RS: Projeto de Zanatta quer desenvolver o setor leiteiro

O Conselho Estadual do Leite (Conseleite) e o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat) pretendem colocar em prática, até abril de 2012, um programa de fomento ao setor leiteiro no Estado. A proposta, que busca ampliar a produção de 8 milhões de litros/dia, é uma das metas do empresário e copresidente do Conselho de Administração da LBR, Wilson Zanatta, que assume hoje o sindicato para a gestão 2012/2014. Segundo ele, o projeto de longo prazo é aproximar a produção da capacidade instalada hoje nas indústrias, de 15 milhões de litros/dia. "Pretendemos fechar a gestão com uma captação de 11 milhões de litros."

O projeto estratégico da cadeia do leite foi concluído por um técnico contratado pelo sindicato e referendado pelo Conselho, que está em negociação com o governo do Estado. Uma primeira reunião abordou o tema com a Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI) e, nas próximas semanas, devem haver encontros com as Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Fazenda.
"Sempre participei das chapas, mas não me envolvia tão fortemente. Agora chegou a hora de contribuir de forma mais direta", declara Zanatta. O novo presidente assume o mandato da entidade até 2014, com planos de estabelecer o desenvolvimento do setor lácteo no Rio Grande do Sul. "Queremos promover desde a capacitação técnica de produtores e da mão de obra da indústria até a criação de um centro de compilação de dados estatísticos, para ajudar nos estudos sobreo segmento", explica. Zanatta também destacou a necessidade de melhorar a eficiência dos produtores, para gerar uma economia de escala maior que permita o crescimento da produção gaúcha. Esse programa deve ser apresentado em breve à Secretaria Estadual da Agricultura.

Outro objetivo é a obtenção de incentivos fiscais e a desoneração da cadeia produtiva do Rio Grande do Sul. "A desigualdade tributária em relação a outras unidades da federação é um dos principais problemas que enfrentamos para nosso crescimento", comenta Zanatta. O dirigente também lembra que a indústria laticínia do Estado está se preparando para ser uma exportadora de produtos. No entanto, para alcançar esse objetivo, é necessário realizar diversos investimentos, especialmente na área sanitária. "Temos que erradicar diversos problemas, como zoonoses, que são o maior gargalo para que possamos colocar nosso produto no mercado externo".

Entre as ações em análise estão o incentivo a escolas técnicas e formação de funcionários de laticínios. O novo presidente ainda quer negociar com o governo a manutenção e a ampliação da concessão de crédito presumido para a indústria. "Precisamos aumentar a competitividade do RS", frisou o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini.

A matéria é do Correio do Povo e Jornal do Comércio, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.