UE diz que doença da "vaca louca" está sob controle
Decididamente, a União Europeia ignora a persistência da doença da "vaca louca" em seu território. Indagada sobre a persistência da enfermidade no velho continente, a comissária Fischer Boel retrucou rápido: "Não, não, acabou, não tem mais". Mas confrontada com as cifras reveladas pelo Valor, cuja fonte foi a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), apontando 62 casos apenas este ano, Fischer Boel começou a recobrar a memória.
Publicado por: MilkPoint
Publicado em: - 2 minutos de leitura
Indagada sobre a persistência da enfermidade no velho continente, a comissária Fischer Boel retrucou rápido: "Não, não, acabou, não tem mais". Mas confrontada com as cifras reveladas pelo Valor, cuja fonte foi a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), apontando 62 casos apenas este ano, Fischer Boel começou a recobrar a memória.
Lembrada de que o caso mais recente de doença da "vaca louca" ocorreu em seu próprio país, a Dinamarca, no dia 19 de novembro, ela admitiu: "É verdade, mas foi uma vaca muito velha, de uns 12 anos", argumentou. Mas, a seu ver, a enfermidade que matou dezenas de pessoas alguns anos atrás no velho continente "está totalmente sob controle". A Comissão Europeia tem programa de mais de € 60 milhões para tentar debelar de vez a enfermidade em vários países.
Nem todos os países acreditam que a doença está sob controle. O vice-ministro de agricultura da China, Niu Dun, deixou claro que a carne brasileira tem acesso ao mercado chinês, mas não a carne proveniente da Europa e dos EUA justamente por causa da doença da "vaca louca".
Já o ministro francês Bruno Le Maire foi incisivo: "Não temos mais doença da vaca louca". Questionado sobre oito casos mencionados pela OIE, ele insistiu que a doença não existe mais em território francês. "Gastamos € 1 bilhão por ano no passado para erradicar essa doença", disse.
Para Fischer Boel, quem usa o argumento da enfermidade para bloquear a entrada do produto europeu pratica protecionismo.
Lembrada de que esse argumento também é usado contra exportadores que têm suas vendas freadas na Europa, por supostos problemas sanitários, a comissária retrucou que no caso do Brasil, o que Bruxelas pediu foi para o país implementar um forte sistema de rastreabilidade da carne que exporta.
"Era para evitar se burlar no controle na fronteira, queremos saber de onde vem a carne", disse em referência à suposta passagem pelas fronteiras brasileiras de gado sem rastreabilidade, e que teria entrado no contingente de exportação para a Europa. "O sistema de rastreabilidade não é restrito, tanto que mais e mais fazendas brasileiras estão recebendo autorização para exportar", disse a comissária.
A matéria é de Assis Moreira, publicada no jornal Valor Econômico, adaptada pela Equipe AgriPoint.
Publicado por:
MilkPoint
O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.
Deixe sua opinião!
SÃO PAULO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 02/12/2009
RIBEIRÃO PRETO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 02/12/2009
Apesar do câmbio desfavorável, a sanidade da carne e do abate brasileiros são reconhecidos internacionalmente. Se e quando o yuan chinês se apreciar, inundaremos a China com carne brasileira.