Você acha que os novos limites da IN51 devem ser colocados em prática?

A Instrução Normativa - 51 rege os parâmetros de qualidade do leite no país. A partir de julho desse ano, está programada a adoção de parâmetros mais rígidos para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Já para as regiões Norte e Nordeste, isso ocorrerá em julho de 2012. <b>Você acha que os novos limites da IN51 devem ser colocados em prática? Por quê?</b> Utilize o box de carta abaixo e deixe sua opinião.

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A Instrução Normativa - 51 rege os parâmetros de qualidade do leite no país. A partir de julho desse ano, está programada a adoção de parâmetros mais rígidos para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Já para as regiões Norte e Nordeste, isso ocorrerá em julho de 2012.

"Trata-se de um grande avanço, desde sua implementação em 2005, pois possibilitou a aplicação de novos padrões de qualidade do leite, que antes não existiam no Brasil e que já era uma realidade na grande maioria dos países. A IN-51 tem papel fundamental em termos legais, mas acredito que a melhoria não se dará somente na aplicação da lei", explica Marcos dos Santos Veiga, presidente do Conselho Brasileiro de Qualidade do Leite, em entrevista para o MilkPoint.

O vigoramento da IN-51 é um tema controverso. De um lado a falta de planejamento e apoio a pequenos e médios produtores, que tem dificuldade em atingir os padrões de qualidade exigidos, de outro a necessidade de melhorarmos a qualidade do leite brasileiro até um padrão de qualidade internacional.

Para João Marcos Guimarães, ténico em laticínios em Minas Gerais, "a IN 51 trará mais problemas do que benefícios para o pequeno produtor rural. A situação do produtor de leite é mais complexa do que imagina o MAPA. A falta de estradas, problemas de energia elétrica e a faltade recursos financeiros fazem com que os pequeno produtor de leite apenas sobreviva com o resultado de seu árduo trabalho. A dura realidade do pequeno produtor de leite deveria ser analisada com mais cuidado".

Já para Craig Bell, do projeto Leitíssimo no oeste da Bahia, "O problema é que o resto do mundo não para de avançar no quesito de qualidade de leite e infelizmente a qualidade do leite no Brasil tem que melhorar muito para concorrer, ou mesmo obter acesso aos mercados internacionais mais exigentes.

Depois de quase uma década para se adequar a IN51, vamos demorar mais uma década para implementar normas com limites ainda bem mais liberais que outros países? Não queremos avançar no assunto de qualidade do leite enquanto o resto do mundo fica ainda mais na frente? Acho que não temos esse luxo.
".

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Roberto Trigo Pires de Mesquita
ROBERTO TRIGO PIRES DE MESQUITA

ITUPEVA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 04/03/2011

Prezado Roberto Jank Jr.,

Concordo integralmente quanto à necessidade de complementaridade entre a IN51 e as ações de marketing que amparadas dentro dos padrões inspecionáveis da CCS e CBT podem garantir as boas práticas de produção, a qualidade total e a absoluta segurança alimentar do leite cru resfriado que chega às plataformas das usinas beneficiadoras.

O que entendo como obsoleto dentro da normatização pública é o caráter meramente punitivo atribuído unicamente pós coleta nas fazendas às não conformidades com os padrões exigidos pela IN51.

Acho também retrógrado a normativa não atribuir aos transportadores e processadores a responsabilidade pela execução de análises prévias e periódicas nas fazendas através da coleta de amostras e envio para exame em laboratórios de referência nacional.

Por último, respondendo sua indagação quanto "ao que mais é preciso sob a ótica da normatização pública?" cabe a meu ver também ao estado obrigar as usinas e laticínios a criarem um sistema de rotulagem nos seus produtos que gere o vínculo entre indústria e fazendas fornecedoras, viabilizando assim a rastreabilidade desde a origem do leite cru para fins de investigação de reclamações e execução de recall.

