Para Isabella Nunes, gerente de coordenação de serviços e comércio do IBGE, o resultado dá indícios de que, com o desabastecimento generalizado de produtos in natura como frutas, legumes e verduras, o consumidor buscou nos supermercados produtos industrializados, itens menos atingidos pelo desabastecimento. Isabella destaca, ainda, que o fato de os supermercados venderem produtos de primeira necessidade fez com que muita gente se dirigisse às lojas, mesmo com as dificuldades de deslocamento durante a greve. "Famílias também compraram mais, para guardar produtos durante a greve, o que pode ter ajudado", afirmou.
Apesar do aumento nas vendas, o setor sofreu desaceleração em maio, na comparação com o mês anterior, quando o avanço havia sido de 2%. Das outras nove atividades do varejo pesquisadas pelo IBGE, oito apresentaram queda nas vendas no quinto mês deste ano. O grupo que inclui "outros artigos de uso pessoal e doméstico" apresentou estabilidade em relação a abril.
As informações são do jornal Valor Econômico.