Sindicato de trabalhadores impedem entrada de empresas particulares em plantas da Conaprole

O conflito leiteiro continua piorando no Uruguai. Como a Associação de Trabalhadores e Empregados da Conaprole (AOEC) está impedindo a entrada de empresas privadas em suas plantas, houve diversas denúncias.

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O conflito leiteiro continua piorando no Uruguai. Como a Associação de Trabalhadores e Empregados da Conaprole (AOEC) está impedindo a entrada de empresas privadas em suas plantas, houve diversas denúncias.

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Conforme planejado, o Conselho de Administração da Conaprole realizou uma reunião na terça-feira (10), com as principais associações de laticínios. A mesmo teve como centro o conflito que se desatou na principal indústria do país e que agora ameaça se estender ao resto das empresas do setor, após uma determinação tomada em uma assembleia da Federação dos Trabalhadores da Indústria Láctea (FTIL).

De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Leite (ANPL), Wilson Cabrera, a Conaprole disse ao sindicato que “permanecerá firme em sua posição”. O executivo apontou também que a Conaprole não pretende negociar a renovação do acordo salarial do setor enquanto seu sindicato manter as medidas de trabalho apenas no tempo regulamentar (sem horas extras). Pelo contexto, tudo parece indicar que o conflito continuará e poderá ser agravar, pois, segundo Cabrera, os sindicatos “não estão mais deixando empresas privadas entrarem nas fábricas".

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O secretário da AOEC, Luis Goichea, reconheceu a aplicação dessa medida e argumentou que ela surgiu de uma resolução de assembleia que permite bloquear a entrada de empresas contratadas cujo trabalho pode ser feito pelos trabalhadores da cooperativa. Acrescentou que isso decorre de um acordo assinado com a Conaprole em 1999, em que a empresa comunica pela primeira vez a renda de uma empresa terceirizada e, em seguida, o sindicato decide se sua receita está habilitada ou não. "Agora decidimos não permitir que as empresas entrem", disse ele.

"Eles não sabem o que vão fazer (pelo sindicato) pois estão tomando atitudes que vão contra a lógica", questionou o chefe da ANPL. Por outro lado, denunciou que há vários motoristas de caminhão que coletam leite das fazendas e que registraram suas reclamações, porque estão “trabalhando mais horas, têm pouco tempo para descansar e passam várias horas na estrada”.

O sindicato da Conaprole exige melhorias nas horas trabalhadas e remuneração por antiguidade. Por não se chegar a um acordo com o Conselho de Administração, declarou-se em conflito e a partir de 21 de junho, os trabalhadores passaram a deixar de fazer horas extras. Isso causa prejuízos econômicos à Conaprole, que deve redirecionar sua remissão de leite para a produção de produtos de menor valor agregado (leite em pó) em detrimento de outros que fornecem mais valor.

As informações são do jornal El Observador.

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