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A expansão da fronteira do leite no nordeste semiárido: um voo de galinha?! |
ORLANDO MONTEIRO DE CARVALHO FILHO
Engenheiro Agrônomo, Pesquisador Aponsentado da Embrapa
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ORLANDO MONTEIRO DE CARVALHO FILHOARACAJU - SERGIPE EM 19/02/2013
Prezados Srs. Odermam, Antonio Oliver, José Carlos e Feitosa,
Quando escreví este texto, o fiz com o objetivo de compartilhar uma certa angústia quanto ao desinteresse político para os históricos ciclos plurinanuais de progresso e retrocesso do nosso semiárido nordestino. Penso que isso foi atingido. Muto obrigado pelos comentários Orlando Monteiro |
JOSÉ CARLOS RODRIGUES DA LUZSERRA TALHADA - PERNAMBUCO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 19/02/2013
Ao Sr. José Feitosa e Sr . e Dr. Orlando Monteiro !
Quero reeinterar os votos dedicados ao Dr.Orlando , que ainda assim é pouco pelo que êle tanto nos representa nesta caminhada e na luta incansável em busca dos bons frutos a alcançarmos . Talvez alguns de nós aqui presentes nesta comunicação não venhamos a alcançar o que almejamos . Contudo , é maravilhoso diante de DEUS a nossa atitude encorajadora neste objetivo . É como um homem de noventa anos de idade decidir plantar um pé de árvore que só vai frutificar após dez anos de vida, porém pensou ele: "EU TALVEZ NÃO VENHA A COMER OS FRUTOS DESTA ARVORE, MAS MEUS FILHOS E NETOS O COMERÃO POR MUITOS ANOS A FRENTE. "É com essa idéia que me sinto hoje e até entendo que os nossos sucessores irão precisar muito mais do que nós tivemos . É neles que devemos pensar e agirmos de acordo com o que disse JESUS: O segundo maior mandamento é - AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMEI ou ainda AMAI AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO! ESTA É A LEI DE DEUS. Avante povo Nordestino ; Avante povo brasileiro; avante gestores públicos ; e avante Dr. Orlando Monteiro e seus discípulos , não desfaleçam e nem se calem diante de tanta improbidade e necessidade de mudanças construtivas de bons lucros e frutos para o povo como nação carente ,porém potente. Abraços da parte de nosso Deus Criador e de Jesus nosso salvador. José Carlos 19.02.2013 |
JOSÉ FEITOSAPORTO DA FOLHA - SERGIPE - PRODUÇÃO DE LEITE EM 18/02/2013
Eu tenho o prazer de conhecer este sábio que é Dr. Orlando Monteiro e já participei de varias palestras monitorada por ele e continua com a mesma opinião ele produz leite de bovino Orgânico. É UMA PENA QUE ESTE GRITO, SUGESTÕES E CLAREZA NAS COLOCAÇÕES, NÃO ENTRAM NAS CABEÇAS DOS GESTORES QUE AGENTE SE DECEPCIONA A CADA DIA. Um Forte Abraço Dr. Orlando Monteiro e que Deus lhe dê forças para continuar... iluminação o Sr. já tem.
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JOSÉ CARLOS RODRIGUES DA LUZSERRA TALHADA - PERNAMBUCO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 16/02/2013
É isso aí ,caro Antonio Jorge!
A Agricultura de Precisão, que o senhor se refere, é exatamente aquele ingrediente que tem faltado (esquecido) no nosso semiárido; é o intercambio que falta entre as regiões brasileiras para interagirem como um todo em um só País de berço esplendido. A aplicação desse sistema depende ,principalmente, das Secretarias de Agricultura dos Municípios, pelo poder que lhes foi concedido através da Constituição Federal Brasileira. Entretanto, infelizmente os governantes não se sentem compensados em obedece-la ; pois é mais vantajoso receber verbas para combater situações calamitosas em suas regiões do que torná-las produtivas. É pesaroso afirmar que: A INDÚSTRIA DA SECA NO NORDESTE VEM DESDE A ÉPOCA DE DOM PEDRO, mudam-se regimes, partidos, governantes e o problema é o mesmo "POLÍTICO" . Se um dia isto for mudado poucos empobrecerão ,porém muitos terão que verdadeiramente trabalhar para alcançar vitória. Abraço, José Carlos. |
ANTONIO JORGE OLIVERIRAQUARA - BAHIA - PRODUÇÃO DE CAFÉ EM 11/02/2013
Tudo o que foi dito aquii a respeito da produção leiteira é verdade,mas a transmissão de conhecimento para os produtores feito pelas agências de extensão rural têm se limitado aos sistemas convencionais de trato cultural sem inovar na tecnologia.
