O último relatório de produção de leite do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgado recentemente não trouxe muita mudança, com um aumento de apenas 0,8% na produção de leite de dezembro em relação ao ano anterior, totalizando 8,6 bilhões de quilos de leite. No acumulado do ano de 2022, a produção de leite cresceu 0,2% em relação a 2021.
Enquanto isso, o número de vacas nos EUA registrou crescimento, com 38.000 cabeças adicionais em comparação com dezembro de 2021. Isso ainda é 9.000 cabeças a menos em comparação com novembro de 2022.
A produção revisada do USDA de novembro documentou um aumento de 1,1% a mais que no ano anterior, com 7,9 bilhões de quilos. Esta revisão de novembro representou uma queda de 22,2 milhões de quilos, ou 0,3% em relação à estimativa preliminar de produção do mês passado.
Um resumo do relatório de dezembro:
- Produção de leite nos EUA: 8,6 bilhões de quilos, alta de 0,8%;
- Número de vacas nos EUA: 9,4 milhões, aumento de 27.000 cabeças;
- Leite médio por vaca nos EUA: 913, 53 quilos, um aumento de 4 quilos;
- Produção de leite em 24 estados: 8,22 de quilos, alta de 0,9%;
- Número de vacas em 24 estados: 8,918 milhões, aumento de 38.000 cabeças;
- Leite médio por vaca em 24 estados: 918 quilos, um aumento de 3,6 quilos.
Conforme revelado no relatório, o Texas liderou o crescimento com relação ao ano anterior, com um aumento de 25.000 cabeças, seguido por Dakota do Sul, com 16.000 vacas adicionais, Iowa com 14.000 cabeças a mais e Nova York com um aumento de 10.000 vacas.
Os estados que viram o maior declínio no número de vacas foram o Novo México e a Flórida, ambos mostrando um declínio de 13.000 cabeças.
Phil Plourd, chefe de inteligência de mercado da Ever.Ag, disse que foi um pouco surpreendente ver o número de produção principal chegar a menos de 1%.
“Pessoalmente, eu olho primeiro para o número de vacas para ver se o caminho para mais leite está ficando mais longo ou mais curto. Desta vez, o USDA encurtou o caminho, mostrando números mais baixos para dezembro e revisando novembro para baixo para garantir”, disse ele. “Eu estaria mais otimista sobre o crescimento de +40.000 vacas no ano (onde parecia que estávamos há alguns meses) do que +27.000 vacas. Continuaremos a ter crescimento, mas pode ser do tipo ‘médio’. Texas e Dakota do Sul permanecem no topo da tabela de classificação em parte porque essas áreas apresentam investimentos recentes ou em desenvolvimento em capacidade de processamento”.
Tanner Ehmke, um dos principais economistas do setor de lácteos do CoBank, disse que, com a entrada em operação da nova capacidade de processamento de queijo no Texas Panhandle, isso adicionará mais força ao crescimento do rebanho no Texas.
“A mesma coisa em Dakota do Sul e todas essas áreas de crescimento são estados produtores de queijo”, disse ele. "Todo o leite vai para a nova capacidade de queijo. Isso está sustentando os preços locais e firmando sua base.”
As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.
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