Abraço,

Roberto
CORBULON SOARES DE MACEDO
CORBULON SOARES DE MACEDO

EUNÁPOLIS - BAHIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 02/03/2011

Posso estar enganado mas o principal problema da qualidade do leite ou adequação à IN51 ainda esta na fonte, de onde é extraida a metaria prima, a sala de ordenha.
Quando a MASSA de produtores tomarem conciência do quanto é importante e simples realizar uma rotina de ordenha e conseguir leite com contaminação controlada e dentro dos padrões estabelecidos pela norma, o panorama começará a mudar.
Existe exemplos, onde trabalha pela EBDA na região de Eunapolis, de produtores que realizaram pequenas mudanças na estrutura já existente e mudança nos conceitos de "sala de ordenha" que hoje conseguem manter CBT e CCS dentro dos padrões exigidos pela normativa.
Normalmente a ordenha era feita em um curral geralmente sem piso, ou seja, na lama ou poeira, onde todas as vacas ou grande parte delas ficam no mesmo "comodo" e junto ainda bezerros, 2, 3 4 vaqueiros, tudos no mesmo balaio. Tentem imaginar conseguir extrair o leite da vacas com qualidade neste ambiente.
A mudança feita foi a seguinte, selecionar um local apenas para realizar a ordenha e neste local fica apenas a vaca e ordenhador. as outras vacas ficam do lado de fora em cercados ou em outro rurral. o importante é que no local da ordenha fiquem apenas a vaca e o ordenhador. no mesmo local é feita uma estrutura simples um brete com cocho de concentrado na frente, piso de pedras ou acimentado ou até terra socada e uma cobertura. e para desinfecção das tetas e das mãos do ordenhador o "kit de ordenha da EMBRAPA" com água clorada e papel toalha.
Quero dizer que por mais pobre que seja o produtor de leite, com essas medidas simples tera chance de ter leite com qualidade exigida pela IN51. Basta ter vontade.
Normalmente dos produtores que fizeram essas mudanças por aqui, nunca mais voltaram ao modo antigo de tirar leite de vaca.

Sds
Corbulon Macedo

Roberto Jank Jr.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/03/2011

Prezado Roberto Mesquita,
Respeito seu ponto de vista mas a meu ver o marketing sugerido (iniciativa que apoio integralmente) e a IN51 são complementares e não excludentes.
As normas não são obsoletas. A CCS e o % mínimo de sólidos englobam a sanidade de úbere, a qualidade do leite e o manejo estratégico do rebanho; a CBT engloba qualidade de ordenha, da refrigeração, armazenamento e transporte.
O que mais é preciso sob a ótica da normatização pública?
Qualquer outro ítem que fuja as estes parâmetros, como pagamento por sólidos, por volume, por distância, etc... são critérios meramente comerciais entre indústria e produtor.
Me lembro quando foi oficializada a coleta a granel no final da década de 1990. As pesoas diziam que essa lei "não pegaria" e que "90% das estradas do Brasil não permitiam o uso de caminhões tanque". O resultado foi o oposto; considerada uma das implantações mais rápidas do mundo, a coleta a granel já atingia 80% do leite nacional em 2003, volume muito acima da expectativa.
Não tenha dúvidas da capacidade do produtor em responder ao estímulo da demanda; todo o setor deve apoiar e a lei tem que pegar. Não há porque continuar com fraudes e baixo padrão no mercado formal; a indústria séria também sabe disso.
Você citou a carne. Quer melhor exemplo de evolução? Não existe mais aquele boi de 4 anos, gado sem cobertura, leve, magro, TF ou sem padrão que não seja rigorosamente classificado no abate. A evolução da qualidade foi fantátisca e a pecuária de corte repondeu muito rapidamente mesmo em períodos de crise.
É um ótimo exemplo a seguir; tanto no marketing, quanto na normatização e fiscalização do produto.
um abraço,
Roberto

Rogério de Abreu Torres
ROGÉRIO DE ABREU TORRES

BARRA MANSA - RIO DE JANEIRO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 01/03/2011