Não basta se fazer a Agricultura Sustentável, tem de ser introduzida a AGRICULTURA DE PRECISÃO amplamente praticada no sul e esquecida na região semiárida que mais requer a ampliação dos resultados dos investimentos feitos. |
JOSÉ CARLOS RODRIGUES DA LUZSERRA TALHADA - PERNAMBUCO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 10/02/2013
Aos leitores: Não peço-lhes desculpas pela minha sinceridade em relatar o que vejo e o que sinto. Contudo peço-lhes muito obrigado pela oportunidade de permitir ser ouvido também neste forte e altíssimo grito.... que hoje podemos dar livremente. Nos anos de 1970 ainda não podiamos expressar tais sentimentos abertamente sob pena de prisão e até morte pelo regime militar. Entretanto , hoje que podemos declarar as verdades, tão poucos se utilizam de maneira valiosa, honesta, digna e sincera para lutar contra alguns poucos que ainda nos querem tratar de maneira submissa e enganosa nos fazendo pensar como pequenos, agir como pequenos e morrermos como pequenos; para eles nosso valor não passa de um numero de eleitor e consumidor longe de ser um verdadeiro cidadão incluso no social . Esta é uma luta que tal quanto foi para herdar o Regime Democático, aida teremos que vence-la em prol de tudo para e pelo SOCIAL conforme diz na Constituição Social do Brasil.
Abraço à Todos e que Deus nos dê sempre força espiritual e moral em prol da física e do nosso bem estar extensivo aos nossos precedentes sucessores (filhos....). |
JOSÉ CARLOS RODRIGUES DA LUZSERRA TALHADA - PERNAMBUCO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 10/02/2013
José Carlos Rodrigues da Luz
São José do Belmonte-Pernambuco- Técnico em Zootecnia e Agroindústria-Formado pelo Centro Tecnológico do Pajeú-CTP. em Serra Talhada-Pernambuco. Prezados colégas leitores e participantes desta conceituada rede informativa ! O parecer de cada um de vós é um grito de socorro em prol da vida agrícola e pecuária que pulsa lentamente através das veias deste grande coração que é o SERTÃO NORDESTINO ( SEMIÁRIDO BRASILEIRO) e porquê não relembrar ao Brasil brasileiro que ,apesar de tudo que nos tentam fazer sucumbir , SOMOS O BERÇO DA CIVILIZAÇÃO DO BRASIL. É uma pena que fomos descobertos - com a intenção de sermos fornecedores de produtos primários para as necessidades daqueles que nos descobriram - e não colonizados como nação produtora do seu sustento e exportadora da produção excedente; é também uma pena que além de nos descobrirem através de saques da riqueza de fauna , flóra e o ouro no passado, continuamos a ser descobertos até hoje pela voraz ganancia da satisfação pessoal de alguns que se passam por empresas do ramo da AGRONEGÓCIO da monocultura da cana de açucar, da pecuária, da soja e outros mais no ramo de extração legal da fauna e flóra brasileira ; e tudo com o aval do governo brasileiro em detrimento de riqueza economica de muito poucos que por sua vêz financiam não só o progresso político como a inibição do crescimento dos pequenos intitulados de AGRICULTORES FAMILIARES, brasileiros cujo em suas costas foi depositado a responsabilidade de produzir a alimentação vegetal e animal para o consumo do país com muito apoio escrito em leis e propagandas caras feitas pelos órgão governamentais (enganosas para dizer ao povo estrangeiro que investe no Brasil que faz o social) .Na verdade o que precisamos é tão somente que tenham CIVISMO -que nada mais é que ter dedicação ao interesse público , nacional é claro; isto sim é patriotismo e grande sinal de ÓRDEM E PROGRESSO SUSTENTÁVEL no Brasil como um todo e de acordo com a aptidão de cada região considerando suas diferenças peculiar e corrigindo suas deficiências. Quando isto for enxergado e aceito pelos governantes ai então cada região será próspera o suficiente para juntas abastecerem o resto do planeta com toda a sorte de riqueza de que nosso Brasil ainda dispõe,apesar de tanto que vem sendo ainda descoberto (roubado , desperdiçado , pouco utilizado em sua máxima capacidade )que a terra bem utilizada e preservada poderá suprir com a natureza sorrindo e o povo alegre e não chorando e nem mendigando por bolsas familia e nem seguro safra e outras esmolas mais. Estes benefícios só trarão aumento de pobreza para os pequenos e grandes desvios de verbas pelos políticos além de aumentar o capital nas mãos de poucos ricos que financiam o cíclo vicioso das campanhas dos políticos em algumas esféras. Precisamos sim é que órgãos como: Embrapa, IPA, Adagro e demais façam seu trabalho direcionado aos pequenos também. Glória DEUS. |
