Uruguai: Conaprole quer abertura de novos mercados

A diretoria da Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (<i>Conaprole</i>) pediu ao ministro da Pecuária, Tabaré Aguerre, que sejam acelerados os passos para destravar a entrada de lácteos em alguns mercados. O presidente da <i>Conaprole</i>, Jorge Panizza, ressaltou que os acordos com a Venezuela e a liberação das licenças de lácteos com o Brasil são caminhos a serem copiados em outros países para conseguir melhores tarifas de entrada dos produtos uruguaios.

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A diretoria da Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole) pediu ao ministro da Pecuária, Tabaré Aguerre, que sejam acelerados os passos para destravar a entrada de lácteos em alguns mercados. Ambos concordaram que a exportação é chave para o desenvolvimento do setor.

Em busca de sinergia para detectar os pontos fracos que impedem o crescimento e apontando solucionar problemas que limitam a expansão, o ministro se reuniu essa semana com a diretoria da Conaprole, junto com uma equipe de assessores. Para Aguerre, o setor leiteiro deve crescer "com base na competitividade genuína e ambientalmente sustentável".

Segundo sua visão, o setor leiteiro do Uruguai é competitivo a nível internacional e considerou que a obrigação do Governo é abrir mais mercados e melhorar a inserção dos produtos locais. Nesse sentido, destacou os acordos fechados recentemente com a Venezuela. "Conseguiu-se que os queijos passassem à lista de bens alimentícios e isso permite as empresas uruguaias seguirem competindo nesse mercado, onde são exportados US$ 60 milhões em queijos".

O presidente da Conaprole, Jorge Panizza, ressaltou que os mercados são a base fundamental para aumentar a produção e, portanto, medidas como os acordos com a Venezuela e a liberação das licenças de lácteos com o Brasil são caminhos a serem copiados em outros países para conseguir melhores tarifas de entrada dos produtos uruguaios.

Panizza disse que "a liberdade de comércio é fundamental para um país pequeno como o Uruguai. Sem as portas do comércio mundial abertas, não podemos crescer". Nos próximos anos, a possibilidade de se ter acesso a mais mercados será chave, uma vez que a Conaprole tem um plano ambicioso de crescimento para os próximos cinco anos.

Nesse sentido, a diretoria da Conaprole pediu ao ministro um apoio para destravar as restrições comerciais e sanitárias nos mercados, especialmente para o segmento dos produtores que contam com menor incorporação de tecnologia. Também solicitou que os projetos impulsionados pelo ministério, através da Direção de Desenvolvimento Rural, incentivem de forma complementar esse tipo de produtor sem substituir os vínculos que a cooperativa tem com eles.

Durante a reunião, o ministro e a Conaprole concordaram com o diagnóstico do setor e Aguerre reiterou que o Executivo pensa que "não se deve regulamentar a competição", referindo-se a novas empresas de lácteos que deverão se instalar no Uruguai em breve (Schreiber Foods e Bom Gosto). "O que o Estado tem que fazer é gerar rapidamente as políticas necessárias para que o setor leiteiro cresça".

Panizza, no entanto, disse que para a Conaprole "a competição é saudável. Sem dúvida, hoje há capitais mais poderosos e empresas mais poderosas que podem ocasionar alguma distorção do mercado, mas concordamos com o ministro que o melhor é criar as condições para o crescimento".

As informações são do El País Digital, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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