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Cepea: retorno do capital investido em leite fica atrás do obtido com soja, milho, café e pecuária de corte

VÁRIOS AUTORES

ESPAÇO ABERTO

EM 10/10/2011

1 MIN DE LEITURA

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Uma forma de comparar a rentabilidade entre atividades agropecuárias é a análise do retorno por real investido, que consiste na relação entre a margem bruta e o custo operacional efetivo ou entre a margem líquida e o custo operacional total.

Considerando-se algumas das regiões pesquisadas pelo Cepea em parceria com a CNA, a equipe Cepea constata que, normalmente, soja, milho, café e pecuária de corte proporcionam retorno sobre o capital investido superior ao obtido pelo produtor de leite, como pode ser visto nos gráficos de 1 a 6.

O maior retorno por real investido na atividade leiteira foi de R$ 0,51, ou 51%, considerando-se apenas o Custo Operacional Efetivo (COE), verificado no Rio Grande do Sul, na região noroeste. Em seguida, ficou o Triângulo Mineiro, com R$ 0,32. Por outro lado, o retorno mais baixo foi verificado no Sul/Sudoeste de Minas Gerais, de R$ 0,12 por real investido.

Os pesquisadores destacam que, em todas as regiões, quando considerado o Custo Operacional Total (que inclui as depreciações, manutenção de pastagens etc.), o retorno da atividade leiteira torna-se negativo. Ou seja, quando é considerado todo o investimento em infraestrutura, além da manutenção de forrageiras, o produtor de leite tem prejuízo do ponto de vista econômico. A mesma situação é verificada para a pecuária de corte no sul goiano e para o trigo no oeste catarinense, também segundo dados do Cepea.

Gráficos 1 a 6 - Retorno por real investido (frente aos custos operacionais e aos custos totais) nas principais atividades praticadas em algumas bacias leiteiras.


Fonte: Cepea/CNA. Elaborado pelo Cepea.

Nota: O retorno por Real investido nas culturas de soja, milho, sorgo e trigo foram calculados a partir de dados da safra 2010/11. Para boi e leite, foram calculadas as médias de janeiro a julho de 2011. Já para o café, foram utilizados dados das safras 2009/10 e 2010/11 devido à bienalidade da cultura.

Observação: Essas análises constam da edição especial do Boletim do Leite nº 200.

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ALINE BARROZO FERRO

PIRACICABA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/10/2011

Olá, Elias,





Sou pesquisadora. Tentei corrigir o cadastro mas aparentemente ainda não atualizou.





Um abraço,





Aline
ANTÔNIO ELIAS SILVA

CAMPO ALEGRE DE GOIÁS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/10/2011

Cara Aline,





De fato, cada propriedade tem suas peculiaridades, mas mesmo considerando um pecuarista de corte operando com o estado da arte da tecnologia e no ponto de otimização do seu lucro (o que na realidade só existe em teoria, pois Murphy está por toda parte), ainda assim, dificilmente obteria lucro contábil (lucro líquido/ativos totais) superior a 5% (até mesmo 3% aa é mto difícil de se conseguir). Se ele tem uma terra fértil que precisa usar menos fertilizantes, ela custará mais caro e compensará esse fato. Então, não há como fazer milagres. Já atuei na pecuária de corte e leiteira, e em ambas é mto difícil lucrar (mesmo lucro contábil, sem levar em conta os custos de oportunidade). Pelas minhas pesquisas, ainda não colocadas em prática, sob irrigação usando tífton 85, é possível lucrar com leite, no entanto.





Receio que tenho de concordar, infelizmente, com Monteiro Lobato: "fazenda não é um negócio, e sim um sacerdócio".  








Entendo bem o que é uma fazenda modal, e estão corretos em usar tal metodologia.  Agora estou em dúvida, és pesquisadora ou produtora?





Abraço,


A Elias
ALINE BARROZO FERRO

PIRACICABA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/10/2011

Prezado Elias,





Custo de produção realmente é um assunto complexo, tem comportamento diferente para cada tipo de produtor. Fica difícil fazer esse tipo de comparação.