ODERMAN BITTENCOURT DA SILVAPARNAÍBA - PIAUÍ EM 06/02/2013
Não podemos generalizar, esta análise trata de uma micro região do menor estado do nordeste. Levando em conta que a proteína animal é produzida principalmente em semiárido, a exemplo os EUA e Austrália. Precisamos criar novos parâmetros, pois a instabilidade da chuva já não serve de pano de fundo para a incompetência e falta de gerência. Precisamos conhecer mais o nordeste antes de achar que nossa região é o nordeste. Então sugiro que quando alguém for escrever de uma região não mencione o termo nordeste generalizando. Porque dentro deste semiárido, locais bem distintos, e com sistema de produção bem diferenciados. Produzir leite com palma, não é voo de galinha, pois tem mais de 50 anos, e isto nao é voo de galinha. Analisar no momento que ele fica obsoleto e arcáico, não é justo com a historia, e ainda hoje, serve de sustentação para uma produção de mais de dois milhões de litros dia. Precisamos é adaptar aos novos tempos, implantar e gerir novas tecnologias, e ser tão revolucionário quanto quem implantou o sistema com palma a 50 anos atras.
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ADALTON SOARES DA COSTASÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 01/02/2013
Caro Sr. Orlando;
Na verdade o fardo do pequeno produtor situado em regiões historicamente afetadas pela seca,entre outras limitações já citadas é muito grande, posso comparar como um produtor do pampa gaúcho querendo produzir café em suas terras?? Só fazem porque precisam!! Com irrigação tudo muda, sabemos! Sabemos também que não será para todos! Aos outros o fardo é muito pesado! Continue os ajudando! Abç. Adalton. |
LUIZ PRATA GIRAOFORTALEZA - CEARÁ - PRODUÇÃO DE LEITE EM 01/02/2013
Vocês precisam visitar a produção de leite no ceara. Enquanto os outros estados do nordeste praticamente sucumbiu a produção, o ceara tem 5 cinco produtores entres os 10 maiores do nordeste.Sergipe,Alagoas e a Bahia precisam irrigar.tem que criar um polo irrigado para suprir com feno de alta qualidade (como e feito no Arizona)produzir silagem de milho para suprir o volumoso nos anos de seca. Fora disso e caixão e vela preta.Eu conheço todos as formas,em todos os estados ,pois pessoalmente comprei leite em 40 postos no nordeste.exemplos. 10 no ceara,2no Rio grande do norte, dois na Paraíba,10 em Pernambuco,dois em Alagoas,3 em Sergipe,4na Bahia.Ja vivi tres secas grandes.Em 86 o Ceará passou Pernambuco na produção.E agora passou novamente, so que com a Distribuiçao de água de hoje o Ceará, nunca mais perdera a lideranca
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ORLANDO MONTEIRO DE CARVALHO FILHOARACAJU - SERGIPE EM 31/01/2013
Prezado Luis Miranda,
Nada a discordar do comentário complementar ao qual agrego outro. Todas as ações governamentais propostas são pertinentes e relevantes só que talvez um tanto quanto utópicas, considerando-se a baixa capacidade de governança, no caso de Sergipe por exemplo. De novo, tomando por base o caso sergipano em que a produção de leite desse Estado experimentou um crescimento de 242 % na última década, basicamente por conta de aumentos de produtividade obtidos com a especialização zootécnica dos rebanhos com absorção da raça holandesa (com perda de rusticidade), chegamos a ultrapassar o nosso vizinho estado de Alagoas, de onde inclusive importamos muita genética animal e o cultivo da palma forrageira que, como já me referi, reduz o impacto da atual grande seca. Esse crescimento se deu de forma endógena, sem qualquer programa específico de apoio ao esforço de milhares de pequenos produtores e ao crescimento, em paralelo, de um setor queijeiro