Sorveteria Freddo espera faturar mais no Brasil do que na Argentina
Com faturamento perto de US$ 50 milhões em 2010 e aumento das vendas acima de 20% ao ano, a Freddo terá que se acostumar com o sotaque brasileiro - o próprio Sergio Gratton, executivo no comando da empresa, tem aulas particulares de português todas as semanas. Depois de ter chegado ao país em dezembro, com a abertura de uma loja no Shopping Iguatemi de Brasília, a Freddo inaugurou outros dois pontos de vendas em São Paulo e espera chegar ao fim de 2011 com sete unidades.
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Depois de ter chegado ao país em dezembro, com a abertura de uma loja no Shopping Iguatemi de Brasília, a Freddo inaugurou outros dois pontos de vendas em São Paulo e espera chegar ao fim de 2011 com sete unidades. Estão previstas mais oito em 2012, totalizando 15 lojas, principalmente no eixo São Paulo-Rio-Porto Alegre. O interior paulista também está sendo estudado. "Queremos ter um equilíbrio entre lojas de shopping e de rua", diz o diretor-geral da rede, fundada em 1969.
E isso é só o começo. "Em um prazo de cinco a dez anos, a nossa ideia é que o negócio no Brasil iguale e depois supere o faturamento que temos na Argentina", avisa Gratton. O processo de internacionalização da Freddo teve início em 1990. Hoje, ela está presente ainda no Paraguai, na Bolívia e no Reino Unido.
Em 2004, a rede de sorveterias foi comprada pelo fundo de investimentos Pegasus, que atua em vários segmentos do varejo na Argentina. Desde então, vinha cultivando planos de cruzar a fronteira com o Brasil. A ideia ganhou força com a invasão de turistas brasileiros no país - o fluxo encostou em 1 milhão de visitantes no ano passado - o que se tornou uma espécie de propaganda gratuita para a Freddo, frequentemente vista perto de pontos turísticos e quase sempre escolhida pelas pessoas para, ao menos, uma bola de degustação.
Para o executivo, a imagem de qualidade dos alimentos argentinos ajuda a Freddo no Brasil, mas o principal é o processo "artesanal" de elaboração dos sorvetes. De acordo com ele, a proporção de gordura vegetal é de zero nos sabores frutais e de 3% a 5% nos lácteos, enquanto chega a 20% nos sorvetes industrializados. "Não usamos extratos nem pastas-base. Quando falamos de um sorvete de limão, falamos realmente de juntar as frutas e espremê-las", explica.
Diante do otimismo com as operações no Brasil, fica a pergunta: por que a Freddo não entrou antes no país, tendo preferido instalar-se em outros vizinhos e até em Londres? "Ninguém pode se inserir no mercado brasileiro abrindo apenas uma loja. Quando você entra, tem que entrar para valer", diz Gratton.
A matéria é de Daniel Rittner, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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