The Economist: Índice Big Mac constata supervalorização do Real

O famoso índice Big Mac, que compara o preço do sanduíche em diversos países, mostra que o Real está entre as moedas mais valorizadas do mundo em comparação com o dólar. Os números estão na nova edição da revista The Economist.

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O famoso índice Big Mac, que compara o preço do sanduíche em diversos países, mostra que o Real está entre as moedas mais valorizadas do mundo em comparação com o dólar. Os números estão na nova edição da revista The Economist.

A publicação britânica lembra que, aos 25 anos de vida, o índice precisava de uma "turbinada". Agora, além de simplesmente comparar o preço do Big Mac entre países, o índice também é apresentado após um ajuste feito a partir do PIB per capital de cada nação.





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Segundo a Economist, essa nova metodologia torna mais justa a comparação, pois leva em consideração o fato de que países mais pobres normalmente têm custos de produção menores - e, portanto, preços menores - principalmente por causa dos salários mais baixos dos trabalhadores. No entanto, esse ajuste não foi suficiente para tirar o Brasil do topo do ranking das moedas mais valorizadas.

Dos 37 países pesquisados, o Brasil tem o quarto Big Mac mais caro, ou seja,o índice sugere que o Real está supervalorizado em 52% (o câmbio "justo" seria de R$ 2,34 por dólar). Na ponta do lápis, é mais caro comer um sanduíche aqui (US$ 6,16 ou R$ 9,50) do que nos Estados Unidos (US$ 4,07 ou R$ 6,27).

A matéria é de Luís Artur Nogueira, publicada no Portal Exame, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Luiz Gustavo Borba
LUIZ GUSTAVO BORBA

CAMPO GRANDE - MATO GROSSO DO SUL

EM 01/08/2011

Vejo isso como uma oportunidade de mercado explorada pelas empresas que atuam no Brasil, não chamaria de supervalorização do Real. O brasileiro gasta mais do que nunca, gasta mais do que ganha, e as empresas ganham mais dinheiro neste mercado do que em muitos outros que foram excepcionais no passado. Toda empresa "gringa" sonha em vir pra cá. "Nós" nunca reclamamos de nada, nunca boicotamos, nunca dizemos basta as altas de preços, tudo sobe, tudo se parcela e tudo vende. Somos massacrados pelo governo através de impostos extremamente inaceitáveis, somos explorados pelo setor privado que se apóia nessa muleta (mas realmente sofrem). Não sabemos de nada, não sabemos quanto estamos pagando pelo produto, para o governo, para ninguém.. Tenho medo do futuro, gostaria de estar mais otimista.
Luiz Rodolfo Riccelli Galante
LUIZ RODOLFO RICCELLI GALANTE

SÃO PAULO - SÃO PAULO

EM 01/08/2011

Os países onde o BigMac custa até o dobro do nosso são os escandinávos e a Suiça, onde o salário mínimo é maior que USD$3500, contra USD$335 no Brasil. Ou seja, comparado ao poder aquisitivo, aqui é muito mais caro!


Segundo o DIEESE, em 1960, se o salário mínimo fosse usado todo ele para comprar carne, o trabalhador levaria 85kg. Hoje leva 37kg. Mais importante do que o salário nominal é então avaliar o poder de compra.


E sobre o Real ser a moeda mais valorizada do mundo, essa é outra das distorções do país com a maior taxa de juros e carga tributária do mundo.   


Carlos Roberto de Oliveira Jr
CARLOS ROBERTO DE OLIVEIRA JR

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 01/08/2011

Comparando-se os salários pagos aqui com os salários pagos lá fora, onde é que fica a diferença ? Eu tenho certeza que é com o governo (seja nos impostos cobrados, seja nos custos de produção - o famoso custo Brasil).
Qual a sua dúvida hoje?