artesanal informal, que há cerca de 20 anos atrás chegou a processar 70% do leite produzido no sertão sergipano) e que hoje ainda coleta 40% da atual produção. Desde então duas grandes plantas industriais com capacidade de 150 mil litros instalaram-se nessa região, além de outras tantas de porte médio e, mais recentemente, uma outra com capacidade instalada de 250 mil, que gerou uma demanda adicional correspondente. Temos hoje um mercado comprador de leite, diversificado, com pequenos e grandes processadores, cuja demanda elevou os preços a acima do patamar de R$1,00 e com a incorporação de sistema de pagamento por qualidade. Infelizmente falta-nos quadros qualificados para assistência técnica especializada e fiscalização sanitária em todos os níveis: federal, estadual e municipal. Para o setor queijeiro - constituído ainda por uma centena de fabriquetas de queijo de coalho integrados à criação de suínos com aproveitamento do soro - está sendo proposto um programa de apoio, com modelos de plantas, compatíveis com o tamanho econômico dos pequenos queijeiros, e já devidamente aprovadas pelo SIE e SIF. Quanto aos pequenos produtores está sendo proposta a recuperação dos rebanhos a partir da introdução de genética apropriada (girolando F1) e recuperação da base forrageira com a palma (NDT) e a gliricídia (PB e fibra), fundamentalmente buscando reduzir a vulnerabilidade dos sistemas produtivos. Mas há muito mais a ser feito. Atenciosamente, Orlando Monteiro |
ORLANDO MONTEIRO DE CARVALHO FILHOARACAJU - SERGIPE EM 31/01/2013
Prezado Gerardo Magela,
Obrigado pelo comentário que enriquece o debate. É obvio que a irrigação no semiarido produz milagres, ( ...em se irrigando tudo dá!), haja vista que recentemente o cacau, maçã, pera, caqui, etc, etc, além dos já tradicionais cultivos irrigados de exportação, estão sendo viabilizados pela pesquisa da Embrapa. Penso que a grande questão quanto ao leite produzido intensivamente sob sistemas irrigados é ser competitivo com estas culturas, uma vez que os custos, principalmente de energia elétrica ainda estão caros. Entretanto quando solicitei a publicação do texto comentado, quis me ater mais ao grande espaço semiárido dependente de chuvas, em que a água é direcionada essencialmente para uso humano e animal e que representa mais de 90% desse território, que abriga centenas de milhares de pequenos produtores que vivem com mínima dignidade com suas 10 vaquinhas. Em suas pequenas glebas de terra nehuma outra atividade lhes permite fazer a feira, apenas complementam a pouca renda. Atenciosamente, Orlando Monteiro |
ORLANDO MONTEIRO DE CARVALHO FILHOARACAJU - SERGIPE EM 30/01/2013
Prezado Luiz Miranda,
Obrigado pelo seu comentário que vem agregar informações relevantes ao texto. De fato, a caatinga é o patinho feio dos biomas brasileiros, só lembrada em secas catastróficas, quando mostra seu aspecto trágico e agressivo, dramatizado com carcaças decompostas. Ainda muito pouco estudada, como mencionado, possui entre outras potencialidades, uma capacidade forrageira expressiva, que permitiu o histórico processo de "pecuarização" do semiárido nordestino. Embora esta "pecuarização" tenha determinado a ocupação dos espaços sertanejos, ela ainda é associada ao latifúndio e a seus males sociais. Pouco sabem, os que assim pensam, que a "leiterização" do rebanho bovino, verificado nas últimas décadas, resultou de um processo natural de intensificação zootécnica ajustado à estrutura agrária da região, no qual vaca leiteira passa a cumprir a função de reserva de valor, de fluxo de caixa semanal (dinheiro da feira), de bem posicional, com liquidez elevada, além de ser o principal motivador de fixação do jovem sertanejo no meio rural, sem levar em conta outras razões menos objetivas, em que a "Lavandeira", a "Formosa", a "Flor do Campo" adquirem identidades e outros significados no âmbito da família. Acresço ainda que sou sertanejo por opção, tendo escolhido estudar - 25 anos como pesquisador da Embrapa Semiárido, que me permitiu desenvolver sistema de base agroecológica contido em /sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/ - e conviver, como produtor de leite neste ambiente, onde reproduzo meu discurso técnico por 30 anos. Atenciosamente, Orlando Monteiro |
