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Governador Alckmin assume a defesa de São Paulo na guerra fiscal

POR MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

ESPAÇO ABERTO

EM 03/08/2004

4 MIN DE LEITURA

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Matéria de Paula Puliti, publicada no O Estado de São Paulo de 31 de julho passado, mostra o comunicado do secretário estadual da fazenda, Eduardo Guardia, de que o Estado deixa de reconhecer e bancar créditos de ICMS de produtos adquiridos em Estados que praticam benefícios fiscais ilegais (publicado no Diário Oficial do Estado de 30/07/2004), ou seja, aqueles não reconhecidos pelos convênios firmados nos termos da Lei Complementar 24 de 1975. Isso significa que o contribuinte paulista que comprar produtos incluídos em programas de benefícios fiscais ilegais só terá direito ao crédito se for efetivamente cobrado no Estado de origem.

Essa medida, associada à fiscalização das compras, é um passo importante na defesa de São Paulo na guerra fiscal promovida por outros Estados, e significa que o Governador Alckmin começou a adotar medidas mais duras para tentar acabar com a guerra fiscal praticada por 12 Estados, e que prejudicam São Paulo não apenas na perda de arrecadação, mas principalmente prejudica a atividade agrícola, pecuária, industrial e comercial paulista, acarretando perda de renda e desemprego para os paulistas.

Como mostra a matéria, vale dizer que Minas Gerais, Paraná, Ceará, Rio Grande do Sul e Santa Catarina já praticam a glosa de créditos.

Um dos setores da atividade paulista que tem sido mais prejudicados com a guerra fiscal é o do leite, onde a indústria fica numa situação difícil e o produtor de leite tem seus preços aviltados, inviabilizando essas atividades em nosso estado. A indústria foi abandonando São Paulo e se transferindo para os Estados onde se praticava esses benefícios fiscais ilegais, e São Paulo, responsável por 25% do consumo de leite e lácteos do País, passou a importar cada vez mais leite de outros Estados, caindo de segundo produtor de leite para a quinta posição.

Como o leite é um grande gerador de empregos, maior até que a indústria automobilística, isso contribuiu para o desemprego em São Paulo e para a perda de renda do trabalhador paulista. Dentro da tecnologia atual, estima-se que em média para cada 200 litros de leite por dia produzidos de forma direta, gera-se um emprego permanente no campo e de forma indireta contribui para a geração de empregos no agronegócio do leite, nas atividades de coleta do leite, na industrialização, distribuição, comercialização de leite e lácteos, na produção e comercialização de insumos para produção, máquinas e implementos agrícolas. Isto significa que o consumo de leite e lácteos de São Paulo gera cerca de 680.000 empregos diretos e permanentes no campo, além significativo número de empregos indiretos, e dá, só no setor leiteiro, a dimensão da importância da medida assumida pelo Governador Alckmin.

A Leite São Paulo tem lutado contra os incentivos fiscais ilegais que prejudicam o produtor de leite e a indústria paulista. Junto com representantes de outras entidades e da Câmara Setorial de Leite e Derivados de São Paulo, e com o apoio de Duarte Nogueira, então líder do Governo na Assembléia Legislativa de São Paulo, em reunião com o Governador Alckmin em 2002, conseguimos a primeira vitória quando foi definido um crédito presumido para o leite longa vida produzido em São Paulo, para compensar os benefícios ilegais concedidos por outros Estados. Em 2003, em Guaratinguetá, a Leite São Paulo pleiteou ao Governador Alckmin a criação de comissão envolvendo representantes das secretarias estaduais da Agricultura e Fazenda, da delegacia regional do ministério da Agricultura em São Paulo, da Câmara Setorial de Leite e Derivados de São Paulo e da Leite São Paulo, para analisar os benefícios ilegais concedidos por outros Estado no setor de lácteos e propor medidas compensatórias para evitar o prejuízo causado aos produtores e indústria paulista. Com o apoio do secretário estadual de Agricultura, Duarte Nogueira, essa comissão foi criada e vem desenvolvendo um bom trabalho.

Face à participação que temos tido na luta contra a guerra fiscal, e nos contatos que mantivemos com os secretário Antonio Duarte Nogueira, Eduardo Guardia e com o próprio governador Geraldo Alckmin, temos a certeza que essa medida não foi tomada intempestivamente, mais foi fruto de muita reflexão quanto à sua necessidade e, portanto, temos a convicção que é um primeiro passo firme para acabar com os prejuízos que a guerra fiscal tem trazido a São Paulo e ao povo paulista.

