STF declara institucionais leis e decretos de Estados que concederam benefícios fiscais em detrimento de outros
Após declarar inconstitucionais leis e decretos de Estados que concederam benefícios fiscais em detrimento de outros, o Supremo Tribunal Federal (STF) terá novo desafio: julgar processos penais contra empresas e contribuintes que obtiveram esses benefícios.
Publicado por: MilkPoint
Publicado em: - 2 minutos de leitura
Para Estados como Minas Gerais e São Paulo, o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) foi bem-vindo. O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), demonstrou satisfação coma decisão do STF que coíbe a guerra fiscal. Ao longo do governo passado, de Aécio Neves, o Estado tomou poucas medidas fiscais para atrair investimentos de vizinhos. Já como governador, Anastasia criou benefícios pontuais para os setores de calçados, lácteos e de água mineral, sempre reagindo a benefícios criados por outros Estados.
São Paulo também usa argumento semelhante ao mineiro. Em nota, a Secretaria de Fazenda de São Paulo diz que o Decreto nº 52.381/2007, considerado inconstitucional numa das ações julgadas pelo Supremo na quarta-feira (1º), foi concedido como reação a incentivos dados por outros Estados. O decreto reduzia a base de cálculo do ICMS sobre leite longa vida nas vendas dentro do Estado de São Paulo.
A Fazenda paulista informa na nota que o decreto acabou perdendo força porque redes de supermercados acabaram conseguindo na Justiça liminares para não se submeter à alíquota de 18% de ICMS no leite longa vida comprado de outros Estados. Com as decisões, ficavam igualadas as alíquotas do imposto cobrado pelo leite comprado de outros Estados pelo produto comprado de fornecedor paulista. A Fazenda informa ainda que o decreto já não estava mais em vigor desde abril, quando outro decreto paulista passou a estabelecer novos benefícios para produtores lácteos de São Paulo. A Fazenda diz que os novos benefícios em vigor são também uma forma de defesa em relação a incentivos dados por outros Estados.
Na nota, a Fazenda lembra que não é possível ainda saber a extensão dos efeitos da decisão do STF. Geralmente os efeitos retroagem no tempo, mas a legislação federal permite ao Supremo estabelecer que a declaração de inconstitucionalidade em Adins ocorra apenas a partir do julgamento.
Na nota, a Fazenda diz que São Paulo comemora a decisão do STF, "especialmente se o tribunal passar a decidir liminarmente as Adins de guerra fiscal entre os Estados". Isso, completa a nota, contribuiria para o fim de um problema que afeta a economia do país.
As informações são do jornal Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - TRADER
EM 03/06/2011
A realidade concreta é seguinte:
Ninguém pode alegar desconhecimento da Lei, portanto a Constituição e o Código Tributário Nacional, são cristalinos na questão tributária, incentivo não aprovado pelo CONFAZ é inválido.Questionar a retroatividade demonstra o grau de oportunismo daqueles que defendem a reserva de mercado.
Devemos trabalhar com o horizonte da competência comparativa.São Paulo é forte na citricultura , na cana, pecuária de corte , indústrias etc,MG / GO / PR/ RS, são fortes em leite é para aí que deve ser direcionado os investimentos.
Veja o caso do Rio de Janeiro, forte em petróleo, gás, estaleiros, turismo pretender se tornar auto suficiente em Leite, tendo em sua fronteira MG o maior produtor de leite do Brasil.As indústrias de leite de MG estão" impedidas" de venderem ao 2º Mercado Consumidor do país, por conta de uma legislação anacrônica que dá margem de manobras heterodoxas semelhante a de SP, agora declarada inconstitucional.
O Rio de Janeiro consome 3,5 bilhões de litros ano, produz 600 milhões e sobretaxa em 19% 3,2 bilhões de litros.Quem perde e quem ganha?Só rindo para não chorar.
Comungo da opinião do Presidente da ABLV, líder de classe que é , deve promover o encontro dos secretários estaduais dos estados Produtores e Consumidores e igualar o ICMS do Leite.
Abra o debate Presidente, fomente a discussão.Promova um seminário.Estamos cansados de acordos de gabinetes, pautados por atos feitos sob encomenda.
Senhores precisamos de coragem para enfrentar os novos tempos.Fica minha sugestão:Por que não começar a Reforma Tributária pelo Leite.
Alíquota:1% na origem e 1% na venda ao consumidor final.

RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - MERCADO DE LONGA VIDA
EM 03/06/2011