TJ-SP anula falência da Nilza e empresa voltará a operar

A Câmara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) anulou ontem (31), por unanimidade, a falência da Indústria de Alimentos Nilza, empresa do setor lácteo com sede em Ribeirão Preto (SP). Com a decisão, Batista deverá ratificar a assembleia de novembro e a empresa passará a ser controlada pela Airex Trading. De acordo com o advogado e empresário Sérgio Alambert, dono da Airex, caso isso ocorra "em até 20 dias, a unidade de Ribeirão Preto voltará a operar com a produção de leite longa vida", afirmou.

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 1 minuto de leitura

Ícone para ver comentários 6
Ícone para curtir artigo 0

A Câmara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) anulou ontem (31), por unanimidade, a falência da Indústria de Alimentos Nilza, empresa do setor lácteo com sede em Ribeirão Preto (SP).

A falência foi decretada em 25 de janeiro pelo juiz da 4ª Vara Cível de Ribeirão Preto (SP), Héber Mendes Batista, e estava suspensa liminarmente desde 8 de fevereiro. Na sessão da Câmara, os desembargadores aceitaram os termos da defesa dos advogados da companhia que, entre outros argumentos, consideraram ilegais as provas utilizadas por Batista para decretar a falência.

Com a decisão, Batista deverá ratificar a assembleia de novembro e a empresa passará a ser controlada pela Airex Trading. De acordo com o advogado e empresário Sérgio Alambert, dono da Airex, caso isso ocorra "em até 20 dias, a unidade de Ribeirão Preto voltará a operar com a produção de leite longa vida", afirmou. A partir da homologação da decisão da assembleia, Alambert irá depositar R$ 5,2 milhões para o pagamento de credores trabalhistas incluídos no processo de recuperação judicial da Nilza. Outros R$ 380 milhões de dívidas ainda serão renegociados.

Alambert afirmou que investirá R$ 25 milhões na retomada da produção de Ribeirão Preto - inicialmente com uma das quatro linhas de processamento de leite longa vida - e na produção de leite em pó na planta de Itamonte (MG), fechadas há um ano. Já a unidade de Campo Belo (MG) segue arrendada para a Novamix até 2016.

O empresário afirmou ter sido procurado, após o julgamento, por representantes da BRF Brasil Foods, os quais ratificaram, segundo ele, a manifestação de interesse em negociar a planta de Ribeirão Preto por R$ 60 milhões. No entanto, a proposta foi recusada por Alambert. "Não tenho interesse, porque o valor oferecido por uma unidade não consegue fazer frente ao total da recuperação judicial, que chega perto dos R$ 400 milhões", avaliou.

A Airex assumiu os 65% do capital acionário da Nilza controlados pelo empresário Adhemar de Barros Neto. Os 35% restantes estão sob o comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A matéria é de Gustavo Porto, publicada na Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
QUER ACESSAR O CONTEÚDO? É GRATUITO!

Para continuar lendo o conteúdo entre com sua conta ou cadastre-se no MilkPoint.

Tenha acesso a conteúdos exclusivos gratuitamente!

Ícone para ver comentários 6
Ícone para curtir artigo 0

Publicado por:

Foto MilkPoint

MilkPoint

O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.

Deixe sua opinião!

Foto do usuário

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

marcelo
MARCELO

CENTRALINA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 31/08/2011

que vergonha esta atitude e por ai que começa a corrupção e a falta de interesse pelos mais necessitados se vendem leite e porque precisar receber para comer pagar suas dividas  e suprir suas necessidades na sociedade (brasil so ha lei para ladrão de galinha), tenho vergonha as vezes, dificuldades todas empresas passam mais descaso isso ja e pouca vergonha.
Aline Mendes
ALINE MENDES

ITAMONTE - MINAS GERAIS - ESTUDANTE

EM 06/07/2011

Os produtores creio que se receber será daqui uns 10 anos, quando o valor não valer mais nada e pior somente a metade conforme assembleia que aguarda assinatura agora do juiz..... infelizmente essa é nossa realidade.

Os trabalhadores, fazem 2 anos que estão esperando e acho que ainda vai esperar por um bom tempo, principalmente quem saiu depois da recuperação. Esses creio que não tem garantia alguma de recebimento....

Olímpio Gomes Aguiar
OLÍMPIO GOMES AGUIAR

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/06/2011

Algum responsável pela empresa pode responder a pergunta da Sra. Elisabetta Raffaelli, " quando eles irão pagar as dividas com os produtores rurais???"
Elisabetta Raffaelli
ELISABETTA RAFFAELLI

BURI - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/06/2011

e quando eles irao pagar as dividas com os produtores de leite???


Patrícia Souza
PATRÍCIA SOUZA

RIBEIRÃO PRETO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/06/2011

Espero que todos os funcionários consigam receber.


A empresa Nilza não cumpriu com o compromisso que tinha com eles, e estão a mais de 2 anos esperando para receber seus direitos trabalhistas.
Alex M. M. Sá Andrade
ALEX M. M. SÁ ANDRADE

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 01/06/2011

Isso é BRASILLLLLLL..
Qual a sua dúvida hoje?