RS: Conseleite divulga valores de abril e maio

O Conselho Estadual do Leite (Conseleite) do Rio Grande do Sul esteve reunido ontem (17), na sede da Fetag/RS, para analisar os novos dados de previsão para o preço-referência do mês de abril pago ao produtor, num trabalho elaborado pela Universidade de Passo Fundo (UPF). O leite-padrão ficou em R$ 0,6548; o leite acima do padrão em R$ 0,7531; e o leite abaixo do padrão em R$ 0,5894. Já os valores projetados para maio indicam R$ 0,6604 para o leite padrão, enquanto o acima do padrão ficou em R$ 0,7594 e o abaixo do padrão em R$ 0,5943/litro.

O presidente da Fetag e do Conseleite, Elton Weber, ao analisar os valores consolidados de abril, disse que os R$ 0,65 estão um pouco abaixo da previsão inicial do mês. Em relação ao indicativo referente ao mês de maio, mostra estabilidade nos valores se comparado ao mês anterior. "É consenso de todos os elos envolvidos na cadeia que uma retração de preços, em pleno período de entressafra, é prejudicial para todos" observa.

Preço ao produtor pode cair

A indústria de leite gaúcha alerta para uma possível redução nos preços pagos ao produtor devido à perda de competitividade do produto gaúcho em outros Estados. O Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat) diz que as empresas vinham repassando valores acima da referência do Conselho Estadual do Leite (Conseleite), mas nos próximos meses devem limitar os preços.

O presidente do Sindilat, Carlos Feijó, também vice-presidente do Conseleite, estima uma queda nos próximos meses: "A projeção de abril apontava para um valor de R$ 0,6641 pagos ao produtor pelo litro do leite-padrão e fechou em R$ 0,6548. Na verdade, a indústria vinha pagando em média R$ 0,12 acima desses preços e agora não conseguirá manter. Deverá pagar os valores de referência do Conseleite".

Conforme Feijó, o Rio Grande Sul envia quase 60% do leite que industrializa para outros Estados e enfrenta taxação excessiva. Ele reclama de uma sobretaxação do Paraná, que também teria incentivado seus produtores locais, de barreiras do Rio de Janeiro e de incentivos de Minas Gerais. As medidas acabam tirando a competitividade do produto gaúcho, explica. O presidente da Associação Gaúcha de Laticinistas, Ernesto Krug, afirma que os produtores já sentem um movimento de baixa nos preços para o leite entregue em maio.

As informações são da Fetag/RS e do jornal Zero Hora, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.