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Agronegócio precisa mostrar à sociedade o seu valor

POR MARCOS FAVA NEVES

ESPAÇO ABERTO

EM 24/01/2011

2 MIN DE LEITURA

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Neste início de ano, diversas manchetes comunicaram que os alimentos foram os vilões da inflação de 2010. A sociedade que leu essas notícias tendeu imediatamente a culpar os produtores rurais, agroindústrias e indústrias de alimentos pela valorização desses produtos.

Na verdade, o agricultor atuou justamente do lado oposto, pois controlou a inflação. A época é de crise alimentar (preços mundiais recordes) por diversos fatores já discutidos e até antecipados há mais de dois anos. Os produtos da agricultura finalmente se valorizaram e nós, como grandes exportadores, estamos nos beneficiando economicamente desse valor, dessa renda gerada. E o mundo cada vez mais reconhece o Brasil como "fornecedor mundial de alimentos".

As produções do horticultor dos cinturões das cidades, do citricultor de São Paulo, do produtor de frangos e suínos em Santa Catarina, de grãos na Bahia, de arroz no Rio Grande do Sul, de frutas e cana no Nordeste, de papel e celulose no Mato Grosso do Sul, e de gado no Tocantins, entre outros, ajudaram a segurar a inflação.

Nossos produtores de alimentos abasteceram o mercado brasileiro, competiram com os produtos importados que invadiram as gôndolas devido ao real valorizado e, ao proporcionarem uma exportação recorde de US$ 76 bilhões, permitiram grande ingresso de recursos no país.

A receita com exportações atuou como força propulsora da valorização do real, que ajuda no controle da inflação. Alguém poderia calcular quanto seria a inflação sem a presença do agronegócio?

Então, de salvador da pátria, o agronegócio passou a ser o vilão de 2010.

Esse caso é um exemplo de que a comunicação com os mais diversos públicos-alvo é a batalha deste século.

O agronegócio -tirando uma ou outra boa ação das associações, sindicatos e outras organizações- não se comunica adequadamente. A imagem do setor na sociedade não representa seu grande trabalho e êxito.

É preciso romper a passividade. Comunicar-se com as novas gerações, que são mais sensíveis às causas ambientais, sociais, da inclusão e da tolerância, usando as novas formas de mídia digital, que é o que elas assistem.

Produtores rurais e industriais também devem fazer programas de relacionamento com palestras em escolas, organizar programas de visitas para as crianças nas fábricas e nas fazendas.

São muitas as ações necessárias para mostrar à sociedade brasileira o valor do agronegócio na geração de exportações, de empregos, de impostos, no controle da inflação, e mostrar que é o setor mais respeitado do Brasil no exterior.

É necessário o esforço de todos para reverter essa imagem do agronegócio.

O artigo foi publicado inicialmente no jornal Folha de São Paulo.

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ALEXANDRE LEMOS DEBS

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 06/04/2011

A SITUAÇÃO ESTÁ TOTALMENTE ERRADA.
A SOCIEDADE TEM É QUE AGRADECER AO AGRONEGÓCIO.
NA EUROPA TODOS QUE TRABALHAM NA TERRA SÃO VALORIZADOS , AQUI TUDO É AO CONTRÁRIO.
O AGRONEGÓCIO NÃO TEM NADA PARA MOSTRAR À SOCIEDADE E SIM ELA VALORIZAR O AGRONEGÓCIO.
GUILHERME AUGUSTO VIEIRA

SALVADOR - BAHIA - PESQUISA/ENSINO

EM 29/01/2011

Prof. Marcos, parabéns pelo seu artigo. Infelizmente a grande maioria do público urbano não conhece verdadeiramente a dimensão do agronegócio e sua importância no contexto social e econômico do Brasil e mundo. A visão que passa é de uma atividde degradadora do meio ambiente, poluidora, poluente e outros "adjetivos". Sinto na própria pele quando menciono que dou aulas de agronegócio no Curso de Medicina Veterinária e sinto nos olhares das pessoas o impacto das informações. Precisamos urgentemente melhorar esta imagem e valorizar cda vez mais o nosso segmento. Se comemos ou nos vestimos ou utilizamos os nossos carros "flex" devemos ao agronegócio. Para terminar usarei uma palavra do meu Conterrâneo Jorge Amado: " a ignorância é a pior coisa que pode acontecer ao ser humano". E a grande imprensa desconhece (ignora) o que é o agronegócio e consequentemente transfere "estes conhecimentos " à população. Parabéns, vamos juntos nesta cruzada.
MARCOS TADEU COSMO

