SP: workshop discutiu atividade leiteira no estado

O workshop Pontos-Chave para a Pecuária de Leite Paulista, promovido pela Associação dos Técnicos e Produtores de Leite do Estado de São Paulo - Leite São Paulo, com o apoio da Prefeitura de Botucatu e da UNESP, foi realizado dia 27 de novembro e teve a presença de cerca de 150 pessoas. No evento, foram discutidos os principais pontos para aprimorar a atividade leiteira no estado de São Paulo.

Publicado por: MilkPoint

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O workshop Pontos-Chave para a Pecuária de Leite Paulista, promovido pela Associação dos Técnicos e Produtores de Leite do Estado de São Paulo - Leite São Paulo, com o apoio da Prefeitura de Botucatu e da UNESP, foi realizado dia 27 de novembro e teve a presença de cerca de 150 pessoas.

O Prof. Dr. Edivaldo Velini fez a abertura do evento, dando as boas vindas a todos e desejando sucesso nos trabalhos. Parabenizou a Leite São Paulo, afirmando que a entidade pode contar com o apoio da Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP/Botucatu no seu trabalho.

Marcello de Moura Campos Filho, presidente da Leite São Paulo, destacou a importância da pecuária de leite para o interior do Estado de São Paulo, fazendo uma comparação da pecuária de leite brasileira atual - bastante ineficaz, com 1,6 vacas/hectare, com produção média de 62 litros/dia por produtor e uma produtividade de 2.400 litros/hectare ano -, com a pecuária de leite da Nova Zelândia - bastante eficaz, com 2,9 vacas/hectare e produção média de 3.447 litros/dia por produtor e uma produtividade de 10.664 litros/hectare ano.

O presidente da leite São Paulo mostrou que se a produção dos 560,5 bilhões de litros de leite que o mundo produziu em 2007 seguisse o modelo brasileiro, seriam necessários 233,5 milhões de hectares, enquanto que se seguisse o modelo da Nova Zelândia seriam necessários apenas 52,6 milhões de hectares. Com essa comparação, Moura Campos chamou a atenção de que as necessidades mundiais de produção de alimentos a baixo custo e as necessidades de preservação do meio ambiente exigirão nos próximos anos profundas transformações na nossa pecuária de leite, em busca da eficácia. Mas alertou que a velocidade com que ocorrerão essas transformações dependerá do equacionamento de problemas sociais, envolvendo a absorção de mão de obra nas cidades e em outras atividades agricolas, pois para os 27 bilhões de litros que o Brasil produziu em 2008, em vez de cerca de 1,2 milhões de produtores seriam necessários apenas 19.000 produtores.

A seguir, o diretor técnico da Leite São Paulo, Maurício Palma Nogueira (Bigma Consultoria) comentou que realmente é necessário o aumento da eficácia da pecuária leiteira brasileira de forma geral, e particularmente da paulista, na busca da competividade para, mais do que ter possibilidade de exportar, assegurar o abastecimento do mercado nacional, e que o técnico será o catalizador desse processo, razão pela qual a Leite São Paulo criou um Conselho Técnico e um Conselho de Gestão Estratégica. Na sequência, foi chamando os palestrantes para falar sobre os pontos-chave para a pecuária de leite paulista.

Carlos Pagani Neto (CATI-Leite) falou sobre a gestão da propriedade, Rafael Ribeiro de Lima Filho (Scot Consultoria) falou sobre os aspectos do mercado interno e externo, Maria Luiza Franceschi Nicodemo (Embrapa Pecuária Sudeste) falou sobre os aspectos ambientais envolvidos na pecuária leiteira, José Luis Moraes Vasconcelos (UNESP/Botucatu) falou sobre reprodução, Francisco Rennó (USP/Pirassununga) falou sobre nutrição e alimentação, Maurício de Toledo Barros (CATI/EDR Lins) falou sobre qualidade do leite e Patrícia Perondi Anchão Oliveira (Embrapa Pecuária Sudeste) falou sobre produção de forragem.

Nessas palestras foram apresentados não só os pontos-chave de cada tema, mas o inter-relacionamento entre eles, e destacado que para se ter sucesso na pecuária não se pode focar apenas um aspecto, mas sim o conjunto deles, e dessa forma os pontos-chave têm que ser atacados num conjunto, com planejamento das etapas e que nesse trabalho é fundamental o produtor ter o assessoramento e acompanhamento de um técnico para assegurar bons resultados.

Mauricio Palma Nogueira destacou que a Diretoria Técnica e os Conselho Técnico e de Gestão Estratégica foram criados para ajudar o produtor e, principalmente, os técnicos, a enfrentarem o desfio de melhorar a eficácia e competitividade da produção de leite paulista.

