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Goiás perde mais uma posição no ranking da produção de leite

POR ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA LIMA JR.

ESPAÇO ABERTO

EM 22/12/2017

6 MIN DE LEITURA

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Consultando o IBGE 2016 fiquei muito surpreso com os dados apresentados. O Brasil, que já havia reduzido sua produção de leite em 1,4% de 2014 para 2015, a teve reduzida novamente em 2,85% de 2015 para 2016. Estas quedas são muito fortes para um país que cresceu linearmente acima de 4% nos anos anteriores.

Os custos elevados da ração em 2015 e 2016 foram motivos fortes para a queda da produção, já que os preços praticados pelo mercado bateram recordes. Mas o que mais nos chama atenção na estatística do IBGE 2016 é a queda da produção em Goiás de 13,86% em 2016 comparada com 2015, que o arremessou para a quinta posição no ranking dos estados como mostra a figura abaixo.

Minas Gerais continuou como maior produtor de leite do país, apesar de ter produzido, em 2016, 1,9% menos do que em 2015 (8,97 bilhões de litros). Em segundo lugar, se encontra o Estado do Paraná, com produção de 4,73 bilhões de litros de leite em 2016, crescimento de 1,5% comparado a 2015. Em terceiro, o Rio Grande do Sul, com pequena elevação na produção de 0,30%. E na quarta posição ficou Santa Catarina, com 3,11 bilhões de litros. Com esta produção, a região Sul deteve 37% da produção nacional ultrapassando a região Sudeste com 34,3%.

Com relação aos municípios, a liderança foi de Castro, no Paraná, que atingiu a marca de 255 milhões de litros, região com uma atividade de produção de leite, tecnológica e economicamente comparável às melhores do mundo.



A redução percentual da produção em Goiás de 13,86% em 2016 comparada com 2015 apenas foi menor que o Espírito Santo e o Mato Grosso do Sul, cujas quedas foram, respectivamente de 20,88 e 20,35%. No Centro-Oeste, a produção caiu 13,8%, com destaque para o Estado de Mato Grosso do Sul (-20,35%).


Em Goiás, um estado com tanta vocação pela sua condição de clima, solos férteis e topografia favorável precisamos fazer uma análise mais profunda deste cenário. Este dado nos remete até a questioná-lo, considerando o tamanho da queda e tendo em vista o crescimento ininterrupto de 43% de 2007 a 2013, como mostra o gráfico a seguir. Em valores absolutos, foram 472 milhões de litros a menos em 2016, número maior que toda a produção anual do MS ou do ES, respectivamente de 346,3 e 371,3 milhões de litros.

Não se pode omitir uma possível fuga de dados que se supõe existir pelo elevado número de pequenas fábricas de queijos clandestinas. Supõe-se que este número tenha crescido nos últimos anos. Esta realidade prejudica o setor como um todo, pelos riscos sanitários e pela competição ilegal com as empresas organizadas e inspecionadas que recolhem todos os tributos.



Qual a possível explicação para este cenário de um mesmo estado que em 1996, ocupou a 2ª posição dentre os 27 estados da Federação?

Primeiramente, observamos que as três posições perdidas foram ocupadas pelos estados da região Sul do país: Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. É fato que estes estados apresentam vocação para a atividade leiteira em função do tamanho pequeno das propriedades e do modelo familiar de atuação. Entretanto, as vantagens dos estados do Sul do país, onde chove praticamente o ano todo e cujo inverno reúne as boas condições para o cultivo das forrageiras temperadas podem ser facilmente compensadas pelas boas condições tropicais para a produção de pastos e suplementos forrageiros tropicais no período de chuvas do Centro Oeste. Enquanto uma forrageira temperada como azevém (Lolium multiflorum) produz dez toneladas de matéria seca por hectare, uma gramínea tropical como Mombaça (Panicum maximum cv. Mombaça), por exemplo, tem uma capacidade produtiva muito superior, de pelo menos o dobro, em função do seu sistema fisiológico de crescimento.

