USDA vê oferta global de milho ainda mais confortável

Com a safra americana de 2018/19 já encerrada, as novas projeções de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) não trouxeram grandes surpresas ontem, confirmando um cenário mais confortável para a oferta de milho.

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Com a safra americana de 2018/19 já encerrada, as novas projeções de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) não trouxeram grandes surpresas ontem (9), confirmando um cenário mais confortável para a oferta de milho.

O USDA elevou em 6,2 milhões de toneladas a estimativa para a produção global de milho, para 1,107 bilhão de toneladas. O aumento reflete, principalmente, a maior produção calculada para o Brasil - cuja estimativa subiu em 1,5 milhão, para 96 milhões de toneladas - e a Argentina - estimada em 47 milhões de toneladas, 1 milhão de toneladas a mais do que previsto em março. Na Argentina, a colheita do cereal ainda engatinha, enquanto, no Brasil, a safra de inverno acabou de ser semeada.

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A perspectiva para o consumo global de milho permaneceu praticamente estável, em 1,1 bilhão de toneladas, e a estimativa para os estoques finais aumentou 5,5 milhões, a 314 milhões de toneladas. A relação entre estoques e consumo de milho está estimada em 27,7% ao fim de 2018/19. Na safra 2017/18, a relação estava em 31,3%.

Figura 1

Embora a relação entre estoque e consumo de milho no mundo esteja caindo, resultado de consumo maior, os números confirmaram o que já está sendo notado na bolsa de Chicago: a competição ficou mais acirrada para o exportador de milho americano. Os EUA, maior produtor mundial do cereal, têm enfrentado uma forte rivalidade com a produção vinda da América do Sul e da Ucrânia. A estimativa combinada de exportação da Argentina, Brasil e Ucrânia representa 54% das exportações esperadas para a temporada 2018/19. Na safra 2017/18, a proporção desses países era de 44%. E essa competição tem pressionado as cotações em Chicago. No ano, segundo o Valor Data, os contratos de segunda posição acumulam queda de 3,8%.

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O USDA não trouxe alterações significativas para a soja. Analistas esperavam um aumento nos estoques americanos, mas o órgão ajustou para baixo a estimativa, que passou de 24,49 milhões para 24,37 milhões de toneladas. Para o Brasil, segundo maior produtor e maior exportador da oleaginosa, o USDA projetou safra de 117 milhões de toneladas, 500 mil toneladas a mais do que em março.

Para o trigo, o USDA surpreendeu com um corte de 2,94 milhões de toneladas na projeção para a demanda mundial. O número projetado para a temporada agora é de 739,15 milhões de toneladas. Segundo o USDA, a queda no consumo ocorrerá, principalmente, no Irã e na União Europeia, em virtude da queda das cotações do milho - matéria-prima concorrente na produção de ração animal.

As previsões de oferta e demanda de algodão nos EUA em 2018/19 também surpreenderam, mostrando menor consumo e estoques finais maiores em relação às estimativas de março. Com 674 mil toneladas estimadas, o consumo americano de algodão deve atingir o menor nível em muitas décadas. Os estoques finais agora estão previstos em 958 mil toneladas, aumento de 2,3% frente a projeção anterior.

As informações são do jornal Valor Econômico.

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