Sávio Santiago, administrador da usina de leite e derivados Leite Resende

Sávio Santiago é engenheiro agrônomo e administrador de empresas. Atualmente administra uma indústria de laticínios (leite e derivados) aberta a pouco mais de um ano, a Leite Resende. Cursou Agronomia na UFRRJ e Administração de Empresas na Universidade Estácio de Sá, em Resende-RJ.

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Sávio Santiago

Sávio Santiago é engenheiro agrônomo e administrador de empresas. Atualmente administra uma indústria de laticínios (leite e derivados) aberta a pouco mais de um ano, a Leite Resende. Cursou Agronomia na UFRRJ e Administração de Empresas na Universidade Estácio de Sá, em Resende-RJ.


MKP: Breve descrição pessoal e profissional.

Nasci em 24/12/1980, em Barbacena, Minas Gerais. Sou formado no curso técnico em agropecuária em 1999 na Escola Agrotécnica Federal de Barbacena, cursei Agronomia na UFRRJ (km 47) e Administração de Empresas na Universidade Estácio de Sá em Resende-RJ.

Em 2001 iniciei um trabalho de assessoria à Cooperativa de Rio Bonito-RJ. No fim de 2002 mudei para Resende, continuando a trajetória no setor de laticínios, dessa vez em uma empresa do ramo de UHT. Atualmente administro uma indústria de laticínios (leite e derivados) aberta a pouco mais de um ano, a Leite Resende.

Por um bom tempo fui produtor de leite em propriedade arrendada. Selecionava gado Holandês e Girolando, essa com certeza foi a maior das paixões já vividas por mim. Parei com a atividade quando veio a falecer meu administrador da propriedade e grande amigo em um acidente de moto.

MKP: Quais são as principais dificuldades que você tem na atividade?

Eu gostaria de ajudar mais nossos produtores na questão da melhoria técnica em suas propriedades. As atividades do laticínio não têm permitido que esse trabalho tão importante de assessoria técnica seja mais efetivamente realizado. Por isso determinamos que, em 2010, a prioridade do laticínio é estreitar a parceria com nossos fornecedores.

MKP: O que está melhorando no setor?

O setor deu, sem dúvida, um salto na última década no que tange à especialização dos produtores. Tivemos uma melhoria expressiva na qualidade do produto. Os produtores investiram em equipamentos, assistência técnica e genética dos rebanhos. Infelizmente a inconstância de mercado no Brasil não recompensou devidamente essas melhorias conquistadas por nossos produtores.

MKP: O que acha que falta no setor?

Falta planejamento do governo federal quanto a regulação de estoques e exportação dos excedentes. Os principais países produtores têm o monitoramento governamental quanto à disponibilidade de leite. Quando os excessos atingem níveis críticos, os governos compram os estoques que ficam disponíveis em épocas de entressafra, ou são imediatamente exportados, dependendo da conjuntura internacional de mercado no momento.

Entramos em uma situação de excesso permanente quando se avalia a produção interna em relação ao consumo interno. Diante dessa realidade temos que ter um planejamento de aumento das exportações e de aumento do consumo interno. Para o aumento das exportações, temos que melhorar muito os nossos padrões de qualidade. Para o aumento do consumo interno temos que ter um plano consistente de marketing setorial de lácteos em geral.

MKP: Qual personalidade admira no setor?

São muitos, mas cito alguns que me vêm à memória no momento:
-O Marcelo Pereira de Carvalho, diretor do Agripoint, pela coragem e comprometimento com o setor. É sem dúvida uma liderança que nasce em um setor desunido e heterogêneo.
-O Roberto Jank pelo profissionalismo como produtor de leite. Com certeza é um exemplo a ser seguido pelos nossos produtores em processo de especialização.
-Por fim, um amigo pessoal, o técnico em laticínios a mais de 40 anos, Glauco Macedo. Um verdadeiro gênio em sistemas de produção de laticínios, especialista na produção de queijos finos de altíssima qualidade. Foi um privilégio aprender com esse amigo.

MKP: Qual empresa admira no setor?

Não gostaria de citar uma em especial, mas o tipo de empresas que admiro. Admiro empresas que partem do princípio do associativismo e do cooperativismo puro, sem vícios, sem favorecimento e clientelismos. Admiro empresas privadas éticas, que não utilizam da exploração dos mais fracos para se prevalecerem. Empresas que cultivam o verdadeiro sentido de parceria comercial.

MKP: Dica de sucesso ou frase preferida

"Conhecer seus concorrentes pode ser sua única vantagem competitiva sustentável". Acredito que, enquanto setor, devemos exercitar esse pensamento em prol da melhoria da nossa participação no mercado global de lácteos.

MKP: Quais os serviços do MilkPoint você utiliza mais, e como o MilkPoint lhe auxilia no dia-a-dia?

O MilkPoint se tornou uma ferramenta valiosa nas minhas decisões do dia a dia. A avaliação do mercado ficou muito mais fácil de ser realizada, me permitindo acertar mais nas ações de venda e no planejamento da produção.


Conheça mais sobre a participação do Sávio Santiago no MilkPoint, visitando sua página no MyPoint.
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Savio
SAVIO

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 26/03/2010

Obrigado pelas palavras Paulo Fernando;

Pessoas como você estão revolucionando o setor produtivo no Brasil. A APLISI representa um modelo de associativismo moderno que gera renda e desenvolvimento à quem se associa, sem favorecimentos e vícios.

Sucesso;

Sávio Santiago
Paulo Fernando Andrade Correa da Silva
PAULO FERNANDO ANDRADE CORREA DA SILVA

VALENÇA - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/03/2010

Admiro o Sávio por sua dedicação à pecuária de leite, como produtor, comprador e administrdor de usinas. Seus comentários no MilkPoint são sempre consistentes e nos tem ajudado na evolução da nossa atividade.
Com a APLISI, suas negociações sempre foram justas e produtivas.
Parabéns pela entrevista.
Paulo Fernando.
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