RO: seca castiga pastagens e causa morte de animais

Com quase dois milhões de habitantes e uma área territorial de mais de 200 mil metros quadrados, Rondônia vive uma das piores secas da história. A agricultura e a pecuária são os setores mais prejudicados pela estiagem. Em algumas propriedades do interior do estado, a fome tem sido a principal causa da mortalidade de animais, o que vem aumentando o desespero de pecuaristas.

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Com quase dois milhões de habitantes e uma área territorial de mais de 200 mil metros quadrados, Rondônia vive uma das piores secas da história. A agricultura e a pecuária são os setores mais prejudicados pela estiagem. Em algumas propriedades do interior do estado, a fome tem sido a principal causa da mortalidade de animais, o que vem aumentando o desespero de pecuaristas. 

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Os impactos da falta de chuva na agricultura e na pecuária no estado deixa a situação mais complicada. Segundo o meteorologista Diego Silva, do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), o clima está conforme o previsto ao período.

Gado e produção de leite afetados

A seca afeta diretamente o gado leiteiro. Rondônia tem um rebanho de mais de três milhões de cabeças e uma média de mais de 700 milhões de litros ao ano. O estado é o 7° maior produtor de leite do país, o que movimenta mais de R$ 456 milhões ao ano na economia do estado. 

A estiagem vem deixando rasto principalmente na pecuária da região. A morte de animais já é um dos maiores problemas enfrentados pelos pecuaristas.

Figura 1 
Seca castiga, inclusive, a produção de leite em Rondônia. (Foto: Reprodução/Rodrigo Siqueira. )

No início do segundo mês de seca intensa, o pecuarista do município de Nova União, Ozéias Valentim, viu quatro animais morrerem de fome em sua propriedade, mesmo com mais de 15 anos de dedicação à produção de leite. O pecuarista está desesperado, pois, além da morte de animais, a produção de leite diminuiu drasticamente. “Ainda não acredito que meus animais estão morrendo de fome. Além disso, a produção de leite diminuiu mais que a metade. No período chuvoso, a produção girava em torno de 150 litros ao dia. Hoje, com a seca, estou tirando apenas 50 litros”, destacou o pecuarista. 

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Na propriedade do pecuarista Gilmar Tavares Manso, a preocupação é com a falta de água. Os córregos, segundo ele, secam diariamente. A pastagem seca afetou na produção leiteira. Em comparação à produção em litros de leite no período chuvoso do ano passado, houve queda de 50%. “Além dos animais, estamos preocupados com a falta de água em alguns córregos da propriedade. Fico triste em saber que estamos apenas no início do período de estiagem", destacou o pecuarista. 

Sem capim para pastagem, os pecuaristas tentam diminuir os prejuízos com ração. Alguns fazendeiros levam os animais que conseguem ganhar um pouco de peso para áreas alugadas de pastagens em outros municípios. 

Outra alternativa encontrada é a venda dos animais para outros produtores menos afetados. De acordo com os pecuaristas, mesmo com o baixo valor está é a alternativa para não ver os animais morrerem de fome.

Para amenizar os problemas, especialistas destacam que os produtores devem fazer o controle de pastagem do rebanho, deixando apenas três animais por hectare. Os produtores devem se atentar à perda de peso dos animais. Se for esse o problema, é necessário o produtor complementar a alimentação do rebanho com silagem ou cana, garantindo, assim, a suplementação do rebanho. 

As informações são do portal G1 Notícias.

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