Estes assuntos são bastantes polemicos,e tem hora que é bom evitar,mas como disse o nosso amigo Clemente lá do Goiás o tempo de estrada nos permite uma palavrinha.Já andei bastante do Vale do Paraíba,Centro Oeste,Sul e Zona Mata.Pois bem o problema é o mesmo em qualquer lugar,independente do porte do produtor.Até pelo contrário as vezes o pequeno produtor consegue melhores resultados e outra coisa tanque não melhora qualidade de ninguém,as vezes até piora,haja visto os tanques coletivos,verdadeira bomba relógio.A coisa não é dificil basta querer trabalhar,a equipe tem que ser forte,ter um norte.O produtor é merecedor de crédito,pois a maioria do que foi feito até hoje foi por iniciativa dele,pois se ele não mudar ,nada muda.O governo como sempre só entra com a idéia nada mais.È logico que tem os produtores empirícos,mas não há problemas estes ficam para trás,o que precisa é realmente as empresas pagarem por qualidade,porque até agora tá mais na conversa,mas tem empresa boa no mercado levando isto a sério,não vamos dar nomes aos bois mas no sul de minas tem.Tem também muitos latícinios com bastante leite,que a fiscalização não se faz presente aqui pertinho da gente,eu nunca vi fiscal presente em tanque coletivo e nem linha de coleta granel,talvez os senhores tenham tido esta sorte.Algumas empresas coletam seu leite,misturando todo ele independente da qualidade em um mesmo silo,imagina depois de 24 horas,eu mesmo já fiz analise antes e após estocagem é impressionante a contagem total.Acredito seria uma idéia boa dar destino de acordo com a qualidade pelo menos inicialmente.Tem também vários latícinios lavando até hoje caminhão de coleta a granel ,na mão não tem sequer sistema SIP.Outra coisa se as empresas fizessem rotineiramente análises do leites em estocagem seria bem fácil controlar isto,o próprio ministerio poderia fazer esta coleta.Já que eles não vão ao campo facilitaria a vida deles.
Então para não ficar o ano inteiro falndo e não melhorar nada ,como já aconteceu desde o inicio e só uma QUESTÃO DE ATITUDE.
Sérgio Ocampos
SÉRGIO OCAMPOS

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL

EM 01/03/2011

Apresento aqui a minha singela opinião a respeito da aplicação da IN 51/2002. Entendo que, não obstante as dificuldades que inúmeros produtores possam enfrentar com a implantação das novas regras de que trata a referida IN, é imprescindível que essas regras sejam aplicadas imediatamente, conforme previssão, sob pena de mantermos atrasados em relação aos demais países produtores de leite e, mais, com prejuízos imensuráveis, se levarmos em consideração que seremos prejudicados na pauta de exportação do produto, bem como aqueles produtores que já se enquadraram nas exigências anteriores. Digo mais, a aplicação das exigências da referida normatização, se protelada, ao argumento de que os pequenos produtores terão dificuldades de cumpri-la, devidos os problemas apresentados, não se sustentam, uma vez que a qualidade do leite está vinculada à adoção de medidas práticas relacionadas a higiêne e sanidade (limpeza e controle da mastite), as quais requerem do produtor dedicação e esforço diuturnamente, sem os quais não será possível atingir o seu objetivo, que é a boa qualidade do leite. Encerrando, a não aplicação dessas normas, de imediato, não apenas atrasará a inserção do país no mercado externo, como também prejudicará a maioria dos produtores que já se enquadram nessas normas e vêem na aplicação dessas novas normas, uma oportunidade para apresentar ao consumidor um produto de qualidade, que é o dever de todos. Obrigado.
Eduardo Hara
EDUARDO HARA

RIO VERDE - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 01/03/2011

Caro Sr. Rogério,
Tudo Bom!
Putz quem diria fui encontra-lo no milkpoint!
Muito bom mande notícias aqui para o Sudoeste Goiano!

att,
Eduardo Hara
edu.hara@uol.com.br
Nilson André C. Menezes
NILSON ANDRÉ C. MENEZES

ITABUNA - BAHIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 01/03/2011

Apesar dessa calorosa discussão acerca da qualidade do leite, vejo que esse problema ainda não foi resolvido porque interessa a muita gente, muitos ganham com isso, menos o consumidor, para quem o leite é produzido. Falta ação de governo, este é muito omisso. A evolução que houve na atividade leiteira nos últimos anos partiu principalmente das empresas do setor juntamente com os produtores. É óbvio que existe um grupo de produtores que vai necessitar de maior apoio do estado, aí é que entram as chamadas políticas públicas para o setor. Os representantes dos produtores, Sindicatos, Confederações, Federações, etc devem buscar ajuda do estado, visando resolver os problemas estruturais (estrada, energia elétrica, financiamentos, etc.) dessa turma. Continuo acreditando, que logo estaremos produzindo leite atendendo a IN 51.
Franco Ottavio Vironda Gambin
FRANCO OTTAVIO VIRONDA GAMBIN

