"Este tem sido um ano ainda complicado. Houve melhora no mercado consumidor, mas tímida, e a greve dos caminhoneiros gerou um baque no segmento como um todo. Mas estamos conseguindo aproveitar algumas oportunidades e vamos continuar em expansão", afirmou Marcel Scalon Cerchi, diretor-executivo da empresa, ao Valor.
Filho de Leonildo Luigi Cerchi, que fundou a Scala em 1963 e faleceu em 2002, Marcel afirma que as bases para esse avanço acima da média do mercado foram os investimentos realizados nos últimos dois anos, sobretudo na modernização e ampliação das capacidades de produção das três fábricas da empresa - duas em Sacramento e uma em Salitre de Minas.
Mas também pesou para melhorar a logística dos produtos fabricados a partir de uma capacidade diária de processamento de mais de 600 mil litros de leite por dia a inauguração de um novo centro de distribuição em Sacramento, que consumiu aporte de R$ 34 milhões.
Os investimentos permitiram o incremento da produção de itens como requeijão e queijos parmesão, minas e prato, entre outros, e também serviram para equilibrar melhor a divisão das vendas da Scala por canais de distribuição. Com um portfólio mais diversificado, o varejo passou a representar cerca de um terço das vendas totais. O food service, onde se enquadra a muçarela, passou a responder também por um terça, e a fatia restante é distribuída por atacado e distribuição.
O principal mercado para os produtos do laticínio continua a ser São Paulo - capital e interior -, mas Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná também são importantes nessa divisão. A ideia, contudo, é descentralizar as vendas o máximo possível. A Scala tem 750 funcionários.
As informações são do jornal Valor Econômico.