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Silagem: o alimento do presente e do futuro

POR THIAGO BERNARDES

THIAGO FERNANDES BERNARDES

EM 25/10/2017

2 MIN DE LEITURA

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Há 30 anos as fazendas zootécnicas brasileiras produziam silagem de planta inteira de milho, sorgo e capim-Elefante somente. No início da década de 90 surgiram as silagens de grãos úmidos de cereais (milho e sorgo principalmente). No final desta década, novas colhedoras foram lançadas e, então, os produtores passaram a ter como opções as silagens de Brachiaria e Panicum, uma vez que até aquele momento somente o capim-Elefante surgia como gramínea tropical devido à falta de equipamentos para a colheita. Foi também na década de 90 que os recolhedores de forragem, as enfardadoras e as plastificadoras ganharam força, trazendo como opção os pré-secados (aveia, azevém, alfafa, triticale e etc).

silagem na produção de leite

No início dos anos 2000, foi a silagem de cana-de-açúcar que passou a ser o centro das atenções. Ela veio acompanhada do desenvolvimento de maquinários específicos para a sua colheita, bem como do surgimento de aditivos para controlar as perdas fermentativas. Foi também neste período que as colhedoras autopropelidas começaram a ser tornar realidade nas propriedades, principalmente por meio do serviço terceirizado. O serviço terceirizado também nos trouxe a opção do silo bolsa, o qual atualmente nos serve para armazenar silagens e grãos secos.

Nos últimos anos, as silagens de grãos reidratados de milho e de sorgo passaram a figurar como opções no plano alimentar dos animais. E, atualmente, a silagem de espigas de milho se torna uma realidade. Cabe também ressaltar que os vagões misturadores com fresa, utilizados para desabastecer o silo passaram a ser melhorados e ainda tiveram os seus preços reduzidos, o que tem impulsionado o uso desses equipamentos para a confecção da ração total. Outras tecnologias também surgiram, tais como lonas e aditivos, o que tem promovido a redução de perdas em silagens.

Percebam que com o passar dos anos as tecnologias para a produção e uso de silagens foram sendo desenvolvidas pelos pesquisadores e implementadas por produtores e nutricionistas. Desse modo, no presente momento, é comum encontrarmos na dieta de vacas em lactação silagem de planta inteira de milho, pré-secado e milho úmido ou reidratado, ou seja, três alimentos distintos, mas todos são silagens. Se ainda considerarmos esta dieta como exemplo, é possível perceber que mais de 60-80% do consumo diário do rebanho é proveniente de silagem. Cabe ainda ressaltar que a silagem da ração total (forragem + concentrados) vem ganhando espaço. Então, neste caso, 100% da dieta seria a base de silagem.

Este cenário nos mostra que as silagens estão em evidência como nunca estiveram e, com o passar dos anos, a tendência é que as mesmas se tornem mais importantes, basicamente por dois motivos:

i) As propriedades terão que produzir os seus alimentos, ou seja, deverão depender menos da compra deles;
ii) Novas tecnologias estarão disponíveis, as quais facilitarão o manejo e promoverão a redução de perdas.


Por fim, as silagens têm definido a magnitude da receita que uma propriedade pode obter. Isso ficará cada vez mais evidente num futuro próximo. Portanto, deixo aqui uma mensagem para aqueles que produzem ou que pensam em produzir forragens ou grãos conservados: capacite-se quanto aos procedimentos de confecção e uso de silagens, e, então, você será hábil em produzir o alimento do futuro.
 

THIAGO BERNARDES

Professor do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras (UFLA) - MG.
www.tfbernardes.com

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PAULO JORGE BOMFIM DA SILVA

EM 03/11/2017

Esclarecedora matéria, poderiam a aproveitar o ensejo, para orientar quanto a confecção de silo das principais espécies forrageiras utilizadas, milho, sorgo, capim etc. apenas uma sugestão, obrigado!
ESALQLAB

PIRACICABA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/10/2017

Parabéns pelo excelente texto!
CRISTIANE

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 26/10/2017

Não podemos esquecer do inoculante, que tem que ser de boa qualidade com uma concentração de UFC/gr, realmente eficiente e que seja refrigerado. Pois uma maioria de pessoas compram  inoculantes que são bactérias, sem estar refrigerados ou seja, uma boa quantidade quando chega na mão do cliente já estão mortas, devido a exposição ao calor.

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