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Setor discute reação aos efeitos da crise da Parmalat no Brasil

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 07/01/2004

4 MIN DE LEITURA

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EGF e soluções para cooperativas centralizam propostas do grupo de trabalho

Na tarde de ontem, no Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), diversos representantes do setor lácteo se reuniram com o ministro Roberto Rodrigues para debater os impactos, no Brasil, da crise da Parmalat.

A reunião foi convocada pelo ministro após a solicitação, em caráter de urgência, do presidente da CNPL/CNA (Comissão Nacional de Pecuária de Leite, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Rodrigo Sant'Anna Alvim, que pretendia reunir especialmente os presidentes das federações de agricultura do Rio de Janeiro, Goiás, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Paraná.

"Participaram vários representantes da Câmara Setorial do Leite e outros convidados, inclusive secretários municipais de Agricultura e deputados", comentou Alvim.

De acordo com seu relato, Roberto Rodrigues disse que o Mapa não ficará omisso com relação aos produtores e que a grande preocupação é atender aqueles que estão passando por dificuldades. "Ele disse também que dará atenção ao possível efeito dominó da redução dos preços pela indústria, principalmente neste período de safra", acrescentou Alvim, comentando que o ministro afirmou que levaria a questão a uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Outra iniciativa que o governo tomará, ainda segundo o relato de Alvim, é procurar a Parmalat para dimensionar o problema em nível nacional e o impacto da crise italiana na pecuária leiteira brasileira. "O ministro disse que a convocação do setor era para ter maior capacidade de analisar se está havendo influência da crise", continuou o presidente da CNPL.

Alvim afirmou que muitos produtores estão sem receber: "Goiás, por exemplo, recebeu leite em pó. Os produtores estão com um 'mico' na mão em um momento de mercado abastecido. As cooperativas recebem um produto para vender com o qual não têm prática. Minha grande preocupação, porém, é que outros segmentos se aproveitam da situação, não bastassem as especulações, isso sem ninguém saber o real problema da Parmalat brasileira". Ele acrescentou que o setor supermercadista não compra mais Parmalat por causa da crise, dizendo que ninguém quer comprar os produtos da empresa. "Como se crise diminuísse qualidade", lançou Alvim, destacando que essa atitude objetiva deprimir preço, com reflexos maiores na produção primária.

Na reunião, Alvim disse que surgiu a proposta de um grupo de trabalho permanente, criado pelo presidente da Câmara Setorial do Leite, envolvendo CNA, OCB (Organização das Cooperativas do Brasil), Conab, parlamento, Ministério da Fazenda, Banco do Brasil, BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Contag, MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário) e Conil, com assessoria do departamento jurídico do Mapa. Segundo ele, quando necessário, o grupo convidará a Parmalat.

A agenda prevê, com base nas informações do presidente da CNPL, a elaboração de um documento até sexta-feira, no qual serão discutidas duas questões básicas: "O mercado como um todo e a necessidade de EGF (Empréstimo do Governo Federal) diante do período de safra, para enxugar o mercado e viabilizar a produção. A outra refere-se ao leite em pó, para enxugar o que está na mão das cooperativas, o governo pode comprar e distribuir no Fome Zero, via MDA. É um problema social e o governo tem de entrar para resolver, já que é um programa para a economia familiar e os problemas estão na cooperativa, não nos 7,5 mil grandes produtores retirados dela". Alvim fez questão de reforçar que o grupo de trabalho não foi criado para resolver os problemas da Parmalat.

Representantes da empresa

A reunião contou com a presença de dois diretores da Parmalat, segundo os quais, de acordo com Rodrigo Alvim, a situação da empresa brasileira não é um bicho de sete cabeças, pois ela compra 5% da produção nacional, e que a questão é muito menor do que tem sido avaliada, à medida que a Parmalat tem 80% de produtores diretos. "O problema seriam os 20% restantes", ironizou o presidente da Comissão de Pecuária de Leite.

"Eles disseram que o problema está mais localizado em Itaperuna, RJ, e que as cooperativas de lá representam apenas 8% dos pagamentos em atraso. A estratégia deles foi atrasar momentaneamente o pagamento de insumos. Segundo os diretores, 4 a 5% do total da compra da Parmalat estão com pendência em atraso, e que os R$ 2,3 milhões de dezembro não estão atrasados, pois vencerão no dia 17, havendo, portanto, apenas R$ 1,5 milhão de novembro pendente, mas eles se comprometeram com o ministro e todos os presentes que pagarão o total entre os dias 15 e 16. Acrescentaram que as compras da empresa permanecem iguais, que não excluíram produtores e que não há estoques de leite em pó para pagar com produto", continuou.

Ministério

De acordo com a assessoria de imprensa do Mapa, "o secretário-executivo do Ministério, Amauri Dimarzio, adiantou que o presidente do BNDES, Carlos Lessa, afirmou, em conversa telefônica com Roberto Rodrigues, que a instituição poderá fazer os investimentos necessários ao setor".

Fonte: Mirna Tonus, da Equipe MilkPoint


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JOSE RONALDO BORGES

CUIABÁ - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/01/2004

Eu vejo a quebra da Parmalat como uma boa notícia para o setor, embora deva causar diversos transtornos no curto prazo. O exemplo serve para os latícinios de que não devem trabalhar com prejuízos, não devem aceitar os preços que a rede varejista impõe, não devem praticar concorrência desleal.

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