O Cepea trabalha com painéis de custos de produção, que são reuniões com produtores e técnicos em determinada região para montar todo o esqueleto de uma fazenda. Procuramos estabelecer a moda da produção, ou seja, o tipo de fazenda que é responsável pela maior parte da produção daquela região. Para facilitar, por exemplo, temos normalmente a ideia de que 30% dos produtores são responsáveis por 70% da produção de leite, aproximadamente. E, teoricamente, seria o tipo de fazenda desses 30% que é analisado, considerando todos os detalhes.





É com base nesses critérios que fazemos as análises e comparações.





Um abraço,


Aline
JAIME ANTONIO DE SOUZA

BELA VISTA DE GOIÁS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 10/10/2011

Senhores,


Seguindo a linha de questionamentos do nosso companheiro do Rio Grande do Sul, eu também fiquei com algumas dúvidas em alguns pontos:


1)     A análise considerando-se um curto prazo de tempo para todas as atividades.


Isto não mascara os resultados?


Por exemplo, se pegarmos um período de preços nominais (gera receita) excepcionais para as culturas do café e/ou milho, e compararmos com um mesmo período onde os preços nominais para o leite não sejam tão atrativos, isso geraria distorções, e interpretações equivocadas, correto? Este mesmo raciocínio vale para a composição dos custos.


Retrocedam estes cálculos a Set/07, ocasião em que comprávamos 2,3 kg de ração comercial considerada top no mercado, com o valor de um litro de leite. Por quanto era vendida uma saca de milho naquele ano?


2)     Nós precisamos indexar tanto os custos como as receitas, e o retorno do capital das diversas atividades; tem que haver algo para não perdermos um padrão de comparação. No passado usávamos o dólar, hoje com o cambio irreal conforme nos falam os entendidos, perdemos esse referencial.


3)     Outro ponto a ser considerado é a questão das escalas de produção. O que adianta ganhar R$ 0,50 ou R$ 10,00 por unidade se eu produzir apenas 100 unidades?


4)     E por fim, temos considerar os parâmetros de eficiência no uso de todos os recursos produtivos que envolvem cada atividade, que participou desta comparação. Foram avaliadas atividades nas quais os produtores fazem uso do mesmo nível tecnológico   e econômico (capacidade de investimento)?


Imaginem compararmos esses números em situações de diferentes graus de eficiência e produtividade. Comparem um produtor de leite com 35.000 lts/ha/ano, com um produtor de milho que produz 50 sacas/ha/ano.


Na minha avaliação esses números soltos, não estando muito bem contextualizados são perigosos, porque podem levar a conclusões erradas.


Obrigado pela atenção de todos.


ANTÔNIO ELIAS SILVA

CAMPO ALEGRE DE GOIÁS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/10/2011

Acho estranhos esses resultados. Creio estar correto dizer que o retorno o capital é negativo no caso do leite, conforme vários estudos têm mostrado. Agora, é estranho retorno de 30% para o boi no Triângulo  Mineiro. mesmo considerando lotação de 2 animais por ha (o que é mto alto para padrões normais), são  necessários R$ 5 mil de capital em terra para suportar cada animal (supondo valor da terra de R$ 10 mil/ha). Então dois bois em um ha têm de gerar R$ 3 mil/ano de lucro somente para fazer face ao imobilizado em terra. R$ 3 mil é o valor bruto de dois bois gordos. Ainda temos imobilizado em custeio, instalações, máquinas e equipamentos,   rebanho, etc. Se fizermos todos os cálculos, o pecuarista tem de ser eficiente para conseguir 3% aa de retorno sobre o total imobilizado no empreendimento. Supondo que cada animal ganhe 0,5 @/mês a pasto, são ganhos 12 @s/ano/ha, que totaliza brutos ceca de R$ um mil/ano/ha. Somente com vermífugos,  medicamentos, etc gastam-se R$ 100,00/animal/ano. Gasto igual se tem com mão-de-obra, além de outros com mão-de-obra,. Há outros com reforma de pastagem, matutenção de cercas e instalaçãoes, etc. Veja que é impossível ter retorno sobre capital acima de 5% aa sobre o capital investido...