LUIZ MIRANDASALVADOR - BAHIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 30/01/2013
Complemento de
Precisamos evoluir em: sanidade animal, vigilância sanitária, custo de produção, pesquisa, assistência técnica e extensão, políticas de crédito, infraestrutura e logística, tributação, legislação, fiscalização, proteção de mercado e estratégias para promoção comercial, como forma de implantar uma nova política para o crescimento do setor leiteiro no Brasil, que envolve 1,3 milhão de produtores, que gera 32 bilhões de litros de leite por ano. Emprega 4 milhões e movimenta R$ 50 bilhões por ano. Ora meu caríssimo Orlando Carvalho é possível e é viável produzir leite a pasto no semi-árido desde que adotemos tecnologia apropriada para a caatinga. A atividade leiteira é a maior geradora de emprego no semi-árido. Para cada 25 litros de leite produzido na caatinga é gerado um salário mínimo, se a produção de leite a pasto na caatinga, como um todo, não pode concorrer com a produtividade de outras regiões do país, mas podemos produzir emprego e renda digna para o produtor do sertão. Infelizmente 80% do investimento feito por nós especialistas na atividade só geram 20% de resultados no aumento da produção de leite Senador Girão, no entanto toda vez que o preço é atrativo para o produtor a atividade cresce, gera investimento na assistência técnica, no melhoramento e assim vai. Precisamos de novas indústrias para aumentar a competitividade no setor láteo, precisamos de novas plantas de concentração e secagem de leite e soro, precisamos inserir no mercado fabricos artesanais, precisamos ser justos e remunerar adequadamente o leite. A Bahia ocupa a sétima posição de produção de leite no Brasil, com produção 1.352 bilhão de litros/ano. Quanto ao número de vacas ordenhadas, a Bahia ocupa o 3º lugar no ranking nacional, perdendo apenas para Minas Gerais e Goiás. Com 1.796.204 vacas ordenhadas. Estamos crescendo através da inserção de novos laticínios com certificação no processo produtivo. Precisamos fazer valer as ações da última conferência nacional do leite em Brasília. AÇÕES PRIORITÁRIAS DA POLÍTICA NACIONAL DO LEITE Garantir a defesa comercial do mercado lácteo brasileiro, por meio da renovação do acordo de cotas e preços do leite em pó argentino, incluindo os queijos e o soro de leite; estabelecimento do acordo de cotas e preços para o leite em pó, queijos e soro de leite provenientes do Uruguai; manutenção dos direitos antidumping sobre o leite em pó oriundo da União Européia e da Nova Zelândia e consolidação da TEC em 28%. Garantir a implementação da IN 62/2011, priorizando questões de capacitação, pagamento por qualidade, fiscalização e eficiência dos laboratórios da RBQL. Assegurar recursos financeiros aos municípios a fim de viabilizar as vias de escoamento da produção; melhorar o abastecimento e a distribuição de energia elétrica e internet banda larga, assegurando oferta constante e regular para produtores e indústrias. Assegurar recursos financeiros para a execução dos Programas Sanitários e estruturação de serviços municipais |
MARIZA FROTAFORTALEZA - CEARÁ - PRODUÇÃO DE LEITE EM 30/01/2013
Srs. , sou produtor de leite neste paraíso do qual voces estão falando : Produzo 3300 litros dia , com 147 vacas girolanda, media por vaca de 22,5 litros; Meu projeto é 5000 litros dia a curtissimo prazo e 10000 litros dia a médio prazo. Estou instalado em região com irrigação ; Utilizo cana de açucar ( in natura e silagem ), silagem de milho, gramínea Tifton e elefante - COMO VOLUMOSOS. Graõs comprado de fora do estado. È VIÁVEL SIM nestas condições . Existe estas condições em muitos hectares no nordeste; Então SECA NÃO ASSUSTA o que assusta é a corrupção ( Obras de infra-estrutura paradas por desvio de recursos - Vide Transposição do São Francisco , com previsão inicial de conclusão em 2012 e já adiada para 2015 ) e a Falta de compromisso total com soluções definitivas para o nordeste.
