Segundo dados divulgados na manhã de hoje pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram comercializadas 4,433 unidades no mês, 18,3% mais que em novembro e número 22% superior ao de dezembro do ano passado — o total inclui máquinas rodoviárias, que representam menos de 5%.
Os saltos refletem o ano positivo dos produtores rurais do país em geral, mas sobretudo os de soja. Nos 12 meses de 2018, as vendas somaram 47,7 mil unidades, 12,7% mais que em 2017. A Anfavea projetava que as vendas chegariam a 47 mil unidades, ante 42,4 mil em 2017.
O crescimento das vendas continuou a impulsionar o aumento da produção. De acordo com a Anfavea, foram montadas 5,5 mil máquinas agrícolas e rodoviárias no país em dezembro, 14,3% menos que em novembro mas 113,7% mais que em dezembro do ano passado.
De janeiro a dezembro, a produção alcançou 65,7 mil unidades, alta de 23,8% na comparação com 2017. A Anfavea previa a produção do ano passado em 61 mil unidades, ante 53 mil em 2017.
O incremento só não foi maior por causa das exportações, prejudicadas pela baixa demanda da Argentina. Em dezembro, as exportações atingiram 894 unidades, 15,7% menos que em novembro e número 30,5% menor que em dezembro de 2017.
Nos 12 meses de 2018, as vendas externas de máquinas totalizaram 12,7 mil unidades, redução de 9,1%. Com isso, a previsão da Anfavea de que as exportações repetiriam as 14 mil unidades de 2017 não foi alcançada.
Perspectivas
De acordo com a Anfavea, as vendas de máquinas agrícolas no mercado doméstico crescerão 10,9% em 2019. Ao todo, as vendas devem somar 53 mil unidades neste ano.
Para a produção nacional de máquinas agrícolas, a Anfavea previu um crescimento de 0,5% em 2019, passando de 65,7 mil unidades para 66 mil unidades. As exportações devem crescer 2,4%, de 12,7 mil unidades para 13 unidades.
De acordo com o presidente da Anfavea, Antonio Megale, o crescimento previsto para 2019 reflete a expectativa de uma safra robusta de grãos. “Se o crédito continuar fluindo, a expectativa é de crescimento”, disse ele.
Além disso, o aumento dos investimentos em infraestrutura, se confirmado, deverá contribuir para o crescimento do setor, acrescentou o vice-presidente de máquinas agrícolas da Anfavea, Alfredo Miguel Neto.
As informações são do jornal Valor Econômico.