SC: Cordilat aposta em venda do leite em saquinho

A Cordilat é atualmente o sexto maior laticínio do estado de Santa Catarina. Suas três fábricas devem faturar R$ 60 milhões neste ano, 40% a mais que em 2009. Para obter essa taxa de crescimento, a estratégia foi direcionada ao lançamento do leite longa vida UHT em sachê, que acaba de chegar ao oeste catarinense e espera somar 5 mil pontos de venda em todo o Brasil nos próximos 12 meses.

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A Cordilat é atualmente o sexto maior laticínio do estado e um dos poucos no país a atuar em três frentes: processa leite pasteurizado longa vida UHT, fabrica leite em pó e queijo. Paralelamente, mantém 13 mil cabeças de gado, das raças Jersey e Holandês, com o objetivo de contribuir para o aprimoramento genético dos rebanhos da região. São duas fábricas em Santa Catarina: nos municípios de Cordilheira Alta e Ponte Serrada; e uma arrendada em Canindé do São Francisco/SE. Juntas devem faturar R$ 60 milhões neste ano, 40% a mais que em 2009.

Para obter essa taxa de crescimento, a estratégia da Cordilat foi direcionada ao lançamento do leite longa vida UHT em sachê, que acaba de chegar ao oeste catarinense e espera somar 5 mil pontos de venda em todo o Brasil nos próximos 12 meses.

O saquinho de 1 litro de leite, de acordo com Daniel Tozzo, proprietário da Cordilat, é 100% reciclável, resistente, garante a vida útil do produto por até seis meses sem refrigeração e custa 50% menos que a clássica caixinha. O resultado é um produto entre 10% e 15% mais barato no varejo. "Como há uma gama maior de fornecedores desse tipo de embalagem em relação à caixa cartonada, fica mais fácil negociar custos", afirma Tozzo.

A novidade consumiu um investimento de R$ 4 milhões, sendo R$ 1 milhão aplicado apenas na máquina de envase, montada no Uruguai com tecnologia francesa. A capacidade produtiva é de 100 mil litros de longa vida desnatado e integral por dia. Quando operar a todo vapor, a fábrica elevará a produção do laticínio de 200 mil para 300 mil litros de leite processados diariamente.

Na visão de Jorge Rubez, presidente da Associação dos Produtores Leite Brasil, que conta com 35 mil associados, o grande desafio será driblar o hábito do consumidor, há tempos acostumado com a praticidade da caixinha. "O preço inferior é um atrativo, mas é preciso trabalhar a questão do manuseio da embalagem. Depois de aberto, o saquinho precisa de um recipiente para acondicioná-lo", declara. "Como um lançamento regional, eu acredito que dará certo. Já ganhar o mercado nacional é um desafio de muito fôlego."

Tozzo sabe disso, mas ancora sua decisão na adoção em larga escala do leite em sachê na América Latina. Na Venezuela, Colômbia, Equador, Uruguai e Argentina, os saquinhos de longa vida dominam o mercado. Outro ponto positivo, segundo o empreendedor, é o respeito ao meio ambiente, pois a embalagem é 100% reciclável.

As informações são da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.


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nestor joberte garcia marques
NESTOR JOBERTE GARCIA MARQUES

CAPANEMA - PARANÁ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 02/08/2010

Parabéns Daniel , que sua iniciativa seja exemplo para varios empresarios do setor , que seu empreendimento seja um sucesso , e colabore para uma politica leiteira , mais justa e eficiente.
grande abraço
adriano marcelo rigon
ADRIANO MARCELO RIGON

CHAPECÓ - SANTA CATARINA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/07/2010

Parabéns Daniel Tozzo, até que enfim um empresário talentoso dá um passo na luta contra o monopólio da tetra-pack. Espero que isso permita uma melhor atenção aos produtores de leite, principalmente na esfola de preços que sempre recebem nas oscilações do mercado. Já cansei de ouvir em várias palestras e encontros do setor leiteiro, em todos os cantos do País, justificando que o preço a pagar para o produtor é sempre apertado em função do alto custo da "caixinha". Quem sabe agora iniciaremos um novo cenários na produção de lácteos, principalmente sobre a ótica de valorização do produtor. Grande Abraço e sucesso na empreitada.
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