UE e NZ veem com bons olhos acordo comercial russo

Um acordo de livre comércio entre Rússia, Bielorrússia e Cazaquistão levará benefícios comerciais à indústria de lácteos da Europa, mas isso também poderá levar a possíveis desordens devido à variação nos certificados de exportação entre os países, segundo a Associação Europeia de Lácteos (EDA, sigla em inglês).

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Um acordo de livre comércio entre Rússia, Bielorrússia e Cazaquistão levará benefícios comerciais à indústria de lácteos da Europa, mas isso também poderá levar a possíveis desordens devido à variação nos certificados de exportação entre os países, segundo a Associação Europeia de Lácteos (EDA, sigla em inglês).

No começo desse mês, o ministro do comércio da Nova Zelândia, Tim Groser, e a ministra de desenvolvimento econômico e comercial da Rússia, Elvira Nabiullina, anunciaram que as negociações de um acordo de livre comércio com a Nova Zelândia, Rússia e seus parceiros de união aduaneira (UA), Bielorrússia e Cazaquistão, começarão no início de 2011. O anúncio segue a conclusão bem sucedida de um acordo de livre comércio preliminar após discussões entre os quatro países, que começaram em maio de 2010.

"Uma vez que a UA operará adequadamente, nós somente vemos vantagens, à medida que nossos produtos, assim que importados em um dos três países, poderão circular livremente", disse a diretora de comércio e políticas econômicas da EDA, Benedicte Masure.

Entretanto, Masure disse que uma das principais preocupações da EDA é que podem existir problemas com certificados veterinários de exportação. Isso porque os certificados de saúde na UA diferem de um concordado entre Rússia e União Europeia (UE).

Em julho de 2010, Rússia Bielorrússia e Cazaquistão formalmente criaram uma área conjunta aduaneira, dentro da qual a maioria da troca de bens está sujeita a princípios de livre comércio. Nesse sentido, a gigante do setor de lácteos da Nova Zelândia, Fonterra, disse que o potencial acordo entre os três países poderá tornar a região um parceiro ainda mais importante para a indústria de lácteos neozelandesa.

"Os produtores de lácteos da Nova Zelândia têm uma longa história de fornecimento para a Rússia de produtos alimentícios de alta qualidade. Construindo essas bases, a Rússia tem potencial para se tornar um mercado ainda mais importante para a indústria de lácteos neozelandesa e para a Fonterra", disse o diretor de Fornecimento e Relações Externas da Fonterra, Kelvin Wickham. "Buscamos continuar os esforços do Governo da Nova Zelândia para garantir que essas importantes negociações progridam rapidamente para uma conclusão bem sucedida".

A Rússia é um dos maiores mercados mundiais para importação de manteiga e queijos e é um mercado significante de exportação de lácteos para a Nova Zelândia. As exportações neozelandesas de lácteos para a Rússia, principalmente de manteiga e queijos, no ano passado tiveram o valor de US$ 120 milhões.

As informações são do Dairy Repórter, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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