Outra vantagem apresentada pelo produtor de leite goiano é o tamanho da área média das fazendas de 87 ha, conforme Diagnóstico da FAEG de 2009. As fazendas produtores do Rio Grande do Sul são muito menores, cujo tamanho estimado é de cerca de 15 ha, com imobilização de muito capital por hectare de terra.

Analisando aspectos relacionados com a cadeia do leite podemos admitir que ações isoladas têm sido realizadas pelo setor em Goiás tendo em vista a sua sustentabilidade. O SENAR GOIÁS, por exemplo, criou o SENAR MAIS para dar assistência técnica aos produtores, que juntamente com cooperativas e indústrias de laticínios, estão procurando promover o desenvolvimento do setor produtivo de leite. Atualmente, 1.600 produtores de leite, organizados em 90 grupos, em todo o estado, recebem assistência técnica através do SENAR MAIS Leite. Cada grupo tem um técnico habilitado para fazer intervenção técnica e gerencial. Neste modelo os custos de produção são monitorados e cada produtor elabora, juntamente com o técnico, um planejamento estratégico para ao menos os próximos dois anos.

Fazendo um paralelo com os estados do Sul, é interessante destacar ações fundamentadas em conceitos de cadeias produtivas executadas naquela região. Coincidentemente, são nos três estados do país que mais tem crescido a produção, onde os seus segmentos da cadeia buscam entendimentos através dos Conselhos paritários entre a indústria e o produtor (Conseleites). Mais recentemente, os mesmos estados, até se organizaram, ainda melhor, para debaterem o agronegócio leiteiro por meio da criação da Aliança Láctea Sul Brasileira com o objetivo de fortalecer e consolidar a cadeia produtiva do leite. Outro ponto que vale a pena destacar é que nos referidos estados, a assistência técnica através da EMATER é um destaque.

Também é possível encontrar no mercado da região Sul programas de desenvolvimento amparados por linhas de crédito conquistadas pelo setor para financiar a melhoria da atividade. É também importante ressaltar que boa parte dos produtores do Sul do país estão organizados em cooperativas, muitas das quais bastante robustas, apesar de serem independentes. Neste modelo de organização podemos chamar novamente atenção para a assistência técnica. A cooperativa Castrolanda, por exemplo, contribui muito para isso, oferecendo a seus associados um serviço técnico muito forte dedicado aos produtores nas diferentes cadeias de produção trabalhadas.

Na Chácara Nossa Senhora Aparecida da D. Neide Barreto e do Sr. Benedito, que visitamos em agosto deste ano, para realizar um trabalho com técnicos do MAPA e da Castrolanda, em treinamento pelo SENAR nacional (foto abaixo), eram quatro os técnicos que periodicamente a visitam: um técnico especialista na qualidade do leite e que faz o acompanhamento das Boas Práticas Agropecuárias (BPAs), outro cuida da produção de forrageiras, outro levanta os dados para fazer gestão dos fornecedores, além do técnico que faz o acompanhamento econômico. A assistência veterinária é realizada por veterinários conveniados com a cooperativa.


Visita à Chácara Nossa Senhora Aparecida, da D. Neide Barreto e Sr. Benedito, Castro-PR

A densidade de coleta é outro ponto que joga a favor do Sul e contra o nosso estado de Goiás. Com baixa escala de produção nas fazendas e distâncias elevadas para coletar o leite é esperado que o custo logístico se eleve reduzindo ganhos da cadeia e o consequente desestímulo para todos que atuam nela.

Ao contrário, nos estados da região Sul, a produção de leite é bastante concentrada. No Paraná, na região das Gerais, por exemplo, em uma pequena região temos uma das melhores densidades de coleta de leite do Brasil. Na Castrolanda e na Frísia estima-se que sejam coletados acima de 200 litros de leite por km rodado.

A proposta que deixamos aqui é que os segmentos envolvidos com a cadeia de leite goiana busquem, imediatamente, fazer um debate para entender este quadro e planejar estrategicamente uma retomada do setor, que é tão importante para a economia regional.

ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA LIMA JR.

A SL Consultoria em Agronegócios é uma empresa criada em agosto de 2014, com sede em Goiânia, tendo a expertise em negócios relacionados com a Cadeia do Leite como seu pilar central. Ela foi projetada pelo seu sócio proprietário, que atuou por 23 ano

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ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA LIMA JR.

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 04/01/2018

Excelente comentário Eduardo!

Os desafios estão postos. Precisamos encará-los. Goiás continua sendo uma grande oportunidade. Mas precisamos nos adequar, e rápido. Grande abraço!
EDUARDO HARA

GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 03/01/2018

Caro Antônio Carlos,



Parabéns pelo texto!

Para quem teve o privilégio de sair da universidade, vir para Goiás e participar do crescimento do leite na segunda metade dos anos 90, o cenário atual que você descreveu com clareza é preocupante.

De lá para cá muita coisa mudou!

Posso estar enganado, mas ainda acredito que a máxima de Darwin sobre a teoria da evolução ainda é valida, " Não são as espécies mais fortes e maiores que irão sobrevier, mas sim aquelas mais adaptadas as mudanças...". Temos que estar preparados para encarar os desafios e ainda, preparar os produtores para esses novos tempos.

Abraços

Eduardo Hara
ANDREW JONES

FERNANDÓPOLIS - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 02/01/2018

Prezado amigo Antônio Carlos, obrigado por seus comentários e aproveito o ensejo para colocar AJAGRO a disposição do colega para projetos em pecuária leiteira em seu estado!!!
ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA LIMA JR.

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 02/01/2018

Caro Antelmo,

Excelente seu comentário e suas informações a respeito da ação da EMATER. Sabia do empenho da nova gestão, da qual você é parte, mas não tinha ainda esta dimensão do que já conseguiram apesar do quadro reduzido de técnicos. A ATER é um pilar essencial para a virada. Vamos juntos!
ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA LIMA JR.

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 02/01/2018

Obrigado Jessica pelo excelente cometário.

Não tenho dúvida que monitorar os custos é fundamental para a tomada de decisão de quem produz. Vocês estão no caminho certo aí no Paraná. Desejo que o projeto de AT da parceria SENAR/MAPA/CASTROLANDA esteja fluindo bem. Ele será muito bom para os produtores e você poderá contribuir muito com ele. Abraços.
ANTELMO TEIXEIRA ALVES

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 30/12/2017

Parabéns amigo Antônio Carlos pelo artigo. Atribuo parte da queda da produção de leite em Goiás por carência na gestão e na organização dos produtores e da produção. Não culpo as entidades e nem o estado. Talvez seja Cultural. Pois aqui temos os extremos, quem ganha, quem empata e quem perde dinheiro com a atividade. Falta animadores junto ao produtor, ou seja, ATER, mas é preciso o produtor querer. Por parte da Emater temos concentrado esforços desde 2015 em levar uma ATER de melhor qualidade, mas temos um número reduzido de técnicos, precisa de arranjos já em uso em outros Estados. Estamos dando nossa contribuição. Este ano além de está presente em 200 municípios, estamos encerrando com 60 grupos de produtores recebendo uma ATER continuada. Todos com ganhos positivos.
ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA LIMA JR.

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 30/12/2017

Caro Andrew, obrigado pela enriquecedora contribuição.

1. Concordamos literalmente. Os grandes projetos que também estão acontecendo em Goiás, requerem, ainda mais, um suporte especializado. Aliás, o nosso estimado professor Vidal, há anos, vislumbrava esta tendência de grandes produtores. Sua empresa poderia nos ajudar muito, por aqui, neste perfil de produtor.

2. As terras aqui também já ficaram muito caras e isto, naturalmente requer mais intensificação na produção de leite. Esse cenário, explica sim, a atratividade para o arrendamento que também é realidade em Goiás.

