Taxas antidumping nas importações lácteas preocupa setor

O setor leiteiro está aguardando o governo ter uma definição sobre as tarifas antidumping contra a importação de lácteos da União Europeia e da Nova Zelândia. A decisão deve ser tomada até o dia 06/02.

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O setor leiteiro está aguardando o governo ter uma definição sobre as tarifas antidumping contra a importação de lácteos da União Europeia e da Nova Zelândia. A decisão deve ser tomada até o dia 06/02.

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Segundo o Presidente da Comissão Nacional de Pecuária e leite da CNA, Rodrigo Alvim, essa situação era para estar resolvida em maio do ano passado, quando o pedido foi protocolado no ministério do governo de Michel Temer. “O ministério solicitou a prorrogação do processo, mais documentos e mais argumentos em que a CNA prontamente atendeu. Porém, nós estamos muito apreensivos”, comenta.

A preocupação do mercado brasileiro é com os europeus, que têm 250 mil toneladas de leite em pó estocadas e não têm para quem comercializar. “O grande problema da Europa é que ela subsidia violentamente a sua produção e exportação. Concorrer com o leite da Europa significa competir com o tesouro da comunidade europeia”, afirma.

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Atualmente, a tarifa antidumping é de 3,9% para a Nova Zelândia e 14,8% para a União Europeia. Caso as tarifas não venham ser mantidas, o mercado brasileiro corre o risco de ter um excesso do produto e com isso, a derrubada dos preços internos. 

As medidas antidumping da União Europeia foram aplicadas em fevereiro de 2001 e na época, se verificou também antidumping com relação a países como Argentina, Nova Zelândia, Uruguai e Austrália. “No caso da Austrália, como as importações eram muito pequenas, não foi por dano casual. Já com a Argentina, ficou estabelecido que o país não poderia exportar a um preço inferior ao da Nova Zelândia”, relata.

Na época que o Brasil adotou as medidas antidumping ele não era autossuficiente na produção de leite. “É importante ressaltar que o país importava pois não tinha condições de concorrer com o produto subsidiado da Europa. Nos momentos que foram aplicadas as tarifas, o Brasil cresceu em dez anos mais de 10 bilhões em litros de leite por ano”, destaca. 

As informações são do portal Notícias Agrícolas, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.

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Roney Jose da Veiga
RONEY JOSE DA VEIGA

HONÓRIO SERPA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/02/2019

É justo concorrer com leite importado subsidiado ? É justo concorrer com leite produzido na Argentina e Uruguai, que tem custo de produção muito menor que o nosso ? Qual o objetivo dessa política de importação predatória para o produtor, e benéfica apenas para indústria e varejo? Os menores custos para a indústria não se refletem em menores preços ao consumidor, muito menos em melhor qualidade de produtos!!
MAURO
MAURO

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL

EM 31/01/2019

São 18 anos de sobretaxa antidumping, sendo que nos últimos 15 anos não houve qualquer importação de leite da UE e NZ. O imposto de importação para essas origens está na Lista de Exceção com tarifa máxima de 28%. A indústria de leite nessas últimas décadas mudou de patamar e reduzir os problemas enfrentados pela produção brasileira culpando ad aeternum a importação significa tapar o sol com a peneira.
micael de aguiar marsiglio
MICAEL DE AGUIAR MARSIGLIO

LAGOA VERMELHA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/02/2019

Nao entendi oque vc falou
Qual a sua dúvida hoje?