores, mas para o povo brasileiro.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
ELISEU NARDINO

MARIPÁ - PARANÁ

EM 18/08/2009

E agora ja estao falando em grande oferta de leite mais uma vez, nao entendo, se a grande maioria dos podutores mantiveram a produção do ano passado ou diminuiram.

<b>Resposta do autor:</b>

Prezado Eliseu Nardino

Agradeço o comentário.

Vamos aguardar para ver se esse novo excesso de oferta de leite é do tipo "Conceição", aquele que se existiu, ninguem sabe, ninguem viu.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
ANTONIO CARLOS GUIMARAES COSTA PINTO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/08/2009

Esta estoria é sempre a mesma. Já agora está acontecendo a mesma coisa do ano passado, os laticinios abaixando o preço sem ter aumentado a captação. A única coisa que aumentou foi o preço no supermercado, chegando em alguns a 3 reais. Com o preço ao produtor está a R$ 0,76, estamos recebendo apenas 25% do preço final. Que saudade do tempo que o leite era tabelado a 56% do preço final.

Segundo os líderes que lutaram tanto para acabar com o tabelamento, nossa situação iria melhorar. Acho que aquelas lideranças estavam trabalhando pelos laticínios e não pelos produtores. Gostaria que os sindicatos, Faemg e CNA lutassem para a volta das cotas de leite, pois era a única garantia que tínhamos na produção. Sem as cotas, a indústria aproveita p/ comprar leite barato nas aguas dos produtores "gigolos", prejudicando os produtores de verdade.

<b>Resposta do autor:</b>

Prezado Antonio Carlos Guimarães Costa Pinto

Agradeço seus comentários, muito pertinentes na discussão dessa questão.

De fato os lideres dos produtores que lutaram contra o tabelamento de preços pelo Governo diziam que com isso a situação iria melhorar. Não creio que naquela ocasião esses lideres agiram de má fé e trabalhavam para os lacticínios e não para os produtores. Prefiro pensar que na sua vaidade acreditavam que teriam força para atuar melhor a favor dos produtores num mercado livre, sem perceberem que o mundo tinha mudado com a globalização e grande concentração do poder econômico que acontecia na indústria e no comécio, mas não acontecia na produção primária como na pecuária leiteira.

Os produtores, não só do Brasi mas de todo o mundo reclamam que tem o preço aviltado, justamente pelo fato da globalização e a concentraçõa de poder econômico ter atingido a indústria e o comércio e não a produção primária, o que de certa forma torna ficção a livre negociação do comércio e da indústria com os produtores de leite. Para haver justição nessas negociações é preciso que o Governo exerça seu papel de coordenação setorial e de mediador para que haja uma justa repartição em todos os elos da cadeia produtiva do preço que o consumidor mpaga pelo leite e lácteos.

Tenho dúvidas se a volta ao tabelamento seria hoje uma solução adequada. Mas não tenho dúvidas que precisamos de uma repartição justa entre os elos da cadeia produtiva do preço que o consumidor paga pelo leite e pelos lácteos.

Por isso temos defendido a proposta de criação de um grupo permanente e agil, com representantes dos produtores, da indústria e do comércio, com a coordenação e mediação do Governo, para estabelecimento da política e planejamento do setor leiteiro nacional, onde, entre outras, a questão do preço do leite e lácteos ao consumidor e a justa repartição desse preço entre os elos da cadeia produtiva seriam discutidos e acordados.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
ESDRHAS SESTAK RODRIGUES

SÃO JOSÉ DAS PALMEIRAS - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/08/2009

Não vou comentar nada, pois o meu nariz esta vermelho de novo.

<b>Resposta do autor:</b>

Prezado Esdrhas Sestak Rodrigues

Agradeço os comentários.

Não é só o seu, mas o nariz de todos os produtores que está vermelho de novo. E continuará a ser assim se não ocorrerem mudanças no circo os produtores continuarão com o papel de palhaço. É preciso que os produtores pressionem suas cooperativas e suas entidades de representação a agirem para que aconteçam as mudanças necessárias e possam deixar de colocar o nariz vermelho.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
PAULA

VALENÇA - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/08/2009

A proposta não é nova, mas, continua atual. O caminho é este mesmo.

<b>Resposta do autor:</b>

Prezada Paula

Agradeço os comentários.

Como você diz, a proposta continua atual mas não é nova. Então pergunto, qual a razão da proposta não ter sido implementada? E respondo que é pelo fato dos produtores não pressionarem suas cooperativae e entidades de representação como a CNA a lutarem pela implementação da proposta. É preciso que os produtores acordem e percebam que se não pressionarem suas cooperativas e orgão de representação a lutar por suas justas reivindicações, continuaram amargando preços aviltados como tem acontecido a décadas.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
MARCO ANTONIO PARREIRAS DE CARVALHO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS

