Uruguai: setor leiteiro fechará 2011 produzindo 15% mais

Os altos preços dos lácteos a nível mundial estão provocando um aumento na produção de leite no Uruguai. O Instituto Nacional de Leite do país (Inale) estima que o setor leiteiro uruguaio produzirá 15% mais em volume ao fechamento de 2011.

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Os altos preços dos lácteos a nível mundial estão provocando um aumento na produção de leite no Uruguai. O Instituto Nacional de Leite do país (Inale) estima que o setor leiteiro uruguaio produzirá 15% mais em volume ao fechamento de 2011.

Os aumentos da produção mundial de leite se devem a um efeito preço. As vacas leiteiras há um tempo voltaram a ganhar da soja e da madeira, porque os preços que a indústria leiteira recebe por suas exportações são altos e, ao transferir-se ao produtor, o mesmo tem uma capacidade melhor de produção.

O aumento da produção de leite do Uruguai não se dá em uma área maior. Curiosamente, está sendo gerado através de uma maior produção por vaca e graças a um maior uso de concentrados na dieta.

"Hoje, o produtor uruguaio está recebendo um preço que, em muitos casos, iguala-se ou se aproxima a valores que hoje estão sendo pagos nos Estados Unidos e na União Europeia (UE). Como cresce a competitividade, a margem permite aumentar o volume de concentrados na dieta", disse o chefe de informação e análise do Inale, Daniel Bañato. O maior uso de concentrados "permite que o animal passe a produzir de 16 a 21 litros a pasto - devido ao potencial genético que tem nossos rebanhos -, podendo, com ração, levar uma vaca a produzir mais de 25 ou 30 litros".

O Inale estimou que a produção de leite do Uruguai crescerá em 15% até o final desse ano. Essa mesma porcentagem foi o que aumentou no primeiro semestre, mas como a comparação é com o mesmo período do ano anterior quando havia alguns efeitos da seca de 2008/09, o aumento parece maior. "Isso faz com que durante determinados meses de 2010 se tenham alguns com baixa produção e, quando se comparada com o primeiro semestre onde houve alta produção, a diferença é grande".

O custo de produção aumentou e, segundo as associações, está em um recorde histórico, mas, ainda assim, "o preço que o produtor recebe segue cobrindo os custos", disse Bañato. "Em um ano onde tivemos no verão uma forte seca, de todas as formas estamos com uma remissão 15% acima da do ano passado no primeiro semestre comparado com o mesmo período de 2010. O atual crescimento na produção de leite baixará até o final do ano".

As informações são do El País Digital, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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