Da mesma forma, o retorno sobre soja está equivocado. Com custos de R$ 1.500,00/ha e produtividade de 45 sacas/ha, teríamos algo em torno de R$ 500,00/ha de lucro, ao custo R$ 10 mil/ha de terra. Isso daria retorno em volta de 5% considerando imobilizado somente terra. Imobiliza-se capital em custeio, máquinas e equipamentos também.





Abraço,


A Elias
NELSON JESUS SABOIA RIBAS

GUARACI - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/10/2011

Deveriam fazer a comparação com o arrendamento da terra para plantar cana de açucar, investimento ZERO e risco baixo. Na minha região a renda é de R$1.800,00 a R$2.000,00 por alqueire.
ALINE BARROZO FERRO

PIRACICABA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/10/2011

Boa tarde, Paulo, tudo bem?





Na realidade são duas análises distintas. A primeira compara a receita líquida operacional (renda do leite + venda de animais - custo operacional) por hectare agricultável com o valor do arrendamento com a principal atividade alternativa. Isso não significa que a renda do leite é superior à renda obtida com a produção de soja, e sim que é superior ao valor que o produtor receberia se apenas arrendasse sua terra para outro produtor/empresa. Neste caso, nas principais bacias do Sul, pelas nossas pesquisas, o arrendamento foi inferior à renda obtida com leite.





Quando comparamos os retornos de cada atividade, calculamos a receita líquida recebida com cada atividade. E aí sim podemos fazer a comparação entre as atividades. É o valor recebido por cada real investido. Nesta análise, comparamos o retorno considerando os custos operacionais efetivos (COE) e os custos operacionais totais (COT), evidenciados em cada gráfico. Perceba que na primeira análise (do arrendamento), utilizamos apenas o COE, que não inclui depreciações, manutenção de forrageiras, entre outros custos, conforme explicamos nos artigos no Boletim do Leite.





Desta forma, quando incluímos todo o valor do patrimônio, ou seja, conseideramos o COT, o retorno na atividade leiteira é quase sempre negativo. Ou seja, a receita obtida tanto com leite quanto com a venda de animais não cobre os desembolsos do produtor (COE) mais as depreciações, manutenção de forrageiras, pró-labore etc (COT). Isso significa que no curto prazo a atividade tem lucro, mas não é sustentável no longo prazo, pois ao final da vida útil de todo o patrimômio, dificilmente o produtor tem capital para renová-lo.





Qualquer outra dúvida estou à disposição.





Um abraço,





Aline Ferro


Equipe Leite - Cepea
PAULO R. F. MÜHLBACH

PORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 10/10/2011

Tudo muito interessante, entretanto, no artigo anterior (Leite no Sul rende três vezes mais que arrendar a terra) é afirmado:


"As pesquisas mostram que, no Sul do País, a margem bruta da pecuária leiteira supera, pelo menos, em quase três vezes o valor do arrendamento da terra para outra atividade. Evidencia-se nessa região o potencial de crescimento da produção leiteira, tendo em vista sua rentabilidade frente à das principais opções, interpreta a pesquisadora Aline Barrozo Ferro, do Cepea."


Então, aqui no RS, outra atividade importante seria o cultivo da soja, pelo que, deve-se entender,  que a MARGEM BRUTA da atividade leiteira superaria a da soja.


Por outro lado, no artigo acima consta: "Considerando-se algumas das regiões pesquisadas pelo Cepea em parceria com a CNA, a equipe Cepea constata que, normalmente, soja, milho, café e pecuária de corte proporcionam retorno sobre o capital investido superior ao obtido pelo produtor de leite, como pode ser visto nos gráficos de 1 a 6."  


E prossegue-se:"Os pesquisadores destacam que, EM TODAS AS REGIÕES, quando considerado o Custo Operacional Total (que inclui as depreciações, manutenção de pastagens etc.), o retorno da atividade leiteira torna-se negativo. Ou seja, quando é considerado todo o investimento em infraestrutura, além da manutenção de forrageiras, o produtor de leite tem prejuízo do ponto de vista econômico."


Quer dizer: o que é afirmado no primeiro artigo, ou seja, o leite, na região Sul, render três vezes mais do que o arrendamento para o cultivo da soja, é contradito pelo presente artigo quando se considera custo total, que é o que, efetivamente, interessa?


Apreciaria e agradeceria pelos seus comentários.

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