Uruguai: apesar do clima, produtores preveem bom ano

Embora o mal tempo tenha gerado alguma dificuldade, o bom estado geral das vacas, a oferta forrageira atual, os investimentos em suplementação e os bons preços recebidos, preveem um cenário favorável aos produtores de leite uruguaio

Publicado por: MilkPoint

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A captação de leite da Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole) no mês de julho, sob os efeitos do frio e excesso de chuvas, caiu menos que o esperado, segundo Enrique Malcuori, gerente de produtores da cooperativa. Embora não tenha dados exatos, ele falou de uma captação de 74 milhões de litros no mês. Em julho de 2009, a captação foi próxima dos 73 milhões de litros.

A falta de crescimento nas pastagens e a impossibilidade de pastoreio nas mesmas em razão das chuvas têm sido compensada pela alimentação à base de concentrados, como silagens de grão úmido. Segundo Malcuori, a suplementação com silagem tem compensado a falta de "verde".

Consultado sobre a baixa da Fonterra no início de julho - de quase 15% no caso do leite em pó integral -, e se isso modificou o ânimo dos produtores, Malcuori disse que a queda era algo esperado e que não impactou na hora do produtor investir em alimentação.

"A situação em geral é relativamente boa, apesar do mal tempo e dos intensos frios que vêm sendo registrados nas ultimas semanas no Uruguai", disse o assessor da Conaprole, Luis Martínez. A maior complicação até o momento tem sido as chuvas recentes que não parecem dar descanso, gerando muito barro e restringindo o acesso ao pasto, impactando negativamente na produção, além de gerar problemas na qualidade do leite.

Embora o mal tempo tenha gerado alguma dificuldade, o bom estado geral das vacas, a oferta forrageira atual e futura, e os bons preços ao produtor, preveem um cenário muito bom, em termos produtivos e econômicos. Essa deve ser uma primavera com bons ares para os produtores de leite no Uruguai.

No entanto, é crescente a preocupação nas fazendas leiteiras pelas restrições ao crescimento que impõe a escassez de mão-de-obra. A intensificação da produção, com maiores taxas de lotação e maior produção por área, constitui-se um caminho sem volta, onde a necessidade de trabalhadores com preparo é indispensável para garantir o sucesso do empreendimento.

As informações são do Blasina & Tardáguila Consultores Asociados, publicados no Portal Lechero, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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