USDA avalia efeitos do terremoto na produção leiteira do Japão

O abastecimento de lácteos no Japão retornou ao normal após a interrupção causada pelo terremoto seguido de tsunami que atingiu o país em março, mas um novo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) alerta que o mercado continua fraco. O relatório do Serviço Agrícola Estrangeiro disse que o setor na região oriental do Japão foi "devastado" pelo desastre, mas o impacto geral na oferta de leite do país deverá ser limitado.

O USDA disse que os reparos foram conduzidos rapidamente e que as linhas de fornecimento a Tóquio foram restauradas. "A indústria foi capaz de rapidamente reparar os danos nas instalações rurais e nas fábricas de laticínios, garantir alimentos animais, combustíveis e eletricidade necessários, e arranjar meios de transporte para transportar o leite cru e os produtos lácteos. Em maio, parece que a maioria das ofertas de leite e de produtos lácteos em Tóquio e nos municípios ao redor foi restaurada para o status de antes do terremoto e os produtos lácteos estão de volta nas prateleiras dos estabelecimentos de varejo".

No primeiro mês após o terremoto, Tóquio sofreu uma grande escassez de leite fluido e persistentes quedas na eletricidade continuaram afetando as ofertas de iogurte em abril. Além das interrupções causadas pelos problemas no fornecimento de energia e danos diretos nas instalações, a indústria também teve que se desfazer de mais de 33.000 toneladas de leite fluido no valor de 3,3 bilhões de ienes (US$ 40,2 milhões) em meio a preocupações relacionadas aos níveis de radiação.

O grande problema para a indústria japonesa de lácteos, contudo, é a fraqueza na demanda. "A demanda geral por produtos de leite fluido em 2011 continua fraca, especialmente para leite comum, devido ao baixo consumo nas famílias e nas escolas", disse o USDA.

Diante da situação de oferta e demanda mais fraca do que o esperado, a previsão de produção para 2011 foi reduzida - a produção de leite agora foi projetada para cair em 2,2% com relação a 2010, para 7,55 milhões de toneladas.

As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.