SALES - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/01/2011

Caro Marcos,

Não se pode negar que existe uma política secular de não se criar políticas para a comercialização dos produtos Agropecuários no Brasil.
Ora, os assim chamados produtores rurais, produzem items que são da natureza, e portanto tem vida curta em estoque. Assim o escoamento das safras sejam elas quais forem, tem que ocorrer não importa quais sejam os preços que o mercado imponha. Ou você entrega o Leite,o Feijão, o Arroz,a Laranja, o Limão,a Soja ou então eles se estragam.O boi gordo se ficar no pasto cria custo difícil de se compensar.
Alimentação barata é ponto de discurso, país de fartura é item positivo para se mostrar a Ingleses. O que sai barato da fazenda chega caro ao consumidor.
A teia que fatura nas costas do Agronegócio é enorme, agregando valor que fica dentro da teia e fora das porteiras.

Enquanto não se modificar o sistema de comercialização do mercado interno, teremos que carregar a culpa pelos preços altos ao consumidor, pelo desgaste ambiental e ainda não termos qualquer respeito por parte da sociedade.

Para completar, somos milhões, desunidos e pobres de mentes e de bolsos
O imbroglio é grande. a solução embora conhecida carece de atitudes e ações, enquanto isso só nos resta orar.

Obrigado pelo seu texto.

Marcos Cosmo
JOAO LUIZ MELLA

MATO GROSSO DO SUL - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 25/01/2011

Tem um ditado que representa bem esta situação; " Não podemos matar o veado, nem deixar a onça com fome. "
É claro que o controle da inflação é supra importante, e que os preços de alimentos devem ser monitorados.
Más é tão quanto importante, que os produtores tenham suas rendas mínimas garantidas.
O governo,provavelmente , não está fazendo sua parte. Os produtores e os consumidores, estão expostos às ações dos ; especuladores, industriais,comerciantes, entre outros que se colocam no meio da produção e do consumo. Fazendo com que os preços tenham influências de acordo com fatores que não dependem do produtor.
Resumindo; O produtor deveria ter direito à preços mínimos. Pelo outro lado, o consumidor poderia estar protegido, por estoques reguladores.
Acredito que somente esta ferramenta, poderá amenizar a volatilidade dos preços dos alimentos.
Futuramente,poderia se pensar em controle de áreas de produção e estímulos quando forem necessários.
Não esquecendo do que o professor marcos salientou, a comunicação é por nossa parte.

Abraço.

JOSÉ ROBERTO PIRES WEBER

DOM PEDRITO - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 24/01/2011

Prezado Prof. Marcus:

Felizmente alguém decidiu fazer um contraponto ao noticiário referido, inverídico e injurioso ao produtor rural brasileiro. Inclusive nós, modestamente, começamos uma ação visando esclarecer a sociedade. Há poucos dias, nos jornais aqui de Porto Alegre apareceu uma notícia falando da alta da inflação e referindo que em 2010 o arroz teve um aumento de preço da ordem de 19,2% e seria, juntamente com outros produtos agrícolas, o vilão da inflação! Absurdo, ignorância, má-fé, ou tudo junto, pois no período em questão o preço do arroz caiu muito abaixo dos custos de produção calculados pelo IRGA - Instituto Riograndense do Arroz e do próprio preço mínimo. Hoje, em Dom Pedrito,RS a saca de 50 kg está sendo negociada na base de R$21,50. Na verdade, uma das explicações para tudo isto, pode ser o comprometimento da grande imprensa que não tem interesse em apontar os que ficam com a grande fatia dos lucros da atividade rural e que, obviamente, não são os produtores. Assim, concordo integralmente que devamos buscar por todas as maneiras esclarecer a sociedade urbana. Desta forma, reitero meus parabéns pela manifestação.

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