URU: setor receoso com barreiras impostas pelo Brasil

O presidente do Uruguai, José Mujica, reconheceu que o país, até agora, teve um importante aliado no Governo Federal para frear as barreiras que o Brasil busca impor aos lácteos uruguaios. Em uma entrevista com o El Espectador, Mujica, admitiu que, neste momento, "há certa resistência e uma comissão de deputados preocupada pela competitividade da Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole) dentro do Brasil".

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O presidente do Uruguai, José Mujica, reconheceu que o país, até agora, teve um importante aliado no Governo Federal para frear as barreiras que o Brasil busca impor aos lácteos uruguaios. Agora, diante de uma nova tentativa brasileira, buscará essa ferramenta.

Não é a primeira vez que o Brasil tenta frear a entrada de lácteos uruguaios e, inclusive, impor cotas às compras, como fez com a Argentina. Agora, na Comissão de Agricultura da Câmara Federal, aprovou-se um projeto de lei que busca fiscalizar e controlar as compras de lácteos estrangeiros para eliminar as "importações predatórias".

Em uma entrevista com o El Espectador, Mujica, admitiu que, neste momento, "há certa resistência e uma comissão de deputados preocupada pela competitividade da Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole) dentro do Brasil".

A cooperativa uruguaia é a principal exportadora de leite em pó e outros produtos lácteos ao mercado brasileiro e não é a primeira vez que enfrenta barreiras. "O produto da Conaprole vende bem, porque tem fama de bom". Para Mujica, o setor leiteiro uruguaio conta com um importante aliado, que é o Governo Federal, e disse que essa porta precisa se manter aberta.

Os brasileiros estão tentando impor uma cota anual para a entrada de lácteos uruguaios que, segundo o projeto de referência, não poderia superar a entrada média dos últimos cinco anos.

Em 2009, o Brasil tentou impor uma cota ao Uruguai de 10.000 toneladas de leite em pó, com um regime de entrada mensal de três meses com 3.000 toneladas cada um e um quarto mês com 1.000 toneladas, após fazer um acordo similar com a Argentina. A barreira obrigou a Conaprole a ter que re-direcionar as vendas a outros mercados, enfrentando grandes perdas econômicas, porque o Uruguai rechaçou o plano de cotas proposto pelo Brasil. O Brasil foi travando a emissão de licenças de importação e atrapalhou as vendas.

As informações são do El País Digital, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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Sidney Lacerda Marcelino do Carmo
SIDNEY LACERDA MARCELINO DO CARMO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 06/01/2011

Prezados,

Não é impor e caso de soberania. Os produtores brasileiros estão amargando dívidas com crédito rural para tentarem sobreviverem aos baixos preços hoje praticado no país.
Será que o produtor brasileiro não têm direito de realizarem seus sonhos como: filhos estudandos em cursos superiroes, aquisição de conforto familiar?

Grato

Sidney
Darlani Porcaro
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/01/2011

Precisamos nós produtores brasileiros, contar ,como um grande aliado o governo Federal , nosso , caso contrário , podemos parar com a produção de leite no Brasil.
Eliseu Nardino
ELISEU NARDINO

MARIPÁ - PARANÁ

EM 05/01/2011

Nada mais justo para os produtores brasileiros.
Qual a sua dúvida hoje?