RS: frio e falta de chuva impedem pastagens de verão

A seca nas regiões da Campanha e da Fronteira-Oeste do Estado do Rio Grande do Sul já está castigando o gado de leite. A falta de chuva e o frio prolongado causados pelo La Niña estão impedindo a evolução das pastagens de verão (milho e sorgo). Para agravar o quadro, o assistente técnico da área de criações e forragens da Emater-RS, Fábio Schlik, destaca que as forragens à base de aveia e azevém, do inverno, estão terminando.

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A seca nas regiões da Campanha e da Fronteira-Oeste do Estado do Rio Grande do Sul já está castigando o gado de leite. A falta de chuva e o frio prolongado causados pelo La Niña estão impedindo a evolução das pastagens de verão (milho e sorgo). Para agravar o quadro, o assistente técnico da área de criações e forragens da Emater-RS, Fábio Schlik, destaca que as forragens à base de aveia e azevém, do inverno, estão terminando. E é justamente esta lacuna que pode trazer dor de cabeça para os criadores de gado leiteiro. Desta forma, a alimentação das vacas fica reduzida, diminuindo a produção de leite. "Entre 50% e 70% do custo do leite corresponde à alimentação e o produtor tem que trabalhar nesse limite. A produção vai diminuir e o custo vai aumentar", alerta.

O escritório da Emater em Santana do Livramento (RS) já registra casos de propriedades onde a produção leiteira caiu entre 10% e 15%. Nesses locais, está sendo feito uso de alimento concentrado para compensar a falta de forragem, o que eleva o custo ao pecuarista. Schlik afirma que, se não houver reversão do clima, a situação vai se agravar a partir da próxima semana. "Não temos perspectiva de recuperação."

O presidente da Fetag-RS, Elton Weber, destaca que a produção gaúcha de leite em outubro já foi menor do que em setembro, o que deve se repetir em novembro. No mês passado, o alto custo dos insumos, o baixo preço pago ao produtor e as pastagens de verão que ainda não estavam prontas foram apontados como fatores decisivos na queda. "O La Niña pode impactar na recuperação de pastagens e silagens e agravar a situação".

Nesta segunda-feira, o Conseleite-RS deve contabilizar a queda na produção deste mês e apontar a perspectiva para os próximos meses. Conforme avaliação da Emater, os ventos frios à noite e as altas temperaturas durante o dia estão provocando o ressecamento do solo, o que prejudica o desenvolvimento das pastagens, dificultando a germinação e a emergência das plantas. O relatório conjuntural aponta que alguns produtores semeiam com solo seco e aguardam a próxima chuva para que ocorra a germinação. Mas se a umidade for muito baixa, poderá haver perda das sementes e atraso na instalação das áreas de forrageiras.

As informações são do Correio do Povo-RS, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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Wilson Mendes Ruas
WILSON MENDES RUAS

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE OVINOS

EM 27/11/2010

O relato do presidente da Fetag-RS, é uma clara demonstração, como o produtor de leite neste País, vive entregue à própria sorte. Vejam só!... "alto custo dos insu-mos, baixo preço pago ao produtor (realidade nacional) e as pastagens de verão que ainda não estavam prontas, foram apontadas como fatores decisivos na queda da produção." Como se tudo isso não bastasse, a previsão do ¨La Niña," caso se confirme, afetará a recuperação de pastagens e produção de silagens da região sul, agravando não só, a situação dos produtores de leite dessa região, como dos de outras não excludentes ao fenômeno. Dessa forma, os produtores de leite do Brasil, do segmento não capitalista, devem ser amparados por políticas de governo que os estimulem a se organizarem como cadeia produtiva, sacialmente responsável, a nivel de produção e capacidade de gestão, a exemplo de outros paises mais desenvolvidos. As políticas instituidas neste sentido, devem visar o desenvolvimento do segmento.

Wilson Mendes Ruas
Produtor de Leite de Vaca
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