EM 17/08/2009

Marcello,
Seus comentários são excelentes e muito pertinentes. É dificil acreditar que não ocorra abuso de poder do setor econômico mais forte da cadeia produtiva do leite. Acho que qualquer criança percebe.
Vamos raciocinar, tomando por base uma empresa que, pela qual, tenho muito respeito e que encaminho meu leite há mais de 10 anos, a Itambé.
1 - Para que eu tenha R$ 0,03 na contagem bacteriana devo sanitizar tanque, ordenha, usar detergente alcalino e detergente ácido, lavar o tanque e utencílios logo que o caminhão nos recolhe o leite. Da parte da empresa, eventualmente, o caminhão chega durante a noite ou quase junto ao horário da ordenha. A empresa nada perde. Como vou lavar o tanque rapidamente? Levantar durante a noite?
2 - Em artigo publicado recentemente na Revista Branco, a média de proteína e gordura no leite respectivamente, de vacas da raça holandesa, é de 3,06 e 3,65; da raça jersey é de 3,60 e de 4,60. Para que o produtor Itambé receba a bonificação total por qualidade em proteína e gordura, deve-se ter respectivamente, 3,70 e 4,60, ou seja, índice de proteína superior à média da raça jersey e gordura na média do jersey!
3 - Na revista Balde Branco, agosto de 2009, o Sr. Jacques Gontijo, presidente da Itambé faz a seguinte referência: ".... A base para isto está na melhoria da relação entre os diversos elos da cadeia láctea,a começar pelos produtores e indústria...". Refere ainda que o Brasil necessita ajustar o câmbio frente ao dólar...
Esta conversa sobre câmbio há muito passou dos limites, se nossa moeda ganha força como o Brasil irá controlar isto?
Agora torna-se muito difícil entender o que faz com que o leite saia da propriedade rural a R$0,68 o litro (julho/09) e, no varejo, o desnatado chega a R$ 2,50 a R$ 3,00? Ao invés de se perder tempo com o câmbio não estaria aí vários pontos a serem discutidos? Ainda, alguém define que há excesso de leite, os estoques estão muito altos e, depois da porta arrombada, um ano depois, chega-se à conclusão que a captação foi estável? Pior ainda, se foi estável então porque tanta importação de leite de países que produzem menos que nós?
Produtores, vamos ficar só na lamentação? Quem e como poderá nos ajudar a partir para a ação.
Saúde (com leite de vaca) e paz!

<b>Resposta do autor:</b>

Prezado Marco Antonio Parreiras de Carvalho

Agradeço os comentários.

Você perguntou: "Produtores, vamos ficar só na lamentação? Quem e como pode nos ajudar a partir para a ação."

A minha resposta é que são as entidades dos produtores! É preciso que os produtores pressionem suas cooperativas e suas entidades de representação como a CNA para organizarem e comandarem a ação para que nossas justas reivindicações sejam atendidas.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
RENATO CALIXTO SALIBA

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/08/2009

Parabens pelo artigo Marcello de Moura.
Os produtores de leite precisam urgentemente se unir e exigir que o governo crie a camara setorial da cadeia produtiva de leite e derivados nacional, onde qualquer importação, variação de preços pagos ao produtor tenha que passar pela aprovação da camara setorial.
Todos nos já estamos cansados de saber o que precisa ser feito e o governo também, não precisa formar comissão alguma nem no Senado nem na Camara dos Deputados, basta convidar todos os membros da cadeia do leite e sentarmos e estabelecer as regras de convivencia entre as partes, produtores,lacticinios,supermercados,governo,CNA,Emater,Embrapa,consumidores e demais membros.

É chegada a hora de termos regras muito claras e justas, onde a margem de lucro de cada elo da cadeia receba um valor justo e não isso que estamos vendo por aí, aviltamento no preço do leite pago ao produtor, preço do leite ao consumidor absurdo, com uma margem fantastica pratido pelos lacticinos e pelos supermercados, e todo ano é a mesma coisa, chega na época da entresafra os produtores de leite são taxados de exploradores da população, e na verdade somos tão ou mais explorados do que os consumidores.
Já perdemos muito tempo, temos que pressionar o Governo Federal para que assuma o seu papel de mediador.

<b>Resposta do autor:</b>

Prezado Renato Calixto Saliba

Agradeço os comentários.

O Governo já tem no MAPA uma Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados, mas é um orgão de assessoramento do Ministro, que se reune 4 ou 5 vezes por ano, onde o Governo não exerce nem papel de coordenação e nem de mediação, e questões como uma justa repartição do preço que o consumidor paga pelos elos da cadeia não tem sido discutidas.

Concordo com você que já é mais do que hora de se discutir a justa repartição dos preços ao consumidor entre os elos da cadeia produtiva e que devemos pressionar o Governo para que isso aconteça. Mas para essa pressão ser eficaz é decisivo o apoio da das cooperativas e CNA. Sugiro pois que os produtores pressionem suas cooperativas e a CNA à assumir essa bandeira.

Marcello de Moura Campos Filho
HELVECIO OLIVEIRA

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 17/08/2009

Eu apoio, podem passar a lista, e que não fique só em São Paulo.

<b>Resposta do autor:</b>

Prezado Helvécio Vaz Oliveira

Agradeço os comentários.

A idéia de uma lista de assinatura de produtores solicitando a implementação da proposta é boa. Vou estudar a possibilidade de viabiliza-la.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho

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