Nos perimetros irrigados do Ceará , Existe muitos hectares parados ; Usados especulativamente . Então temos a terra, a agua , a Energia , homens querendo trabalhar , animais famintos, região precisando de renda e A CULPA É DO CLIMA , É DA SECA ????????- P O R Q U E ? . |
ORLANDO MONTEIRO DE CARVALHO FILHOARACAJU - SERGIPE EM 30/01/2013
Prezado Franciscarlo,
Agradecendo o comentário, gostaria de dizer que com ele concordo, acrescentando apenas que, a meu ver, as compensações sociais aos produtores familiares poderiam ser concedidas de forma minimamente virtuosa e condicionadas a algum tipo de retorno para a sociedade, como a prestação de serviços ambientais, por exemplo. Na comunidade econômica europeia, são concedidos pagamentos diretos pela implementação das Medidas Agro Ambientais, propostas na Política Agrícola Comum. como compensação de eventuais perdas de renda na redução dos impactos de longo prazo provocados pelo sobre uso dos recursos naturais que possam levar à degradação dos solos, contaminação de aquíferos, etc., da qual se beneficia toda a sociedade. A prestação serviços ambientais deverá ser, ao lado da produção de alimentos, de fibras e energia limpa, mais um dos relevantes papeis prestados pelos agricultores e, para tanto, deve ser devidamente remunerada pela sociedade urbana que, infelizmente, tem do mundo rural e do setor "primário" uma percepção que poderia ser considerada diminutiva. A propósito, em minha propriedade no sertão sergipano, regenerei a caatinga em 30% da área total, pelo que recebi somente elogios em pagamento do custo de oportunidade pelo uso da terra. Atenciosamente, Orlando Monteiro |
FRANCISCARLO SOUZA DOS REISMATELÂNDIA - PARANÁ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 30/01/2013
Parabéns pela lucidez da análise. Mas me permita uma opinião, vivi por anos no nordeste e conheço bem a realidade bas bacias leiteiras, bem como do perfil da mão de obra e também das "bolsas" da vida, que de benefício apenas permite um alívio. Pois pergunto, quem gostaria de deixar o seu trabalho e a sua fonte de renda para viver das "bolsas"? Então sejamos realistas, para uma região diversificada em geografia e com regiões caracterizadas pela monocultura da produção agrícola isso é auxílio, mas não dignifica o ser humano. Pergunte a um nordestino se ele quer a bolsa ou um emprego, e supreenda-se com a sua resposta, e também com a sua humildade e tristeza. Mas obviamente existem aqueles que se aproveitam da situação, minoria. Mas que dizer dos "ricos" que abusam do poder para comprar vagas em universidades? Ou seja, "alguns desvirtuados" existem em qualquer lugar, classe ou setor. Até mesmo no meio profissional, por mais estudado e culto. Os piores bandidos do país usam terno e gravata e têm muito estudo. E o nordeste possui regiões canavieiras que trabalham apenas 06 meses na colheita, alguns meses no plantio (pouca mão de obra). Então eu pergunto, quem sobrevive com 06 meses de emrpego/ano? Vou mais fundo: pergunte quantos salários anuais de FATO muitos recebem, porque ainda por cima existe a INADIMPLÊNCIA, acreditem, até isso.