O diretor administrativo-financeiro da Leite São Paulo, Alcides Amorim Ramos (UNESP/Botucatu), comentou que na visão da associação os técnicos têm papel fundamental em motivar e aglutinar os produtores para desenvolver a pecuária leiteira paulista, e destacou que a proposta da Leite São Paulo é ser um link entre produtores de leite e técnicos com outros elos da cadeia produtiva, entidades de pesquisa e extensão, governo, fontes de financiamento e com a sociedade de forma geral, no sentido de uma colaboração efetiva para a viabilização da pecuária de leite paulista como atividade econômica e ambientalmente sustentável, e para melhores resultados para os produtores de leite paulistas.

No encerramento falaram Marcio Campos, Diretor da Prefeitura de Botucatu e José Paes de Almeida, vice-diretor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da UNESP/Botucatu, que resaltaram a importância do trabalho da Leite São Paulo para a pecuária de leite paulista, e que a associação pode contar com o apoio da Prefeitura de Botucatu e da UNESP/Botucatu para o desnvolvimento desse trabalho. José Luiz Fontes, Coordenador do CATI/São Paulo, e representrando o Secretário de Agricultura, João Sampaio Neto, finalizou o evento, comentando que realmente a pecuária leiteira é da maior importância para a geração de trabalho e renda no interior de São Paulo, e reconhecendo a importância do trabalho que a Leite São Paulo vem desenvolvendo. Ele disse que a associação pode sempre contar com o apoio da CATI e da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo no trabalho em prol da pecuária de leite paulista. O presidente da Leite São Paulo agradeceu o apoio de todos que colaboraram para a realização do evento e a presença de todos, e que os interessados em fazer perguntas sobre as palestras ou sobre a Leite São Paulo, bem como encaminhar sugestões, poderão encaminhá-las através do e-mail leitesaopaulo@mpc.com.br

As informações são da Leite São Paulo, adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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Mario Pinto Filho
MARIO PINTO FILHO

ITAÍ - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/12/2009

Parabéns ao Marcello, presidente da Leite São Paulo, produtor de leite e incansável batalhador em pról do desenvolvimento da pecuária leiteira em nosso Estado e no Brasil.

Conheço da sua luta, que como produtor, conhece nossos problemas, mazelas e dificuldades, mas em vez de ficar se lamentando, vai a luta. Fundou a "Leite São Paulo" e está conseguindo aglutinar técnicos, produtores e laticínos, para discutirem a cadeia produtiva.

Estou ciente que é só um começo, mas é um começo de uma longa caminhada que espero, seja consistente e contínua.

Sucesso e felicidade nessa nova jornada, Marcello, pois esse sucesso será de todos nós, produtores.

Abraços.

<b>Resposta do autor:</b>

Prezado Mario Pinto Filho

Você acompanha a nossa luta e agradeço seus comentários elogiosos.

A transformação da Leite São Paulo numa associação de técnicos e produtores foi decorrente da experiência com o caminho trilhado pela associação por sete anos e da observação de caminhos trilhados em outros paises onde a pecuária de leite se fortaleceu e com isso toda a cadeia produtiva ficou fortalecida. A transformação da Leite São Paulo foi feita com o objetivo da associação ser o link entre técnicos e produtores e destes com os outros elos da cadeia e governo, ocupando um espaço que faltava para o desenvolvimento de uma pecuária de leite paulista eficaz e competitiva.

A Leite São Paulo abriu um caminho, onde o técnico tem o papel fundamental de aglutinar os produtores, e a consistência e o sucesso dessa nova jornada dependerá do engajamento de técnicos e produtores, para que juntos possam melhorar as condições de produtividade e competitividade da porteira para dentro e, juntos, da porteira para fora fazerem as necessárias interações com os outros elos da cadeia produtiva e com o governo.

Grande abraço

Marcello de Moura Campos Filho
Presidente da Leite São Paulo
MALU  MAIA - Maria Luzineuza Alves
MALU MAIA - MARIA LUZINEUZA ALVES

MARABÁ - PARÁ - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 02/12/2009

É companheiros, em cada discurso envolvendo a pecuária de leite a nível de Brasil, um dos temas mais abordados é esta ausência de técnicos junto ao produtor rural, se esta história não mudar, todo e qualquer segmento que trabalhe o desenvolvimento da pecuária de leite no Brasil terão insucesso. Já está mais do que provado que estas capacitações são fundamentais para o desenvolvimtnos do produtor, mas para isso é necessários ter este tão sonhado assessoramento e acompanhamento de um técnico para assegurar bons resultados.

Um dia quem sabe venceremos esta batalha!!!



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