RS: calor reduz desempenho da pecuária leiteira

O calor das últimas semanas repercute negativamente na produção do rebanho leiteiro do Estado. Em temperaturas de 38°C e sensação térmica ainda mais alta, o rendimento dos animais pode cair até 30%, afirmam especialistas. Embora ainda não haja um levantamento das perdas no período, produtores, indústrias e assistência técnica concordam que haverá redução.

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O calor das últimas semanas repercute negativamente na produção do rebanho leiteiro do Estado. Em temperaturas de 38°C e sensação térmica ainda mais alta, o rendimento dos animais pode cair até 30%, afirmam especialistas.

Embora ainda não haja um levantamento das perdas no período, produtores, indústrias e assistência técnica concordam que haverá redução. "É normal que ocorra queda entre dezembro e fevereiro. Não foi diferente agora", diz Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat. A entidade, porém, não acredita que o problema tenha afetado a atividade de forma muito significativa.

Na maior bacia leiteira do Rio Grande do Sul, em Santa Rosa, cerca de 80% do rebanho é formado por ventres da raça Holandesa. "É razoável projetar diminuição de 10% no rendimento nos dias mais quentes. Se a região produz cerca de 1,8 milhão de litros ao dia, o impacto não é pequeno", estima o agrônomo Flávio Fagundes, supervisor regional da Emater.

Segundo o presidente da Associação de Criadores de Gado Holandês do Estado (Gadolando), o veterinário José Ernesto Ferreira, o estresse calórico é um dos mais fortes agentes contra o bom desempenho dos animais. "Os animais de maior potencial produtivo são os que mais se ressentem. Com temperaturas elevadas, se alimentam menos, e o rendimento cai." O dirigente alerta para a necessidade de estruturas que ofereçam bem-estar aos animais.

A Fetag ainda não tem números para estimar a quebra na produção leiteira. A entidade, entretanto, dá como certa uma menor performance dos bovinos.

As informações são do jornal Correio do Povo/RS, adaptadas e resumidas pela Equipe MilkPoint.
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marlon rosa naue
MARLON ROSA NAUE

CANGUÇU - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/02/2010

Boa noite Senhores Guilherme e helison.

É verdade o calor aqui não foi fácil nestas últimas semanas, olha não lembro na minha vida quando teve médias tão altas em poucos dias aqui no RS, como vocês sabem o povo daqui não gosta muito de calor muito menos o rebanho leiteiro composto na sua maioria das raças holandesa e jersey(minha preferência).
Produzir leite aqui no RS é no meu ver o lugar mais difícil do território Brasileiro, pois temos dois períodos bem marcantes na produção, um o período de chuva que vem junto com o inverno (frio) e outro a seca que vem com o verão(calor).
No frio as pastagens de inverno só vão dar produção na metade final do inverno entrado na primavera até o fim desta, sem falar que não dá para passar o inverno sem silagem, que na verdade não aumenta a produção só mantem uma média na produção.
No calor vem a seca, que neste ano não chegou por causa do fênomeno elniño, e digo nunca vi tanta pastagem aqui no RS como este ano, "muito pasto", no verão aqui no RS não dá para fazer silagem por causa que o milho é plantado na primavera e na metade de novembro começa a seca que vai até final de dezembro, então a seca pega a produção do milho bem no meio, com isso a silagem é de baixa qualidade as vezes inexistente a qui no RS...
Uma das alternativas aqui no sul seria a silagem de cana que com seus 280 dias teria seu corte no meio do inverno e poderia ser produzida e estocada até a metade de novembro, mas como muitos produtores relatam que não cobre os custos, pois nesta época aqui no RS o preço leite esta em baixa, então ela não é feita...
Um Abraço;

Marlon;
Canguçu/RS.


Guilherme Alves de Mello Franco
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/02/2010

Prezados Senhores: As raças europeias, principalmente a holandêsa, maiores produtoras de leite, são compostas de indivíduos que necessitam de clima frio para expressarem sua amplitude de produção. Estudos realizados atestam que, até 22 graus, há uma normalidade na produtividade de vacas de alta capacidade. Acima destes índices de temperatura, realmente, a produção cai vertiginosamente, porque o estresse calórico diminui a ingestão de alimentos, torna os animais agitados e em desconforto, o que interfere, sobremaneira, em sua lactação. Além disso, o calor excessivo tem diminuído, fora de época, a capacidade proteica do volumoso, que deveria estar em alta nesta fase do ano (período das águas), eis que vem consorciado com a falta de chuvas. A solução é a utilização de ventiladores e aspersores de névoa de água, que reduzem a ação do sol escaldante sobre o organismo da vaca. Mas, isso é para produtores mais especializados. Em nossa região, Zona da Mata/Sul de Minas Gerais, as altas temperaturas (em torno dos trinta e oito graus) e a falta de chuvas (quinze dias sem chuvas expressivas), têm causado a queda geral na produção e a consequente alta dos preços do leite.
Um abraço,


GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
helison cardoso lima
HELISON CARDOSO LIMA

PORTO DA FOLHA - SERGIPE - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/02/2010

estou falando isto no ponto de vista do pequeno produtor que sou
helison cardoso lima
HELISON CARDOSO LIMA

PORTO DA FOLHA - SERGIPE - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/02/2010

tenham calma e so um temppo seco que esta passando pela sua região pior q isso e aqui no nosso sertão que são no minimo 6 meses de estiagem pesada e em muitos lugares falta agua suporte forrageiro e muito mais coisa que se fosse destacar aqui o espaço dessa carta nem caberia voces pelomenos teem um acompanhamento tecnico e aqui no nosso sertão que so temos acompanhamento tecnico de fachada que na midia esta tudo bem mas na praica não temos nada os tecnicos so querem dar assistencia aos grandes produtores produtores e os pequenos que se virem d qualquer jeito
Qual a sua dúvida hoje?