SC: mercado do leite projeta aumento de preços aos criadores

Os valores de referência para a compra de leite no mercado primário catarinense continuam estáveis, de acordo com o Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite de Santa Catarina. O leite-padrão teve valor de referência fixado em 67 centavos (R$ 0,6769), um centavo abaixo do mês anterior.

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Os valores de referência para a compra de leite no mercado primário catarinense continuam estáveis, de acordo com o Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite de Santa Catarina. O leite-padrão teve valor de referência fixado em 67 centavos (R$ 0,6769), um centavo abaixo do mês anterior.

O presidente do Conseleite e vice-presidente da Faesc (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC), Nelton Rogério de Souza, observou que a tendência do mercado é a elevação dos preços pagos aos produtores rurais, especialmente os do oeste catarinense.

A seca no Brasil central e as geadas no sul afetaram as pastagens e causaram redução da produção e oferta de leite. Além disso, laticínios de outros Estados estão captando leite nessa região. Esse cenário pressiona para cima o valor da matéria-prima. Prova disso é o preço médio praticado pela Coopercentral Aurora (Aurora Alimentos), detentora de uma das maiores indústrias de processamento de lácteos do país, no mês passado: R$ 0,87 o litro.

O Conseleite anunciou os preços de referência da matéria-prima do mês de junho (leite acima do padrão R$ 0,7857, padrão R$ 0,6832 e abaixo do padrão R$ 0,6211) e a projeção dos preços de referência para o mês de julho (acima R$ 0,7739, padrão R$ 0,6729 e abaixo do padrão R$ 0,6117).

Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao leite-padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite/SC.

O Conselho também aprovou a atualização da sua metodologia e passa a divulgar, a partir deste mês, valores de referência da matéria-prima leite posto na propriedade rural (ou seja, o frete não deve mais ser descontado do produtor rural) e não mais posto na plataforma da indústria. Em razão da atualização da metodologia de cálculo dos valores de referência dos preços finais de junho de 2011, não há base de comparabilidade com os valores divulgados anteriormente.

O colegiado também divulgou os parâmetros de qualidade e volume que determinam o leite-padrão e as respectivas escalas de ágios e deságios que embasam a definição dos valores de referência divulgados mensalmente. Esses parâmetros incluem testes de crioscopia, alizarol, resíduos de antibióticos e redutores, exame de brucelose e tuberculose.

Também incluem escalas de ágios e deságios para os parâmetros de qualidade de leite e as respectivas escalas para extratos de gordura, de proteína, de sólidos não-gordurosos, de células somáticas, de contagem bacteriana, de volume de leite entregue e de temperatura do leite.

Santa Catarina produz 1,9 bilhão de litros de leite gerados por 60.000 estabelecimentos rurais. Essa matéria-prima é 90% processada por 25 indústrias de laticínios. O Estado ocupa a sexta posição nacional, mas caminha rapidamente para quinta posição. A produção está concentrada em 64% no Oeste, onde a maioria dos produtores é vinculada às Cooperativas. As pequenas propriedades (com menos de 50 hectares) respondem por 82% do leite.


Figura 1


Nelton Rogério de Souza, vice-presidente da Faesc


As informações são de Marcos A Bedin, da MB Comunicação Empresarial, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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rosicleiton garcia da silva
ROSICLEITON GARCIA DA SILVA

SANTA HELENA DE GOIÁS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 27/07/2011

Gostaria muito de participar de alguma grupo de produtores que buscam melhorias para atividade leiteira, pois alem de filho de produtor também sou técnico agrícola e graduado em administração em agronegocio; E  vejo que e muito importa uma gestão administrativa na propriedade, mas também e necessário uma melhor politica leiteira no país, pois atividade leiteira não tem nenhuma forma de comercialização, e produtor nenhum consegue fazer venda de seu produto, pois tenho 26 anos e nunca consegui encontra um produtor que consegue vender seu produto, somos obrigado a entrega leite por 60 dias sem nenhuma garantia e so apos recebemos por 30 dias então uma empresa compradora de leite trabalha com o nosso capital por no minimo 50. Isso mostra que produtores são obrigado a fornecerem a matéria prima  sem garantia de preço e sem garantia de recebimento; Os produtores também assume todo os riscos da empresa pois se a empresa vi a valência os produtores e quem fica devendo. E olhem que já estamos em pleno seculo 21.
rosicleiton garcia da silva
ROSICLEITON GARCIA DA SILVA

SANTA HELENA DE GOIÁS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 26/07/2011

quem dera que o preço do leite realmente tinha praticado assim, mas na verdade o preço do leite ai demostrado e direcionado a apenas alguns produtores de leite, minha família e produtora e não recebeu este valor não.
ERNANI LUIZ ZORTEA
ERNANI LUIZ ZORTEA

CAMPOS NOVOS - SANTA CATARINA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/07/2011

esta para ser realizado nova rodada de negociaçoões entre produtores e governo do brasil e argentina para estabelecer novas cotas de exportações. Devemos estar atentos a dois fatores fundamentais: A quantidade estabelecida nestas cotas e fundamentalmente como será o controle destes lacteos em  nosso pais, pois até agora nossos hermanos nos mandam a quantidade que bem entendem e nos sabemos que hoje o cambio torna amplamente competitivo os lacteos argentinos.
Qual a sua dúvida hoje?