O Programa Estadual Leite Gaúcho foi lançado oficialmente nesta sexta-feira (16/9), em Erechim, no auditório da Universidade Federal Fronteira Sul. O ato reuniu prefeitos, vice-prefeitos das regiões Alto Uruguai e Nordeste, secretários municipais da agricultura, lideranças locais e regionais, além do deputado Altemir Tortelli, representando a Assembléia Legislativa. Também prestigiaram o lançamento, o coordenador do Sutraf Sul, Celso Ludwig, e o diretor da Universidade Federal da Fronteira Sul, Dirceu Benincá.
O secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Ivar Pavan, juntamente com o diretor do Departamento de Agricultura Familiar, José Batista, e com o presidente da Emater/RS, Lino de David, apresentou o programa. Segundo ele, o objetivo é aumentar a produção e melhorar a qualidade do leite nos estabelecimentos rurais de base familiar. De acordo com Pavan, a meta é qualificar, por meio de assistência técnica prestada pela Emater/RS-Ascar, mil grupos de 30 famílias na bacia leiteira do Rio Grande do Sul. O presidente da Emater/RS, Lino de David, garantiu que a extensão rural será realizada de forma permanente e conjunta. "Os produtores serão capacitados e terão acompanhamento sistemático", reafirmou.
O Rio Grande do Sul tem um potencial para aumentar a produção de leite e passar dos atuais 9,5 milhões de litros/dia para 14 milhões de litros/dia. A indústria gaúcha tem 40% de ociosidade, segundo informaram os dirigentes. O programa atenderá agricultores familiares, quilombolas, assentados da reforma agrária e do crédito fundiário, pecuaristas familiares, atuais produtores de leite, novos produtores e moradores do meio rural em situação de extrema pobreza. O secretário Ivar Pavan defendeu a criação de uma indústria na região. "Precisamos de uma indústria das cooperativas para o leite na região", disse.
O deputado estadual Altemair Tortelli também destacou a importância da atividade leiteira para a agricultura familiar "O leite é a última atividade de permanência do agricultor no campo". Para o presidente da Associação dos Municípios do Alto Uruguai, Gilberto Tonello, "o produtor precisa ser melhor remunerado".
De acordo com o Censo Agropecuário de 2006, no Brasil a produção média de cada vaca é de 1.260 litros/ano. No Rio Grande do Sul, a produtividade é uma das melhores do país, chegando a 2.336 litros/ano. Dos 441 mil estabelecimentos rurais, 134 mil são produtores de leite, sendo que 70% deles comercializam menos de 100 litros/dia, tornando umas das principais atividades da agricultura familiar.
A matéria é da Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Escritório Regional de Erechim, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
RS: Governo lança programa Leite Gaúcho em Erechim
O Programa Estadual Leite Gaúcho foi lançado oficialmente nesta sexta-feira (16/9), em Erechim, no auditório da Universidade Federal Fronteira Sul. O objetivo é aumentar a produção e melhorar a qualidade do leite nos estabelecimentos rurais de base familiar.
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PAULO R. F. MÜHLBACH
PORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 19/09/2011
A produção intensiva de leite, como se torna necessária na pequena propriedade, é uma atividade muito complexa e de maior risco operacional e somente terá sucesso com um produtor especializado.
As tecnologias e o conhecimento demandado em manejo do solo, manejo de pastagens, produção e conservação de forragens, balanceamento de dietas, exigências nutricionais das diferentes categorias do rebanho, manejo reprodutivo, melhoramento genético, manejo sanitário, manejo da ordenha, operação e manutenção de maquinário e equipamentos, planejamento e construção de instalações, etc. refletem essa complexidade. E, acima de tudo, a atividade necessita de um competente gerenciamento, para o controle dos custos de produção.
Vamos ver, qual será o custo-benefício e a eficicência no uso dos recursos públicos desse novo programa de fomento à atividade leiteira e que pretende garantir a plena capacitação do público-alvo pretendido.
As tecnologias e o conhecimento demandado em manejo do solo, manejo de pastagens, produção e conservação de forragens, balanceamento de dietas, exigências nutricionais das diferentes categorias do rebanho, manejo reprodutivo, melhoramento genético, manejo sanitário, manejo da ordenha, operação e manutenção de maquinário e equipamentos, planejamento e construção de instalações, etc. refletem essa complexidade. E, acima de tudo, a atividade necessita de um competente gerenciamento, para o controle dos custos de produção.
Vamos ver, qual será o custo-benefício e a eficicência no uso dos recursos públicos desse novo programa de fomento à atividade leiteira e que pretende garantir a plena capacitação do público-alvo pretendido.