JAMBEIRO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/03/2011

Já passaram 8-9 anos Da IN 51/2002, tivemos tempo para mudar, mas como bons latinos consideramos que "normas e leis algumas pegam e outras não".
Nos comportamos do mesmo modo com os políticos, votamos e depois não sabemos em quem votamos,,o executivo edita MP uma após outra o legislativo faz de conta que legisla etc etc.... mas voltando ao leite ,creio sim que não deve haver dilatação dos prazos, há desinformação sim , mas tambem comodismo de nossa parte .
Muitos assim pensam ..é melhor ficar como está ,cansa menos , não mudar ..., não tomar uma atitude de mudança é enerente do homem.
Por estes motivos os japoneses introduziram o "5S" na industria e tiveram sucesso, nossas industrias hoje adotam o 5S como se fosse uma coisa antiga,passa desapercebido.
Se não forçarmos as mudanças elas não virão nunca. (em todas as áreas)
Afinal as leis e normas foram feitas para serem cumpridas ,e não podem alegar que não as comheciamos.
Eder Ghedini
EDER GHEDINI

TAPEJARA - RIO GRANDE DO SUL

EM 28/02/2011

Nessa altura do campeonato, onde já foi decorrido o tempo normal e o que nos resta são os acréscimos, penso que das duas uma:

-Estamos mal representados a ponto de, diante de uma lei simplesmente a ignorarem tornando-a descaracterizada com o passar do tempo;


-O consumidor não faz seu papel como é visto em outros segmentos(exigindo qualidade), como na produção e industrialização de carnes, frango principalmente;

Torno a salientar a importância da efetividade, discursos bonitos não tem trazido bons resultados em prol da cadeia leiteira, é preciso sim ter atitude e apoio político, tudo isso com forte embasamento e apoio da sociedade.

E a qualidade do leite no Brasil, diga se de passagem a nível geral, continua péssima!
Clemente da Silva
CLEMENTE DA SILVA

CAMPINAS - SÃO PAULO

EM 28/02/2011

A humildade é uma das maiores virtudes que se possa encontrar no ser humano.
Prezado Sr. Gilson Pedro de Oliveira confesso que não esperava. Saiba que nem precisava pedir desculpas, pois afinal, o Sr. não me ofendeu; apenas houve um desencontro de pontos de vista e talvez, de expressão. Agora as coisa ficaram bem claras. Eu conheço a sua empresa, e acho que o conheço pessoalmente também. Entre 2001 e 2004, eu estive fazendo trabalhos de implantação de um marca que hoje é bem respeitada no Brasil em termos de produtos para a qualidade do leite e tive vários contados com o Sr. aí na sede da Frimesa em Medianeira, se não me engano, e o Sr. me colocava ao par dos problemas existentes na região e que a cooperativa estava fazendo um trabalho de longo prazo junto aos cooperados, visando excelência em termos de qualidade e estavam testando vários produtos de higienização,desinfecção, pré e pos dipping, etc. Foi uma pena que eu adoeci e tive que desaparecer meio que derrepente da àrea, perdendo o contato com todas as empresas com as quais vinhamos trabalhando, mas, deixei recomendações referente aos trabalhos dessas empresas, incluindo a Frimesa. Parabéns por estar a frente da qualidade do leite numa empresa que prima pela qualidade de todos os seus produtos. No Brasil, não precisamos de fusões desesperadas afim de, a pretexto de melhorar padrões, mas sim, de empresas cooperativas ou não, com o carater e a Missão de Frimesa, Aurora e outras, que não envergonham o Brasil em qualquer parte do mundo. Abraços.
Clemente.
Carlos Alberto T. Zamboni
CARLOS ALBERTO T. ZAMBONI