3. Mesmo o pequeno produtor que poderá permanecer no negócio terá que trabalhar melhor como tem acontecido em Santa Catarina e nos demais estados do Sul. E para tanto, a assistência técnica é igualmente essencial. Grande abraço.
ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA LIMA JR.

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 30/12/2017

Prezado Cassius, obrigado pelo indagação.

Suponho que muitos produtores tenham deixado a produção de leite, sendo esta a principal causa. Também estamos pensando que tem um certo número de produtores que estão comercializando leite na informalidade. O setor admite que são muitas as "fabriquetas" de queijo no mercado informal no estado. Caso esta hipótese se confirme, é muito ruim para o setor e de elevados riscos para o consumidor. Por outro lado tem produtores aumentando a escala de produção em busca da sustentabilidade no negócio, muitos dos quais implementando o sistema de compost barn. Abraço.
JESSICA KARINA PONCHEKI

CURITIBA - PARANÁ - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 29/12/2017

Uma leitura muito interessante. Parabéns Antonio Carlos pelo seu artigo.

Acredito que 2017 tenha sido um ano ainda mais difícil para o setor. Ouvimos, principalmente no Rio Grande do Sul, que pequenos produtores não conseguiram se sustentar na atividade, tanto pelos altos custos de produção como pelo desestímulo do governo que promoveu maior importação de leite de países vizinhos. Aqui no Paraná cada vez mais os produtores se atentam aos custos de produção e acredito que essa seja a principal saída: controle de custos de produção. Se o produtor não sabe quanto custa produzir o leite, como ele poderá cobrar da indústria uma melhor remuneração? Ou como ele pode buscar alternativas para tornar o seu negócio viável: aumentar a produção ou diminuir custos? Fica a reflexão.
ANDREW JONES

FERNANDÓPOLIS - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 28/12/2017

Prezado Antônio Carlos, bela matéria e como é complexo esse mundão do leite. Apenas para contribuir na discussão, seguem meus comentários:

1. Me parece que as rentabilidades em áreas maiores como no caso em Goiás (87 ha) exige um nível de gestão muito aprimorado, estamos falando de mínimo 15.000 litros de leite/ha/ano o que equivale a produções diárias acima de 3.500 litros/dia;

2. Com este nível de produção diária, por ser uma atividade tão multidisciplinar, existe a necessidade de maior nível de AT aplicada. Bem provável estes produtores abateram animais nos últimos anos e arrendaram as terras para agricultura. Lembra SP nos anos 1990 em diante com o arrendamento para cana de açúcar;

3. Aparta-se aí os produtores de áreas pequenas ou assentamentos dos produtores profissionais ou investidores no setor. GO tem alguns dos melhores projetos de produção de leite a pasto, ou produção de baixo custo (ex.: José Renato Chiari e KIWI Pecuária) ambos em expansão, porém a tecnologia e nível de gestão aplicada não é fácil de ser aplicada no Brasil até hoje;

4. Acredito que GO padece do que SP padeceu no passado. Necessidade de rentabilizar as terras nobres e caras com uma pecuária leiteira de alta eficiência. Quem não consegue vai arrendar a área.

5. SC na minha opinião é o melhor exemplo de crescimento sustentável, pois o produtor com uma pequena área, sem possibilidade de produzir agricultura competitiva, principalmente devido ao relevo acidentado, com uma cultura de gestão aplicada por anos da integração aves/suínos, viu no leite uma opção de rentabilizar as pequenas áreas e se beneficiando dos dejetos da integração. houve ali a junção de vários fatores que fazem de SC um destaque nacional em crescimento da produção de leite .
CASSIUS KLAY ALVES DE CASTRO

GOIÁS

EM 28/12/2017

Muito preocupante mesmo a situação do leite no nosso estado de Goiás!  Antônio Carlos, o Sr. sabe me dizer se foram produtores que saíram da atividade ou os produtores apenas diminuíram a produção ou ambas? pois é um volume muito alto de leite a menos!

abraço!
ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA LIMA JR.

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 27/12/2017

Prezado José Enock, obrigado por comentar o artigo.

