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USDA: maior produção, embargo russo e menor demanda de importação da China definirão cenário de lácteos no próximo ano

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 19/12/2014

4 MIN DE LEITURA

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A maior produção global de leite forneceu a estrutura e dois eventos – o embargo às importações de lácteos pela Rússia e a queda maior do que o antecipado na demanda de importação da China – pintaram a paisagem do que definirá o cenário global de lácteos no próximo ano, de acordo com um novo relatório do Serviço Agrícola Estrangeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Os aumentos globais e nos Estados Unidos da produção de leite desdobraram-se em um caminho bastante previsível, com os altos preços no começo de 2014 junto com o declínio nos preços dos alimentos animais criando margens de lucros que encorajaram a expansão dos lácteos, de acordo com o relatório “Dairy: World Markets and Trade”, divulgado dia 16 de dezembro.

Não é de surpreender que a produção de leite em 2014 entre os principais exportadores deverá crescer em 4% com relação ao ano anterior. Até outubro, a produção de leite da Austrália aumentou em 4,5% comparado com o mesmo período do ano anterior; a previsão do ano inteiro foi revisada para aumentar em 3%. A produção de leite da Nova Zelândia caiu de um começo sazonal extremamente forte e, apesar de ter moderado um pouco, deverá aumentar em 8% em 2014 comparado com o ano anterior. Na União Europeia (UE), o inverno moderadamente úmido junto com o início da primavera resultaram em condições excelentes de pastagens. Os baixos preços dos alimentos animais e os altos preços do leite contribuíram para a forte expansão na produção de leite, que cresceu quase 6% com relação ao ritmo do ano anterior até setembro. A previsão de 2014 foi revisada para aumentar em 5%.

Esse aumento na produção de leite e dos produtos derivados inevitavelmente levaram a um declínio nos preços dos lácteos.

O declínio na demanda por leite em pó integral da China durante a segunda metade de 2014 resultou em uma forte queda nos preços. Após ficar em cerca de US$ 5.000 por tonelada, esse caiu em mais de 50% desde janeiro de 2014 e, de acordo com o FAS, e está sendo comercializado por US$ 2.300 por tonelada.

O embargo russo, anunciado em agosto, foi particularmente difícil na UE e produziu um efeito dominó à medida que os produtos lácteos europeus buscaram outros mercados.

Para 2015, os preços dos lácteos permanecerão pressionados pela perspectiva da oferta e da demanda. O embargo russo deverá aumentar no começo de agosto, mas sinais recentes, devido aos baixos preços do petróleo, apontam para uma crise econômica. Os chineses permanecerão os principais compradores de leite em pó integral, apesar de em um ritmo muito mais modesto. A economia da China deverá desacelerar de alguma forma e um boom demográfico antecipado é esperado do relaxamento da política de apenas um filho que até agora não se materializou.

Do lado da produção o rebanho leiteiro da UE deverá expandir-se à medida que as cotas de produção deverão ser eliminadas até o final de março. Entretanto, a produção de leite será moderada pelos baixos preços mundiais de mercado, traduzindo-se em preços menores do leite ao produtor e margens mais estreitas.

A previsão para a Nova Zelândia aponta para uma desaceleração no crescimento da produção, à medida que os preços ao produtor menores colocam extrema pressão nas margens dos produtores, limitando o crescimento para cerca de 2%. Os produtores de leite da Nova Zelândia também estão enfrentando restrições ambientais adicionais.

Dessa forma, a produção de leite entre os principais exportadores deverá desacelerar e expandir em apenas 1%, velocidade na qual a recuperação dos preços dos lácteos dependerá da queda dos estoques acumulados nos países exportadores e importadores. Exceto se ocorrer algum efeito climático adverso, a previsão para 2015 aponta para uma continuação dos preços menores até que o desequilíbrio do excesso de oferta seja corrigido. Parece provável que se os atuais baixos preços dos lácteos persistirem, as margens dos produtores começarão a ser severamente pressionadas – traduzindo-se em cortes na produção.

A previsão para os produtores de leite dos Estados Unidos é mista, à medida que os envios de produtos lácteos deverão ser de US$ 6,7 bilhões para o ano fiscal de 2015 – uma queda de 9% com relação ao recorde de US$ 7,4 bilhões nas exportações de lácteos registradas no ano fiscal de 2014. Entretanto, as exportações dos Estados Unidos enfrentarão um ambiente mais competitivo, à medida que Oceania e UE competem para manter a participação de mercado nos mercados asiáticos.

Há algumas boas notícias ao mercado americano. A economia dos Estados Unidos continua acelerando, com a previsão do produto interno bruto (PIB) devendo crescer de 2,3% nesse ano para 3,3% em 2015. Consequentemente, a demanda doméstica deverá permanecer bastante robusta. Os baixos preços dos alimentos animais permitirão que os produtores sustentem as margens, apesar de a níveis mais baixos.

Para ler o relatório completo (em inglês), acesse: https://apps.fas.usda.gov/psdonline/circulars/dairy.pdf.

A reportagem é da Dairy Herd Management.

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ADALBERTO

PONTE BRANCA - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/12/2014

Preços pagos a mim de leite em novembro 2014 recebido em 22

de dezembro 2014  0,65
ALFREDO TAVARES FERNANDEZ

NITERÓI - RIO DE JANEIRO - PESQUISA/ENSINO

EM 21/12/2014

Atualmente, considero o preço do leite caro. O foco deve ser na redução de custos para aumentar a competividade  e aumentar a produtividade  que é bastante baixa
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/12/2014

Se  o nosso governo não sacaniar nós produtores, com importações em   demasia, já ajuda nós produtores, logicamente  com as devidas  fiscalizações, creio que já é meio caminho andado para que nós não fiquemos no vermelho.

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