CAJURU - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 28/02/2011

Permitam-me uma reflexão
Muitos de nós lembram-se do inicio dos anos 90 no Governo Collor : Liberação dos preços do leite Pasteurizado, até então controlado pela extinta SUNAB, abertura do Mercado de Lacteos com quedas de barreiras tarifarias e alfandegárias,etc..Importou-se leite de varios paises, até da Polonia.... Revenda de pneus importou leite c/ 12m de prazo p/ pagto e vendeu no mercado interno à vista. O mercado virou de cabeças para o ar.
Muitos Produtores e Entidades representativas diziam : Será o caos! Não foi. Pelo contrario. Todos os segmentos se uniram, não pelo amor, mas pela dor e em pouco tempo, começaram o sistema de granelização, buscando a principio a redução do custo de frete, preços liberados, liberdade nas negociações e já em 1996 tinhamos o esboço da IN 51 em 2002 entrou e vigor e com isso demos um grande salto na QUALIDADE DO LEITE produzido no Brasil.
Sairam da atividade quem deveria ter saído a mais tempo, que com a sua ineficiencia ofuscavam e atrapalhavam os mais capacitados e estes procuraram se profissionalizar e deram a sua resposta e hoje melhoramos bastante as condições Sanitarias de nosso leite. Não é o melhor, mas avançamos muito.
Acredito que em vigorando os novos indices da IN 51 em Julho/11, sabemos das dificuldades que enfrentaremos, e apesar de todos os esforços para o seu enquadramento na IN.,sairão mais alguns produtores do mercado, assim como nos anos 90, mas tambem acredito que daremos um outro SALTO DE EFICIENCIA para enfrentarmos o que nos aguarda no futuro muito proximo nas questões Mercadologicas, e esta sim serão implacaveis com a inficiencia do segmento de lacteos como um todo. Aí poderão desaparecer do Mercado não sómente Produtores, mas tambem Empresas.

Apartir de Julho/11 será o grande momento de UNIÃO.

ABS.

ZAMBONI
Duilio Mata de Souza Lima
DUILIO MATA DE SOUZA LIMA

BOM SUCESSO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/02/2011

Falar a respeito da IN 51 será como a maioria das leis que temos em vigor neste país. Elas existem para serem discutidas e nunca aplicadas. Digo isto porque em relação a IN 51 não estamos atendendo nem a legislação de 2005 em alguns itens e falamos de CCS de 400.000 e nem os americanos a possuem com tanto tempo de trabalho. Estamos falando de exportação e o que vemos é importações elevadas de países vizinhos por falta de produto interno e este ano talvez ainda seja pior devido a vários fatores como seca e aumento de custos. Falamos em mudar regras e não vemos nenhuma política na nossa agropecuária para garantir renda aos produtores em quaisquer setor. Ouvimos regras, e o produtor de leite ainda não sabe qual o valor do seu leite quando sai da sua propriedade, mas eu sei ao comprar o valor de qualquer insumo ou objeto seja para a minha atividade ou uso pessoal. A maioria das pessoas que deixaram as suas mensagens aqui sabem qual o valor de sua renda mensal e o produtor continua a não saber e a justificativa é sempre a mesma que o valor do produto depende do mercado. Tenho 35 anos e nunca ouvi uma indústria recusar leite. Fico triste porque a IN 51 será mais uma das leis que existem mas não pegam, porque ela foi criada para gerar discussão mas não aplicação porque os técnicos que a elaboraram sabiam como fazê - la mas não ensinarão como executá - la e por isso colocaram parâmetros pouco atingiveis. Desafio a qualquer um que no dia primeiro de julho as empresas continuarão a fazer o que sempre fizeram. Sairão com seus caminhões para captarem o leite, o processarão, enviarão uma amostra para a Clinica do Leite e de posse do resultado o colocará do lado da legislação em vigor e enviará ao produtor que irá observar e ver se foi ou não atingido. Algumas empresas advetirá alguns produtores mas a vida continuará e estaremos aqui para falarmos e escrevermos sobre algo que é muito maior que a força do MAPA em implantar as leis e nos discutirmos se são coerentes ou não. Se trata de economia e inflação. Leite como outros produtos da cesta básica para a maior parte de nossa população precisam existir e serem baratos e acessíveis, o resto nos damos um jeitinho não é.
waldir brasil santiago
WALDIR BRASIL SANTIAGO

ITATINGA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/02/2011

-NO MEU CONCEITO,RESPEITO TODAS AS DIFERENÇAS LIDAS,ENTRE OS VÁRIOS PRODUTORES,POIS ENRIQUECEM ESSA TEMÁTICA APRESENTADA PELA MILK.
-NA MINHA VIDA COMO ENG* GEÓLOGO,APRENDI QUE $$$$,NÃO ACEITA DESAFORO,DAÍ QUANDO NÃO SE PÕE PRÊÇO NAQUILO QUE SE VENDE,COM LUCRO TAL,PARA QUE,NO FINAL DE CADA ANO DE ATIVIDADE POSSA RECOMPOR SEUS IMPLEMENTOS,RECICLAR SEUS CONHECIMENTOS,LAZEAR COM SEUS FAMILIARES E,POR FIM INVESTIR EM PLANEJAMENTOS,QUAISQUER COISAS QUE NOS VENHA GOELA ABAIXO,NÃO FAZ O MENOR SENTIDO.

