Venda de refrigerante reage no mundo, mas cai no Brasil

Após três anos de queda, o mercado global de refrigerantes voltou a crescer em 2018. As vendas globais somaram 216,5 bilhões de litros no ano passado, 0,3% a mais que em 2017. Já no Brasil, o mercado continuou encolhendo. Em 2018, as vendas no país recuaram 2,6% em volume, para 12,8 bilhões de litros. Com esse desempenho, o país caiu da terceira para a quarta colocação no ranking de maiores mercados em consumo de refrigerantes.

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Após três anos de queda, o mercado global de refrigerantes voltou a crescer em 2018. As vendas globais somaram 216,5 bilhões de litros no ano passado, 0,3% a mais que em 2017. Já no Brasil, o mercado continuou encolhendo. Em 2018, as vendas no país recuaram 2,6% em volume, para 12,8 bilhões de litros. Com esse desempenho, o país caiu da terceira para a quarta colocação no ranking de maiores mercados em consumo de refrigerantes.

O Brasil foi superado pela primeira vez pela China, que apresentou aumento de 1,9% em volume de vendas em 2018, para 13,2 bilhões de litros. Os Estados Unidos continuaram liderando o mercado, apesar da retração de 0,9% no volume vendido em 2018, para 47,6 bilhões de litros. O México manteve a segunda colocação no ranking, com aumento de 0,5%, para 16,22 bilhões de litros.

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Angélica Salado, analista sênior de bebidas da Euromonitor International, disse que o mercado brasileiro de refrigerantes foi prejudicado em 2018 pela greve dos caminhoneiros, que levou a uma queda de mais de 10% em vendas em maio. Após a paralisação, o consumo continuou retraído. "Havia uma expectativa de que o mercado teria recuperação no Brasil entre 2018 e 2019. Agora a previsão é que o mercado volte a crescer somente em 2020", afirmou.

A Euromonitor International projeta para 2019 uma queda de 0,9% no volume de vendas no Brasil, para 12,71 bilhões de litros. Para 2020, a estimativa é de um incremento de 0,3%, para 12,76 bilhões de litros.

A analista acrescentou que, embora exista uma tendência dos brasileiros substituírem os refrigerantes por outras opções com menos açúcar e sódio, a relação com a bebida ainda continua muito forte. De acordo com Angélica, cada brasileiro consome, em média, 7 litros de refrigerantes por ano, ante 1 litro de suco pronto (incluindo integrais, refrescos, néctares e água de coco). O consumo per capital no Brasil é sete vezes maior que o da China. "O brasileiro prefere reduzir o consumo de açúcares em outros alimentos e bebidas e manter o consumo do refrigerante", afirmou a analista. Angélica acrescentou que as indústrias que colocaram no mercado opções de latas e garrafas menores - e, portanto, mais baratas - conseguiram se sair melhor no varejo brasileiro.

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Também foram mais beneficiadas empresas com boa distribuição em lojas de conveniência e minimercados. "Esse tipo de ponto de venda aceita vale-refeição, que é muito usado pelos brasileiros empregados, e acaba competindo na venda de bebidas resfriadas com restaurantes e lanchonetes", afirmou.

Em relação aos sabores, os refrigerantes de cola tiveram queda mais expressiva no mercado brasileiro em 2018, com retração de 3,6%, para 6,5 bilhões de litros. As vendas de outros sabores (como guaraná, laranja e uva) recuaram 1,5% em volume, para 6,3 bilhões de litros. Para 2019, a previsão é de queda de 1,5% nas vendas de refrigerantes de cola e de 0,2% nas vendas de outros sabores.

A Fomento Económico Mexicano (Femsa), dona da maior engarrafadora da Coca-Cola na América Latina, reportou nos nove primeiros meses de 2018 um incremento de 0,8% no volume de vendas de refrigerantes no Brasil. A Coca-Cola Company informou, sem citar números, que suas vendas no Brasil cresceram em volume em 2018. A Ambev reportou nos nove primeiros meses de 2018 uma queda de 8,2% no volume de vendas de bebidas não alcoólicas no Brasil - categoria na qual o Guaraná Antarctica constitui o maior volume. A PepsiCo informou que as vendas de bebidas na América Latina recuaram 1% em volume em 2018.

As informações são do jornal Valor Econômico.

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