UE: propostas de reforma no setor dividem opiniões

Um vazamento das propostas da Comissão Europeia referentes ao futuro do setor de lácteos tem dividido opiniões entre o setor de processamento e de produção da indústria. A Comissão deverá publicar suas propostas até o final de 2010, seguindo recomendações feitas no começo do ano pelo Grupo de Alto Nível de Especialistas em Leite. O documento vazado com os esboços das propostas da Comissão dá agora à indústria uma indicação inicial da direção provável das reformas que serão feitas.

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Um vazamento das propostas da Comissão Europeia referentes ao futuro do setor de lácteos tem dividido opiniões entre o setor de processamento e de produção da indústria. A Comissão deverá publicar suas propostas até o final de 2010, seguindo recomendações feitas no começo do ano pelo Grupo de Alto Nível de Especialistas em Leite. O documento vazado com os esboços das propostas da Comissão dá agora à indústria uma indicação inicial da direção provável das reformas que serão feitas. "Algumas das medidas estão de acordo com nossa demanda, especialmente as mudanças para melhorar o posicionamento dos produtores na cadeia de alimentos", disse a organização Copa-Cogeca.

O presidente do grupo de trabalho de leite da Copa-Cogeca, Henri Brichart, aprovou a abordagem dada pela Comissão aos contratos e sua disponibilidade de olhar para o papel de organizações que envolvem várias seções do setor, similar àquelas do setor de frutas e vegetais da União Europeia (UE). Porém, a Associação Europeia de Lácteos (EDA), que representa os interesses dos processadores, expressaram alguma preocupação sobre as propostas. O secretário geral da EDA, Joop Kleibeuker, disse que as propostas referentes aos contratos entre processadores e produtores são "ainda muito prescritivas". Ele disse que as reformas não deveriam excluir contratos mais flexíveis, onde as relações têm sido construídas e a confiança foi estabelecida. Ele aprovou a ideia de fornecer guias de contratos, mas disse que fazer contratos tão prescritivos não ajudaria a desenvolver o mercado de lácteos.

Sobre o tema das organizações de produtores, Kleibeuker expressou preocupação de que as reformas possam permitir que grupos que não têm fornecimento de leite sejam capazes de negociar em nome dos produtores. Ele disse que nenhuma organização deve poder "ter uma influência significativa no mercado sem responsabilidade no mercado". Ele disse também que a Comissão deveria garantir que qualquer reforma deva estar dentro das leis de competição da UE.

Na semana passada, Kleibeuker, acompanhado por 15 gerentes da indústria de processamento da Europa, expuseram seus pontos de vista ao comissário da Agricultura, Dacian Ciolos. Ele disse que o diálogo tem sido construtivo e que todas as partes estão concordando com a necessidade de garantir crescimento de mercado e de infundir confiança entre produtores e processadores.

As informações são do do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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