--UM CAMINHÃO QUE TRANSPORTA LÁCTEOS,NO VALOR DE $80.000,00,CONSEGUE TUDO QUE JÁ CITEI E,TEM FILHOS EM ESCOLA PAGA.

--ANTES DE TUDO,TEMOS A NÍVEL NACIONAL, SE UNIR E, FAZER EM BRASÍLIA O QUE FAZ UMA BOIADA QUANDO ABRIMOS APORTEIRA E, COMO FIZERAM OS EGÍPICIOS, SE LIBERTANDO.

--ABRAÇÃO A TODOS VOCES,

SANTIAGO
Heloise Merolli
HELOISE MEROLLI

CURITIBA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/02/2011

Nao podemos mais admitir desculpas a questao de sobrevivencia da cadeia.
Se o produtor nao tem como atender a norma ja teve 10 anos para procurar outra atividade.
A conivencia com bolsoes de baixa qualidade ja penaliza o bom produtor pela simples presenca desse volume de leite ofertado, que baixa o preco total do mercado.
O governo nao fez nada, eh verdade. mas tambem nao fez pela suinocultura, pela fruticultura, para apoiar adequacao a  legislacao ambiental etc. Esperar algo do governo nesse pai­s eh piada.
A medida tem que entrar em vigor ja e no pai­s todo.
Rodrigo Zambon
RODRIGO ZAMBON

TEUTÔNIA - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 26/02/2011

com o perdão da palavra... mas na ´´prostituição´´ que é a compra de leite hoje é impossivel a melhoria da qualidade vim por parte das empresas, pois quando uma é mais rigida na busca pela qualidade do leite junto ao produtor, esse acaba vendendo pra primeira empresa que passa na frente de sua propriedade. para que a IN 51 seja relamente cumprida é preciso que os fiscais do MAPA deixem de visitar somente as industrias e criar problema onde não existe e se preocupem mais como melhorar a qualidade do produtor. Sou filho de pequeno produtor e produzir leite de qualidade esta ao alcanse de todos. mas enquanto tiver empresas que compra tudo o que é branco, dificilmente ocorrera melhoria na qualidade do leite.
Marco Antonio Couto
MARCO ANTONIO COUTO

PIRACEMA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA LATICÍNIOS

EM 25/02/2011

Meus amigos.
Sou técnico em laticinios e visito laticinios do Brasil todo, e posso lhe assegurar com certeza, enquanto não tomarmos medidas duras contra a má qualidade jamais teremos um leite de qualidade. A higiene e qualidade é uma coisa que não é negociavel.
Meus caros, li todas as observações acima, ponderações sobre a estrada, sobre as condições do produtor, preço de tanque enfim, todas opiniões, mas posso assegurar que enquanto não proibirmos o recebimento de leite com qualidade, ninguem, digo donos de laticinos, prefeitos, governo federal, produtor rural, enfim, ninguem vai se mexer. Faço das palavras da Drª. Célia Ferreira as minhas, que enquanto não colocarmos isto como problema, não teremos problema, e somente depois de um problema é que iremos resolve-lo. Por enquanto esta tudo bem, leite quente, latões sujos e contaminados, CCS, altas contagens, mas na hora que não aceitarmos isto como padrão tenho certeza que vamos ter que mudar, todos irão se mexer. De experiencia propria pois já mandei voltar muito leite ruim, cheguei a ser ameaçado, mas depois que se conscientizaram, tudo voltou ao normal e com leite bom.
José Humberto Alves dos Santos
JOSÉ HUMBERTO ALVES DOS SANTOS

