A startup que inovou o sistema é a Standard Cognition, criada em 2017. O objetivo é dotar desta tecnologia 100 lojas diárias até 2020.
Cinco de sete dos seus fundadores pertencem à Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos (SEC), onde criaram o software de inteligência artificial para detectar fraudes e violações comerciais. Agora estes especialistas estão trabalhando para descobrir algo igualmente complexo: se você está roubando algum produto de determinada loja.
Em janeiro, a Amazon inaugurou o seu primeiro mercado ‘Go’ sem caixas em Seattle; e, em seguida, outras. Na China, são numerosos os experimentos com este tipo de comércio.

O Standard Market tem câmeras que observam os compradores e os itens que eles querem comprar Foto: Cayce Clifford para The New York Times
A estratégia da Standard Cognition é diferente. Ela confia exclusivamente nas câmeras do teto e no software de inteligência artificial. Ela sabe se você andou mais devagar, pegou uma barra de chocolate e a devolveu à prateleira.
“Nós aprendemos os comportamentos dos que parecem prestes a sair”, disse Michael Suswal, um dos fundadores. “Se eles irão roubar, seus passos serão maiores, e eles olharão para a porta”. Quando o sistema entende que detectou um possível comportamento de roubo, um funcionário da loja recebe uma mensagem e se aproxima do cliente para “uma conversa educada”, explicou.
Prever um roubo exige muitos dados sobre os compradores, muitos dos quais sequer existem ainda. Por isso, alguns dias antes da inauguração do Standard Market, a Standard Cognition contratou 100 atores para comprarem na loja durante quatro horas. No Japão, a equipe trabalhou com uma cadeia de lojas de conveniência cujo nome não revelou, para reunir dados.
A companhia disse que não compilou informações biométricas, possibilidade que incomodou vários especialistas em privacidade.

Os compradores baixam o aplicativo do Standard Market antes de ir à loja, que não tem qualquer sistema de verificação na entrada e nem na saída Foto: Cayce Clifford para The New York Times
As informações são do jornal Estadão.