As bolsas têm ajudado os que realmente necessitam, e sem elas, talvez o êxodo rural seja imenso, e aí, não sei qual seria o futuro REAL da produção agropecuária naquela região. |
ORLANDO MONTEIRO DE CARVALHO FILHOARACAJU - SERGIPE EM 29/01/2013
Prezados Luiz Girão, José Anibal e Adailton,
Agradecendo pelos comentários de todos, gostaria de mencionar que, de fato, a irrigação, para a produção intensiva de forragens, poderá e irá contribuir para a recuperação da produção de leite que deverá se expandir às margens do São Francisco, aí incluída o perímetro irrigado em Canindé como comentado. Além disso, outras bacias leiteiras deverão se expandir para fora do território semiárido, notadamente na região citrícola sergipana, como opção econômica para a crise da citricultura, já que hoje há uma demanda adicional de 300 mil litros diários (sem considerar as perdas com a seca, que deverá estimular a entrada de novos produtores na cadeia produtiva). Não só a palma, que minimiza os impactos da seca no vizinho estado da Alagoas, tradicional detentor da maior área plantada e que ainda socorreu produtores pernambucanos, mas outras culturas forrageiras como as leguminosas arbóreas leucena e a gliricidia - com que trabalhamos por décadas como pesquisador da Embrapa, procurando soluções tecnológicas para a sustentabilidade da pequena produção de leite no semiárido, em condições de sequeiro - que permitem no mínimo reduzir à metade o uso de concentrados proteicos, além de corrigir com fibra de boa qualidade a deficiência da palma neste componente, sem esquecer de outros de seus múltiplos usos como fontes de nitrogênio para o solo. Quanto à infraestrutura hídrica, ao invés de obras monumentais, de alto custo de manutenção, como os canais de transposição, que se aumente da capilaridade das adutoras, disponibilizando água bruta, mais barata e com menor gasto quando associada ao fornecimento de palma aos animais, já que o consumo de água de uma vaca em lactação chega a triplicar quando se troca a palma como volumoso de base pelo rolão de milho, por exemplo. Pois é meus caros amigos Danilo e Marcelo, por quantas gerações nós nordestinos aguentaremos secas como essas. Os gaúchos por muito menos mobilizam muito mais. Será que somos tão desimportantes assim. Cordialmente, Orlando Monteiro |
LUIZ MIRANDASALVADOR - BAHIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 29/01/2013
A caatinga
O Semi-Árido nordestino é o semi-árido mais populoso do planeta. Cerca de 27 milhões de pessoas vivem atualmente na área original da caatinga, sendo que 80% de seus ecossistemas originais já foram alterados, principalmente por meio de desmatamentos e queimadas, em um processo de ocupação que começou nos tempos da colonização. Grande parte da população que vive em área de caatinga é carente e precisa dos recursos da sua biodiversidade para sobreviver. Fitjofre Kapra, físico inglês, defende a existência dois tipos de ecologia. A primeira denominada de Ecologia Natural é a ciência que estuda as relações entre os seres vivos e o meio em que habitam. Por este prisma a presença do ser humano não interfere no equilíbrio dinâmico das áreas naturais. A segunda é a Ecologia Humana ou Antropocêntrica. É aquela voltada para estudar as relações do homem com o meio em que habita. Sob esses pontos de vista foram disseminados os conceitos de Sustentabilidade Ambiental, gerando a busca por tecnologias mais limpas e ações menos impactantes no processo produtivo, bem como o de responsabilidade social, que impunha ao empreendedor o compromisso com a inclusão social daquelas populações onde estavam implantadas suas organizações. Assim, estabeleceu-se o conceito de Desenvolvimento Sustentável, baseado em três premissas básicas: Viabilidade Econômica, Responsabilidade Social e Equilíbrio Ambiental. Não podemos esquecer que a matriz energética da região é fortemente dependente da vegetação nativa da Caatinga, fator este que, aliado ao desmatamento ilegal e à escassez de iniciativas de manejo sustentável, tem intensificado a degradação do bioma. A caatinga é o bioma menos conhecido do país. O Bioma Caatinga, o único exclusivamente brasileiro, segundo o IBGE, ocupa cerca de 11% do país, possui uma área aproximada de 826.411 km² e se estende por todo o Estado do Ceará (100%) por mais da metade da Bahia (54%), da Paraíba ocupa (92%), de Pernambuco (83%), do Piauí (63%) e do Rio Grande do Norte (95%), de Alagoas (48%) e Sergipe (49%), além de pequenas porções de Minas Gerais (2%) e do Maranhão (1%). A pecuária tem sido a mais importante atividade econômica no processo de ocupação do bioma caatinga, além de ser a única que apresenta eficiência, ocupando quase a totalidade do bioma, a abertura desses pólos de desenvolvimento propiciaram as condições favoráveis para a ocupação humana nesta região. As pastagens cultivadas representam o principal suporte alimentar para os rebanhos, as quais, após a exploração da madeira e a queima da vegetação, apresentam maior produtividade nos primeiros anos, como conseqüência da incorporação ao solo de grandes quantidades de nutrientes contidos na biomassa incinerada. No entanto, com o decorrer do tempo, da utilização das pastagens, observa-se uma gradativa redução em sua produtividade, com reflexos altamente significativos e negativos no desempenho zootécnico dos rebanhos. |
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