AREIÓPOLIS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/02/2011

Senhores
C/o diz YUSSEF al-QARADHAWI,presidente da União Internacional dos Sábios Muçulmanos,
"não vamos dirigir a palavra a quem não seja razoável".
Concordo perfeitamente com o Prof.Paulo Fernando Machado.
Por que adiar a IN51. Seria o nosso atestado de óbito.
Mas devo concordar com Marcello (não entendo os 2 eles)Moura Campos que a participação pública deve ser proporcional a toda a cadeia leiteira.
Isto é: 1) implantação da IN51
2) controle total sobre a indústria processadora
3) atuação vigorosa da Vigilância Sanitária (nível municipal, estadual e federal)
O meu receio é aquela cantilena: este leite não é bom e então vai para o queijo, etc, etc, etc.
Daí teríamos um leite para queijo, um leite para isso, ou aquilo.
Considero vital, como venho dizendo ha tempos, que o controle tem que ser proporcional.
Controlar o coitado do produtor e deixar a indústria envazar o que ela acha bom é um absurdo. Os exemplos recentes demonstram que o controle sobre os processadores tem sido esporádico e pontual.
A reportagem da Falha de São Paulo demonstra que existe uma certa condecendência com os "coitadinhos que usam a carrocinha para vender o leitinho" e uma grande falta de conhecimento do consumidor ao comprar aquele produto.
Mas não esqueçamos, que do mesmo jeito que existe a "carrocinha", existem indústrias de renome, até internacional, que adicionam líquidos estranhos ao nosso tão controlado leite.
Vamos à verdade.
Ela´tem que valer para todos
PS: não estranhem que escreví "Falha de São Paulo" é isso mesmo.
Roberto Jank Jr.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/02/2011

É inadmissível rediscutir esse assunto. O embrião dessa iniciativa é de 1996, portanto já se vão 15 anos; está mais do que na hora desse programa estar implantado.
Os índices de qualidade previstos certamente serão cumpridos pelos produtores porque a demanda por leite dentro das normas será alta e a cadeia toda vai se movimentar para que os critérios sejam atendidos.
Todos temos a ganhar com isso, desde o produtor até o consumidor. A indústria séria e formal interesasada em leite dentro das normas vai sinalizar ao produtor o que precisa e pagar por isso; é simplesmente a lei da oferta e da procura atuando.
Ninguém tem sensibilidade para saber neste momento com que velocidade o setor primário vai responder, mas tenho certeza que será muito rápido.
Esse é o único caminho para o primeiro mundo e para a exportação; não existe outro.
Certamente surgirão exclusões pelo caminho e isso faz parte do processo, como aconteceu em qualquer país que passou por isso ou em qualquer cadeia agroindustrial modernizada.
Não tem volta e temos que lutar por isso. Não implantar a IN51 é o retrato do passado.
Angelo José de Oliveira
ANGELO JOSÉ DE OLIVEIRA

JI-PARANÁ - RONDÔNIA - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 25/02/2011

Um grande problema é que infelizmente algumas indústrias tem colocado como diferencial para conquistar produtores a não exigencia de qualidade, ou seja, compram o leite sem exigir nenhuma qualidade e aí o produtor que já detesta mudança, adora a proposta.
Sem dúvida, a adoção do pagamento por qualidade seria o grande motor da melhoria, mas tem muita gente que tá ganhando do jeito que tá e não quer ouvir falar em mudança.
Paulo Fernando Machado
PAULO FERNANDO MACHADO

PIRACICABA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/02/2011

Postergar a data de vigência da alteração dos padrões da IN 51 é um grande risco para a cadeia do leite. Se a sociedade souber (e saberá - vide a reportagem recente da Folha de São Paulo) que se está propondo alteração na data para permitir que seja comercializado leite que em outros países é impróprio para consumo, e que isto está sendo feito por questões econômicas, de sobrevivência no negócio de uma pequena parte da sociedade brasileira, em detrimento da grande maioria da sociedade, pode haver um boicote ao consumo de leite. Isto é extremamente perigoso, pois a competição pelo espaço promovida por outros tipos de bebidas, como refrigerantes e sucos, é imensa. Toda a credibilidade da cadeia (que hoje é alta) pode ser abalada. Os produtores não devem permitir que isto aconteça. Eles precisam lutar para que a qualidade do leite seja uma realidade para todo o leite consumido pela população. É o mínimo que se deve exigir para quem precisa convencer alguém a comprar seu produto para fornecê-lo, como alimento, a seu filho. Muitas indústrias, também, não querem a alteração na data, mas demandam que haja uma intensa fiscalização por parte do MAPA para evitar que o leite rejeitado por uma indústria não seja destinado a outra, criando uma competição desleal no mercado.
Qual a sua dúvida hoje?