Uruguai: Olam, de Cingapura, quer controle total da NZFSU

Todo o pacote acionário de uma das principais produtoras de leite do Uruguai, a New Zealand Farming Systems Uruguay (NZFSU), poderia passar para as mãos da Olam International, empresa produtora de commodities de Cingapura, que atualmente é acionista majoritário.

O grupo lançou uma oferta pública para a compra de 22% das ações que ainda não possui. A oferta é de NZ$ 0,70 (US$ 0,56) por ação. A Olam já possui 78% da companhia depois de uma oferta pública de aquisição que obteve êxito no ano passado (pelo mesmo preço).

A companhia de Cingapura tinha anunciado que esperava aumentar em US$ 100 milhões sua participação na empresa neozelandesa dentro de seis a 12 meses. A NZFSU registrou perdas líquidas de US$ 6,8 milhões no segundo semestre do ano passado, embora tenha conseguido aumentar suas receitas em 72%, levando-as a US$ 18,9 milhões no mesmo período.

Com os atuais planos, espera-se que a companhia seja rentável no ano de 2012, ainda que a Olam queira ter o controle total para mudar a metodologia de produção e parar de alimentar as vacas a pasto, passando a alimentá-las com milho, como é feito em muitas nações do primeiro mundo. Estima-se que, atualmente, a empresa possua cerca de 15.000 vacas. Dessa maneira, se conseguiria baixar os gastos, já que os principais custos da empresa têm sido a preparação de pastagens.

A NZFSU está presente em três departamentos: em Rocha, possui 5 estabelecimentos; na Flórida, 7; e em Río Negro, 4 estabelecimentos. A Olam também anunciou que tem pensado em vender vários desses estabelecimentos e concentrar as vacas leiteiras principalmente na Flórida.

As informações são do LaRepublica.com.uy, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.