Segundo especialista, setor leiteiro uruguaio está 'muito pior' do que mostram as estatísticas

A queda consistente nos volumes de leite produzidos e enviados para plantas industriais é uma realidade preocupante no Uruguai. No primeiro trimeste, a queda detectada foi de 9,7% em relação ao mesmo período de 2018. "Esse não é um indicador eficiente da realidade, que é muito pior, enfatizou Walter Frisch, presidente da Associação Nacional dos Produtores de Leite (ANPL) do Uruguai.

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A queda consistente nos volumes de leite produzidos e enviados para plantas industriais é uma realidade preocupante no Uruguai. No primeiro trimestre, a queda detectada foi de 9,7% em relação ao mesmo período de 2018. “Esse não é um indicador eficiente da realidade, que é muito pior, enfatizou Walter Frisch, presidente da Associação Nacional dos Produtores de Leite (ANPL) do Uruguai.

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As estatísticas elaboradas pelo Instituto Nacional do Leite (Inale) mostram uma queda de 12,6% nas entregas de abril de 2019 em relação ao mesmo mês de 2018.

Frisch explicou que esses dados correspondem ao total de envio de leite à indústria no país, que envolve a gestão de grandes empresas que pertencem ao capital estrangeiro - referindo-se aos casos da Olam e da Bulgheroni, entre outros, "cuja participação faz com que a entrega global se sustente e não caia tanto".

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“Portanto, se você deixar de fora a medição para essas grandes empresas ‘que são grandes capitais que não vivem do leite’ a realidade ‘é muito diferente’ e o declínio produtivo é muito maior e realmente alarmante", completou.

O presidente da ANPL mencionou outro fato alarmante: somente em abril houve uma queda de 24 registros de produtores que enviaram leite à Conaprole, o que equivale a quase uma fazenda a menos por dia no mês. "É um fato assustador", disse Frisch. Isso também ocorre na área da cadeia agroindustrial emblemática de maior porte no país e que paga melhor, a da Conaprole. Assim, se estima que em áreas onde outros produtores e indústrias operam, pode ser pior.

É por isso que, no caso da Conaprole, insiste-se em reivindicar um conjunto de medidas para melhorar a eficiência industrial, reduzindo os custos e buscando o compromisso adequado dos trabalhadores.

A esse respeito, os produtores apontaram que não há apenas ações sindicais inadequadas que acabam sendo muito prejudiciais para a empresa e sobretudo para os produtores de leite relacionados. Há também um absenteísmo (ausência no trabalho) significativo, estimado em 15%, o que sugere que há um excedente no número de funcionários.

As informações são do El Observador, resumidas e traduzidas pela Equipe MilkPoint.

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