Wagner Rossi teve cargo ameaçado após derrota do Planalto na votação do Código Florestal

O cerco do Planalto ao ministro da Agricultura, o peemedebista Wagner Rossi, foi o sintoma mais explícito do embate entre PT e PMDB durante as sessões de discussão e votação do Código Florestal na Câmara. O ministro, como revelou nesta sexta chegou a ter a cabeça pedida pelo ministro Antonio Palocci em telefonema ao vice-presidente Michel Temer, que é do PMDB.

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O cerco do Planalto ao ministro da Agricultura, o peemedebista Wagner Rossi, foi o sintoma mais explícito do embate entre PT e PMDB durante as sessões de discussão e votação do Código Florestal na Câmara. O ministro, como revelou nesta sexta chegou a ter a cabeça pedida pelo ministro Antonio Palocci em telefonema ao vice-presidente Michel Temer, que é do PMDB.

Mais de uma vez, ao longo das negociações, as lideranças do PT e assessores da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, citaram o ministro da Agricultura como um "defensor radical" dos ruralistas e "empecilho" para chegar a um consenso com os ambientalistas. Em conversas com jornalistas, mas sempre em off (sob anonimato), esses assessores espalhavam que havia um descontentamento do Planalto com Wagner Rossi - ele foi uma indicação de Temer.

No dia 12, uma onda de boatos deu como certa a demissão do ministro da Agricultura. O gabinete de Rossi foi bombardeado por uma bateria de telefonemas de jornalistas querendo confirmar a demissão.

Algumas perguntas foram acompanhadas da "informação" com a lista das razões da demissão:

1) Rossi estava sendo investigado por conta de decisões tomadas quando era presidente da Conab;

2) Rossi cuidava mais dos interesses do PMDB do que da Agricultura;

3) Rossi ficava pouco em Brasília;

4) Rossi estava mais atrapalhando do que ajudando nas negociações do Código Florestal. Rossi discutiu com lideranças do partido o cerco político ao cargo e se queixou, nas reuniões internas do governo - na presença, inclusive, de assessores do Planalto e do Ministério do Meio Ambiente -, do fato de o debate, em torno do Código Florestal, "ter igualado os agricultores a bandidos desmatadores, a traficantes de madeira ilegal".

O ministro reclamou também do fato de os ambientalistas terem tentado "dar um golpe nos trabalhos do Congresso". "Não queriam reconhecer que havia progressos para o meio ambiente e a agricultura no novo Código Florestal e, por isso, tentaram pura e simplesmente barrar a votação", queixou-se, alegando que a lei prevê o cadastramento de propriedades, a recomposição florestal e penalidades fortes para quem não cumprir as regras.

A reportagem é do jornal O Estado de São Paulo, adaptada pela Equipe AgriPoint.
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José Manuel de Mesquita
JOSÉ MANUEL DE MESQUITA

MONTE ALTO - SÃO PAULO

EM 13/06/2011

Prezado Sr. Walter,





Prometo em breve lhe responder detalhadamente "porque não me calo", mas no momento posso lhe adiantar que:



A democracia lhe dá o direito de falar o que quer, inclusive "ordenar que me cale"...

Mas essa mesma democracia, também me dá o direito de divergir de suas "preferências",  não significando que um de nós seja melhor que o outro,  e sim que somos diferentes, com valores de vida também diferentes...



Portanto, como o Sr. não pertence a "realeza" e  não  sou adepto nem simpatizante do Chaves, continuarei "não me calando", e o Sr. se indignando por discordarmos...



Assim é a vida...



Atenciosamente,



JMM





Me
Walter Magalhaes Junior
WALTER MAGALHAES JUNIOR

MATO GROSSO DO SUL - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 10/06/2011

Santa ingenuidade.


Tenha paciência.


O PT mudar? Com quem? Com o Lula? O maior fisiologista que o Brasil já conheceu?


Parodiando o Rei Juan Carlos: - "por que não te calas?"
José Manuel de Mesquita
JOSÉ MANUEL DE MESQUITA

MONTE ALTO - SÃO PAULO

EM 03/06/2011

Pois é.... que pena que não deu certo... afinal este é o ministro das apostas perdidas.



Quando o cargo é preenchido por um  "político profissional"  em vez de  "Profissional" somente  dá nisso...



Brigam pelos cargos, e somente seguem neles  pelas "facilidades" em geral  "não republicanas" que o cargo lhes permite acesso.



Infelizmente não é caso isolado... todos sempre estiveram, estão e estarão por lá... e  sempre pelas facilidades que extraem do cargo.    Isso desde que a corte portuguesa por aqui se instalou, fugida de Napoleão.



Já é hora de mudar... e  pensar que cheguei a acreditar que o PT seria o caminho para as mudanças...



De engano em engano, terminamos por nos desenganar de tudo e de todos.

Difícil acreditar que nossos netos possam viver em um país em que os "mandatários" não se sintam com poderes suficientes para "alterar" a gramática, para acomodar a ignorância na cultura, utilizando frases de efeito, onde "ignorância" é sinônimo de "preconceito lingüístico", como se a ignorância do povo  fosse coisa dita "boa", em vez de prova incontestável da incompetência dos governantes,  pelo menos nos últimos 200 anos.
José Ricardo Skowronek Rezende
JOSÉ RICARDO SKOWRONEK REZENDE

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 31/05/2011

Acho que o tiro do executivo saiu pela culatra. O PMDB não pode ser pressionado e manobrado como um pequeno partido. Simplesmente é a maior bancada do Congresso e aliado de primeira hora, com o vice-presidente eleito da chapa vitoriosa. E nunca traiu o Executivo. Sempre deixou claro sua posição a este respeito. O Executivo é que não ouviu ou não deu importância achando que conseguiria manobrar. Tanto foi teimoso que acabou ficando sem margem de manobra. E ameaçar o Ministro da Agricultira só piorou as coisas. O erro, volto a frisar, não foi do PMDB. Foi da articulação política do governo, na figura do Ministro da Casa Civil. Que o Executivo não repita o erro no Senado. Ouça mais os Senadores e saiba ceder quando necessário.
Walter Magalhaes Junior
WALTER MAGALHAES JUNIOR

MATO GROSSO DO SUL - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 30/05/2011

É uma pena.


Conheço o Ministro Wagner Gonçalves Rossi de longa data.


É um dos políticos, tecnicamente, mais qualificados da atualidade. Com qualificação honrosa e não estas porcarias que existem por aí que possuem três, quatro e até mais formações acadêmicas de padrão questionável.


O Ministro é economista sabidamente competente, sendo Mestre e tendo Phd em Educação pela Bowlling Green State University, Bowlling Green-Ohio, USA.


É um homem que, na sua vida pública, tem agido sempre, por questões de princípio, de maneira justa e ética, condição esta que sabemos não ser muito comum neste meio. É um guerreiro destemido que defende seus pontos de vista de maneira independente e sempre cercada de um conteudo técnico que o diferencia de seus oponentes.


Estes valores, certamente, não agradam a elite política brasileira que, tendenciosa como tem sido, agride os seus oponentes com a arma de autoritarismo que, supostamente, combateram em um passado não muito distante.


É uma pena!!!


Qual a sua dúvida hoje?