Penso que o governo deve ajudar com a infraestrutura, mantendo estradas em boas condições, fazendo assistência técnica, criando condições para que o setor que fornece alimentos não pague tantos tributos. A cadeia do leite é uma das que mais gera empregos, tributos e renda para o país. A indústria e o produtor precisam se comunicar mais e trabalharem numa mesma direção. Isto é o que preconiza o conceito de cadeia produtiva: os segmentos são interdependentes; "Um por todos e todos por um".
CARLOS ALBERTO T. ZAMBONI

MOCOCA - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 27/12/2017

Boa tarde



AC Concordo totalmente.



Realmente o Sul qdo. ganhou força em toda a cadeia,  os sistemas de produção já estavam mais evoluídos



abs



Zamboni
DIVINO JÚNIOR

PATOS DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/12/2017

Antônio,



Obrigado pela resposta.



Meu email é divino.soares@gmail.com.
SIDNEY LACERDA MARCELINO DO CARMO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 27/12/2017

Prezados,



Se eu tivesse uma propriedade com a topografia que vcs de Goiás tem não trabalharia com leite. Minas é o maior produtorde leite porque a topografia dificulta muitas atividades.
ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA LIMA JR.

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 26/12/2017

Prezado Gilson, obrigado pelo comentário.

Os custos variam muito de um produtor para outro. Depende da tecnologia, do processo de gestão, da escala de produção. Em um estudo que fiz de 175 fazendas assitidas pelo projeto Educampo do SEBRAE-MG, para minha dissertação de mestrado,  pude concluir que o negócio de produção de leite é meramente administrativo. Com valores da ocasião, abril de 2003 a março de 2004, o menor custo total foi de R$0,26 e o maior R$0,68. O custo médio foi de R$0,46. Por isso, fica difícil tirarmos conclusões generalizadas. Como em todo negócio, tem empresários perdendo, alguns empatando e outros ganhando. Abraço.
ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA LIMA JR.

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 26/12/2017

Prezado Clóvis, a migração do leite para outros setores é uma evidência. Por algum motivo muitos trocam de atividade ou, até mesmo, saem da produção. O arrendamento, muitas vezes, é uma opção para não se desfazer da propriedade. Mas, quando fazemos conta e comparamos a atividade leiteira com outras no mesmo nível de tecnificação, o leite tem sido competitivo, com vantagens, mesmo em condições de preços baixos. O que não podemos fazer é comparar outras atividades como soja, milho, produção de aves ou suínos, altamente tecnificadas, com produção de leite apenas extrativista. Obrigado pelo comentário. Abraço.
ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA LIMA JR.

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 26/12/2017

Caro Zamboni, muito bom ter meu artigo comentado por um especialista como você.

Realmente, a indústria migrou na hora certa do Sudeste e do Centro Oeste para o Sul. E assim, se deram bem. E por consequência os produtores também. Na verdade, o investimento delas, no Sul, contribuiu muito para o crescimento da produção naqueles estados. Mas o que não podemos negar é que na região Sul, o setor tem se organizado melhor. Concorda? Abraço.
ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA LIMA JR.

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 26/12/2017

Obrigado Joselito pela sugestão.

Os estudos de margens precisam ser feitos em todas as transações entre os segmentos da cadeia produtiva. Todos precisam de resultados e o grande gargalo no meu entendimento é que há um desequilíbrio de margens. O varejo, por exemplo, privilegiado pelo tamanho e por estar na ponta do mercado, maltrata a indústria, que, circunstacialmetnte, acaba repassando as depressões de preços ao produtor. Esta falta de um melhor entendimento prejudica toda a cadeia.
ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA LIMA JR.

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 26/12/2017

Obrigado Carlos pelo comentário.

A lógica do cooperativismo faz todo sentido. Temos bons exemplos aí do Paraná. No mundo desenvolvido do leite como Nova Zelândia, EUA, Uruguai, os produtores de leite estão organizados em grandes cooperativas. Abraço.

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