A Leite São Paulo tem mantido contato na Assembléia Legislativa de São Paulo, e está acertando com os Deputados José Zico Prado e Simão Pedro Chiovetti a realização, se possível ainda em agosto, de uma audiência pública onde serão discutidos os prejuízos que benefícios fiscais ilegais tem causado à indústria e ao produtor paulista e as medidas necessárias para defender São Paulo da guerra fiscal promovida por outros estados. O governador Alckmin certamente contará com o apoio da Assembléia Legislativa de São Paulo na posição que assumiu, de adotar de medidas duras contra a guerra fiscal.

Aplaudimos e parabenizamos o governador Geraldo Alckmin, bem como os secretários estaduais Antonio Duarte Nogueira Filho e Eduardo Guardia, que estão assumindo uma posição efetiva para lutar para acabar com a guerra fiscal, ou pelo acabar com os prejuízos que essa guerra vem causando a São Paulo e ao povo paulista. Aplaudimos também todos os políticos paulistas que estão apoiando essa luta na defesa de legítimos interesses de São Paulo e do povo paulista.

MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

Membro da Aplec (Associação dos Produtores de Leite do Centro Sul Paulista )
Presidente da Associação dos Técnicos e Produtores de Leite do Estado de São Paulo - Leite São Paulo

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ANTONIO CESAR FERREIRA

CAJOBI - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/08/2004

Como produtor de leite, também gostaria de aplaudir o esforço de nosso políticos e governador. É com esse espirito de luta que devemos trabalhar no progresso do Estado.

Parabéns.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/08/2004

Levando-se em conta as considerações do J.L. Mathes, espero que a pecuária Paulista não esteja bancando a operação ICMS novamente como "bobos da corte" e ainda achando bom.
JOSÉ LUIZ MATTHES

ALTINÓPOLIS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/08/2004

Com todo respeito ao ilustre missivista, não compartilho com seu otimismo. Primeiro, porque "guerra fiscal" não se combate com decreto, mas, sim, através de medida judicial ( Ação Direta de Inconstitucionalidade ) junto ao Supremo Tribunal Federal. Ao que me consta, o Estado de São Paulo já ingressou com esta medida contra o Estado de Goiás e não obteve liminar. Querendo proteger, esta medida poderá resultar em insegurança aos milhares de contribuintes paulistas que praticam operações mercantis com contribuintes regularmente estabelecidos no Estado de Goiás e outras Unidades da Federação.

Discordo, também, do missivista quando elogia o decreto concedido beneficiando os fabricantes de leite longa vida paulistas. O decreto n. 47.064 propiciou aos estabelecimentos fabricantes de leite longa vida a manutenção do crédito outorgado de 6,7% sobre valor da operação de saída deste produto, além da manutenção do crédito incidente sobre a aquisição da matéria prima ( LEITE ) adquirida de outras unidades da federação. Ora, LONGE de beneficiar o produtor paulista, este decreto beneficia, única e exclusivamente, a INDÚSTRIA. Para ela é muito melhor COMPRAR leite de fora de São Paulo, uma vez que, além do crédito presumido de 6,7%, pode também se apropriar do crédito de 12% incidente sobre a aquisição do leite produzido fora do Estado.

Quando da edição deste decreto, o COMPROMISSO dos industriais era REPASSAR parte deste crédito aos produtores paulistas. E, a pergunta que fica é exatamente essa: tivemos nós algum benefício? Posso responder por mim: NÃO!
Portanto, antes de sairmos cantando loas ao Governo paulista, o melhor será que pensemos um pouco mais no assunto para vermos se realmente o produtor paulista terá algum benefício com esta medida.
Como dizia minha avó, "vamos devagar com o andor que o santo é de barro".

José Luiz Matthes - produtor de leite em Altinópolis, SP.


<b>Resposta do autor:</b>Prezado Losé Luiz Mathhes

Recebemos a sua mensagem, estamos analisando sua ponderações, e em breve daremos retorno.

Gostaríamos que nos esclarecesse com relação à sua preocupação de que a medida assumida pelo governo de São Paulo possa resultar em insegurança para milhares de contribuintes paulistas que praticam operações mercantis com contribuintes regularmente estabelecidos em Goiás e outros Estados.

Atenciosamente

Marcello de Moura Campos Filho
Presidente da Leite São Paulo
ANTONIO VILELA CANDAL

JACAREÍ - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/08/2004

Companheiros;

Afinal uma boa notícia para o LEITE!

Isto fará MUITA diferença.

CANDAL

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