Surpresa do clima garante safra robusta de soja na Bahia

Contrariando até mesmo as expectativas mais otimistas, o Matopiba (região de confluência entre Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) apresentou uma das melhores safras de soja da história.

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Contrariando até mesmo as expectativas mais otimistas, o Matopiba (região de confluência entre Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) apresentou uma das melhores safras de soja da história.

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A falta de chuvas e o clima excessivamente quente registrado entre novembro e janeiro não foram suficientes para prejudicar a safra total da região e acabar com o paraíso astral dos produtores da oleaginosa - os bons ventos começaram no ciclo 2016/17, depois de anos de dificuldades. Perdas pontuais de produtividade foram registradas, mas seus efeitos se limitaram a impedir que o recorde da temporada passada (2017/18) fosse quebrado. "Teve umas 'quebrinhas', mas, em geral, a safra foi excepcional", disse Marco Antonio dos Santos, agrometeorologista da Rural Clima.

Surpresa do clima garante safra robusta de soja na BA

As chuvas demoraram, mas não decepcionaram quando vieram nos meses de fevereiro e março. No oeste da Bahia - região responsável por cerca de 5% da produção nacional e aproximadamente 40% da do Matopiba -, ao redor de 30% da área estava ameaçada com a falta de chuvas no começo deste ano.

"Eram as lavouras de ciclo precoce, mas as chuvas voltaram e vimos produtividades melhores que o esperado", disse o assessor de agronegócio da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Luiz Stahlke. Com a colheita já terminada, a produtividade média registrada na Bahia foi de 56 sacas de 60 quilos por hectare, com uma produção total de 5,3 milhões de toneladas do grão.

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A previsão inicial para a temporada, que termina em junho, era de 66 sacas de 60 quilos por hectare, repetindo o número recorde registrado no ciclo 2017/18. O número não foi confirmado, mas, ainda assim, foi a segunda melhor produtividade já registrada.

"No Piauí, na região de Balsas, houve problema climático, mas, mesmo assim, a safra ali foi melhor que a do ano passado", disse o agrometeorologista da Rural Clima.

Para Adriano Gomes, analista da consultoria AgRural, com sede no Paraná, o problema de muitos Estados da região - Piauí, Tocantins e Maranhão - é que houve muitos registros de chuvas "manchadas". "Aí a produtividade acaba variando muito de um talhão para outro", afirma.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção estimada de soja do Matopiba deve ficar em 13,4 milhões de toneladas, 12% da produção do Brasil. O número calculado é 10,3% menor que o do ciclo 2017/18, temporada considerada por analistas como perfeita para os padrões da região. A produção de milho do Matopiba também não deve decepcionar em 2018/19.

Segundo a Aiba, a produtividade média nos talhões já colhidos tem ficado em 140 sacas por hectare. A previsão na Bahia é de produção de 1,2 milhão do cereal, menor que as 1,5 milhão de toneladas colhidas em 2017/18. Apesar da queda, trata-se de um bom volume. "As chuvas estão ajudando a produção de milho ali também. O produtor da região está dando risada", brincou Santos.

As informações são do jornal Valor Econômico.

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